Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 452 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 452 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Quem se mete com os políticos… leva!
Página 1 de 1
Quem se mete com os políticos… leva!
A política não é para todos. Nem para qualquer um. Principalmente quando é política feita por políticos profissionais. Aqueles cuja carreira depende da sua sobrevivência política. Carreira política e pós-política, onde e quando poderão vir a ganhar dinheiro a sério…
Como é sabido, o custo de oportunidade em política é muito elevado. Mesmo nos bons velhos tempos da alternância democrática entre os partidos do centro, as travessias do deserto podiam ser longas e difíceis…
Nos dinâmicos tempos que agora se vivem, os políticos atuais esforçam-se ainda mais para dar o tudo por tudo para garantirem o seu cargo político. Principalmente se for cargo político e público. Nunca se sabe o dia de amanhã e por isso há que tratar da vidinha enquanto é tempo.
O instinto de sobrevivência de qualquer político é assim largamente superior ao de qualquer técnico/profissional que por várias vezes já foram arrastados para o cenário político em Portugal, por motivos vários.
Os chamados “independentes”, que ficam sempre bem em qualquer governo, são vendidos aos eleitores como um garante do profissionalismo e das melhores práticas da indústria ou sector de onde provêm. Numa tentativa de extravasar a percepção desse profissionalismo para os restantes elementos desse governo.
Mas um dos problemas dos “independentes” é terem a mania que podem decidir. E que sabem como decidir e quando decidir. Até perceberem que apenas devem decidir sobre matérias já decididas pelos políticos ou cujo apoio político já seja público. Pois caso contrário serão abandonados a sua sorte na praça pública.
O ministro das finanças ficou a conhecer esta realidade através da extraordinária nomeação da não menos extraordinária equipa de gestão da Caixa Geral de Depósitos. Com legislação específica sobre caso concreto, como não manda a lei, a extraordinária pretensão de gestores privados não virem a ser públicos na gestão da coisa pública, terá sido atendida pelo ministro independente das finanças com o suporte dos técnicos juristas e outros pseudo-políticos.
Deveria ter garantido, ou pelo menos procurado, o apoio político público do primeiro-ministro em tão sensível matéria. Mas a inexistência de oposição facilitou o entendimento que somos todos sérios e responsáveis, pelo que devemos acreditar nas pessoas e confiar nos políticos.
Se o ministro tivesse comprometido previamente o primeiro-ministro, ou tentado, teria aprendido antes o que é a política e como é bom ser político em Portugal. Bem melhor que ser ministro independente das finanças.
Fica agora a saber que uma palmadinha nas costas não é suficiente para segurar um ministro ou uma equipa de gestão do maior banco português. E quanto vale a promessa de políticos, principalmente quando sabem que não a podem cumprir.
PAULO BARRADAS
15.11.2016 às 7h00
Expresso
Como é sabido, o custo de oportunidade em política é muito elevado. Mesmo nos bons velhos tempos da alternância democrática entre os partidos do centro, as travessias do deserto podiam ser longas e difíceis…
Nos dinâmicos tempos que agora se vivem, os políticos atuais esforçam-se ainda mais para dar o tudo por tudo para garantirem o seu cargo político. Principalmente se for cargo político e público. Nunca se sabe o dia de amanhã e por isso há que tratar da vidinha enquanto é tempo.
O instinto de sobrevivência de qualquer político é assim largamente superior ao de qualquer técnico/profissional que por várias vezes já foram arrastados para o cenário político em Portugal, por motivos vários.
Os chamados “independentes”, que ficam sempre bem em qualquer governo, são vendidos aos eleitores como um garante do profissionalismo e das melhores práticas da indústria ou sector de onde provêm. Numa tentativa de extravasar a percepção desse profissionalismo para os restantes elementos desse governo.
Mas um dos problemas dos “independentes” é terem a mania que podem decidir. E que sabem como decidir e quando decidir. Até perceberem que apenas devem decidir sobre matérias já decididas pelos políticos ou cujo apoio político já seja público. Pois caso contrário serão abandonados a sua sorte na praça pública.
O ministro das finanças ficou a conhecer esta realidade através da extraordinária nomeação da não menos extraordinária equipa de gestão da Caixa Geral de Depósitos. Com legislação específica sobre caso concreto, como não manda a lei, a extraordinária pretensão de gestores privados não virem a ser públicos na gestão da coisa pública, terá sido atendida pelo ministro independente das finanças com o suporte dos técnicos juristas e outros pseudo-políticos.
Deveria ter garantido, ou pelo menos procurado, o apoio político público do primeiro-ministro em tão sensível matéria. Mas a inexistência de oposição facilitou o entendimento que somos todos sérios e responsáveis, pelo que devemos acreditar nas pessoas e confiar nos políticos.
Se o ministro tivesse comprometido previamente o primeiro-ministro, ou tentado, teria aprendido antes o que é a política e como é bom ser político em Portugal. Bem melhor que ser ministro independente das finanças.
Fica agora a saber que uma palmadinha nas costas não é suficiente para segurar um ministro ou uma equipa de gestão do maior banco português. E quanto vale a promessa de políticos, principalmente quando sabem que não a podem cumprir.
PAULO BARRADAS
15.11.2016 às 7h00
Expresso
Tópicos semelhantes
» Quem se mete com o Alentejo, leva
» Fisco mete medo a quem quer investir
» Acordo no porto de Lisboa. Quem ganha e quem perde?
» Fisco mete medo a quem quer investir
» Acordo no porto de Lisboa. Quem ganha e quem perde?
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin