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Simbolismos nacionais
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Simbolismos nacionais
No dia 1 de Dezembro, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa juntaram-se numa despedida sem lágrimas. Elogiando a recuperação do feriado que une os portugueses, o da Independência Nacional, fizeram as exéquias políticas de Pedro Passos Coelho.
É difícil recordar um momento em que um político português tenha sido incinerado assim, sem qualquer misericórdia. Passos Coelho foi removido da política nacional pelo que fez e pelo que ainda julga que pode fazer. As palavras de Marcelo (este feriado nunca deveria ter sido eliminado) e de Costa (houve quem menosprezasse esta data histórica) desnudam a falta de sensibilidade de um político que governou o país como se fosse um jogo de computador e que julga que poderá ressuscitar como salvador da pátria. Marcelo e Costa desfizeram Passos Coelho por uma razão que une os portugueses: o simbolismo do 1.º de Dezembro. Se o 5 de Outubro enche o peito dos republicanos e ensombra os sonhos dos monárquicos, sobre o dia em que se restaurou a independência há uma unanimidade total. Onde só não cabe Passos Coelho. Como se ele fosse insensível à independência de Portugal. E tenha colocado o 1.º de Dezembro numa casa de penhores só para agradar a Bruxelas e Berlim e aos que julgavam que menos feriados eram sinónimo de mais produtividade.
Não há memória de uma exéquia política assim, feita a frio, sem contemplações. Depois disto, Passos Coelho pode dizer tudo, mas já ninguém o levará a sério. Ficou na História como alguém que desprezou um símbolo maior de união dos portugueses e algo que, como a bandeira ou o hino, lhes lembra que são independentes. Apesar da dívida. Apesar do défice. Apesar da União Europeia. O 1.º de Dezembro é a alma dos portugueses. Eliminar essa data é sonhar erradamente que somos europeus e não portugueses, só subordinados devedores e não cidadãos. Passos fica agora só. Já nem terá o trunfo Pedro Santana Lopes. E terá de engolir Paulo Macedo na CGD. Há políticos que chegam assim ao fim. De forma muito triste.
Grande repórter
Fernando Sobral | fsobral@negocios.pt
04 de Dezembro de 2016 às 19:45
Negócios
É difícil recordar um momento em que um político português tenha sido incinerado assim, sem qualquer misericórdia. Passos Coelho foi removido da política nacional pelo que fez e pelo que ainda julga que pode fazer. As palavras de Marcelo (este feriado nunca deveria ter sido eliminado) e de Costa (houve quem menosprezasse esta data histórica) desnudam a falta de sensibilidade de um político que governou o país como se fosse um jogo de computador e que julga que poderá ressuscitar como salvador da pátria. Marcelo e Costa desfizeram Passos Coelho por uma razão que une os portugueses: o simbolismo do 1.º de Dezembro. Se o 5 de Outubro enche o peito dos republicanos e ensombra os sonhos dos monárquicos, sobre o dia em que se restaurou a independência há uma unanimidade total. Onde só não cabe Passos Coelho. Como se ele fosse insensível à independência de Portugal. E tenha colocado o 1.º de Dezembro numa casa de penhores só para agradar a Bruxelas e Berlim e aos que julgavam que menos feriados eram sinónimo de mais produtividade.
Não há memória de uma exéquia política assim, feita a frio, sem contemplações. Depois disto, Passos Coelho pode dizer tudo, mas já ninguém o levará a sério. Ficou na História como alguém que desprezou um símbolo maior de união dos portugueses e algo que, como a bandeira ou o hino, lhes lembra que são independentes. Apesar da dívida. Apesar do défice. Apesar da União Europeia. O 1.º de Dezembro é a alma dos portugueses. Eliminar essa data é sonhar erradamente que somos europeus e não portugueses, só subordinados devedores e não cidadãos. Passos fica agora só. Já nem terá o trunfo Pedro Santana Lopes. E terá de engolir Paulo Macedo na CGD. Há políticos que chegam assim ao fim. De forma muito triste.
Grande repórter
Fernando Sobral | fsobral@negocios.pt
04 de Dezembro de 2016 às 19:45
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