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Porque a história repete-se
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Porque a história repete-se
Diz o meu filho mais velho que a maioria dos seus amigos não sabe quem foi Fidel, o que foi o Muro de Berlim e advinha-se que não fazem a mínima ideia qual a génese do PCP ou do BE. São miúdos que já terão idade para votar nas próximas eleições legislativas. Assim é fácil: se não contarmos com memória histórica é fácil vender doutrina totalitária disfarçada de coisa fofinha. A prova deu-se esta semana. Com a complacência e o entusiasmo pueril que a comunicação social concede aos fenómenos totalitários fofinhos de esquerda, estivemos uma semana a ouvir elogios a Fidel Castro. Impossível ver televisão. O voto de pesar a Fidel aprovado no Parlamento era de fazer chorar as pedras da calçada: um estadista que pode ter cometido excessos, os quais devem ser analisados à luz das circunstâncias da época. Que eu saiba ninguém atirou uma pedra da calçada à televisão depois de notícias destas. A determinada altura da semana só estranhei a ausência de luto nacional ou, pelo menos, municipal, pela morte deste grande estadista. As suas vítimas, essas, são danos colaterais. Azar. No meio desta consternação nacional fomos visitados pelos reis de Espanha e o país focou-se numa espécie de paródia social que virou política quando o BE, mostrando a sua rebelde virilidade, decidiu que os seus deputados não se levantavam. Irrelevante? Óbvio: who cares. É o Bloco... Mas o momento virou comédia quando o BE resolveu dar explicações. Dizem que não querem legitimar um regime no qual o chefe de Estado não é eleito mas legitimado por sucessão. No dia anterior - lembram-se? -, Fidel era fofinho e Raúl Castro um irmão muuuuito afastado. Felipe de Espanha, esse, é o tirano. E o que se tira daqui? Que por aqueles lados já nem se dão ao trabalho de disfarçarem incoerências. Nem é tanto aquilo que o BE diz ou faz (é o Bloco...) que é relevante, mas sim a falta de empenho em construírem um discurso verdadeiramente desonesto intelectualmente. Mas nem um esforço. Vamos a ver e a verdade é que não é preciso esforço. Num país onde é politicamente incorreto dizer na televisão que Fidel Castro foi um assassino e onde a cultura histórica começa em 2011, não é preciso disfarçar desonestidade. É assim que a história se repete.
03 DE DEZEMBRO DE 2016
00:00
Inês Teotónio Pereira
Diário de Notícias
03 DE DEZEMBRO DE 2016
00:00
Inês Teotónio Pereira
Diário de Notícias
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