FEUP aponta: Via Navegável do Douro pode compatibilizar passageiros e mercadorias

Foi tornado público, no passado dia 11 de Novembro, um estudo da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) que, tendo sido desvendado nas instalações da APDL, mostrou a previsibilidade do crescimento de passageiros na via navegável do Douro até 2025, dado ao qual se junta a indicação de que o fluxo turístico poderá perfeitamente ser compatível com o tráfego fluvial de mercadorias. 

O documento elaborado pela FEUP executa uma projecção na qual indica que os anos de 2018, 2022 e 2025 serão janelas temporárias que trarão um aumento de passageiros na Via Navegável do Douro - daqui a três é previsto um crescimento de 15%, enquanto que 2022 poderá significar um acréscimo de 6% e 2025 um incremento de 3%. Em 2026, o estudo da FEUP prevê que se entre num período de estabilização.

O estudo aponta para um período de forte crescimento generalizado até 2025, sendo que as previsões apontam para que apenas num dos cenários, no troço Entre-os-Rios/Sardoura/Várzea do Douro e Régua /Lamego, a subida seja «inferior às taxas previstas, devido a estreitamentos no canal de navegação não intervencionados pelo programa DIW 2020», como explica o Jornal de Notícias na sua peça do passado dia 12.

Tendo em conta este expectável crescimento no fluxo de passageiros, será desejável que seja ponderado o alargamento do canal, como também adianta o JN na mesma peça jornalística. No que toca às mercadorias, a FEUP defende que o potencial da Via Navegável do Douro deverá ser estruturado por um transporte regular de produtos base que permitam realizar, pelo menos, um fluxo de um navio por semana. O minério de ferro e o granito são, segundo a FEUP, os produtos indicados para o efeito.

16/11/2016
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