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É o fim do mundo!
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É o fim do mundo!
Sob o chinfrim, o que está a acontecer é uma mudança radical de discursos políticos.
Há cerca de 30 anos podia encontrar-se, subindo e descendo o Chiado, um senhor de aspecto muito distinto segurando um ramo de flores. O senhor assemelhava-se a qualquer outro transeunte, até à altura em que, inesperadamente, gritava: ‘É o fim do mundo!’ ‘É o apocalipse!’ Os circunstantes primeiro apanhavam um forte susto, mas depois retomavam o seu caminho, sorrindo com o encontro. O senhor era ‘o noivo’, e dizia-se que ficara louco depois de a noiva não ter aparecido no altar.
Isto lembra o actual debate político ocidental. Repetem-se os senhores de aspecto distinto anunciando ‘o fim do mundo’ e o ‘apocalipse’. Veja-se: o ‘Brexit’ era o apocalipse.
Seis meses depois, o apocalipse teima em não chegar. A economia britânica mostra até sinais bem saudáveis. E se o resto da Europa não mostra os mesmos sinais não é certamente por causa do ‘Brexit’. Depois, o apocalipse passou a ser Trump.
Não é que tenha decorrido muito tempo desde a eleição, mas, passada a histeria inicial, e com excepção de um grupo cada vez menor de maus perdedores com um discurso político vagamente infantil, a maior parte das pessoas habituou-se à ideia de o deixar governar, apoiando-o ou fazendo oposição conforme o que vier a mostrar. Depois, o apocalipse passou a ser o referendo italiano. Foi apenas há dias, mas o mundo parece estranhamente calmo face àquilo que, diziam, nos ia acontecer. Agora, o próximo ‘fim do mundo’ são as presidenciais francesas e as legislativas holandesas.
Na verdade, sob o chinfrim, o que está a acontecer é uma mudança radical de discursos políticos: o ‘Brexit’ serviu a Theresa May para libertar os ‘Tories’ (e os trabalhistas) do fantasma de Thatcher (e de Blair); Trump libertou os republicanos (e os democratas) do fantasma de Reagan (e de Clinton).
A direita e a esquerda vão deixar de significar o mesmo que nos últimos anos.
Por Luciano Amaral|00:30
Correio da Manhã
Há cerca de 30 anos podia encontrar-se, subindo e descendo o Chiado, um senhor de aspecto muito distinto segurando um ramo de flores. O senhor assemelhava-se a qualquer outro transeunte, até à altura em que, inesperadamente, gritava: ‘É o fim do mundo!’ ‘É o apocalipse!’ Os circunstantes primeiro apanhavam um forte susto, mas depois retomavam o seu caminho, sorrindo com o encontro. O senhor era ‘o noivo’, e dizia-se que ficara louco depois de a noiva não ter aparecido no altar.
Isto lembra o actual debate político ocidental. Repetem-se os senhores de aspecto distinto anunciando ‘o fim do mundo’ e o ‘apocalipse’. Veja-se: o ‘Brexit’ era o apocalipse.
Seis meses depois, o apocalipse teima em não chegar. A economia britânica mostra até sinais bem saudáveis. E se o resto da Europa não mostra os mesmos sinais não é certamente por causa do ‘Brexit’. Depois, o apocalipse passou a ser Trump.
Não é que tenha decorrido muito tempo desde a eleição, mas, passada a histeria inicial, e com excepção de um grupo cada vez menor de maus perdedores com um discurso político vagamente infantil, a maior parte das pessoas habituou-se à ideia de o deixar governar, apoiando-o ou fazendo oposição conforme o que vier a mostrar. Depois, o apocalipse passou a ser o referendo italiano. Foi apenas há dias, mas o mundo parece estranhamente calmo face àquilo que, diziam, nos ia acontecer. Agora, o próximo ‘fim do mundo’ são as presidenciais francesas e as legislativas holandesas.
Na verdade, sob o chinfrim, o que está a acontecer é uma mudança radical de discursos políticos: o ‘Brexit’ serviu a Theresa May para libertar os ‘Tories’ (e os trabalhistas) do fantasma de Thatcher (e de Blair); Trump libertou os republicanos (e os democratas) do fantasma de Reagan (e de Clinton).
A direita e a esquerda vão deixar de significar o mesmo que nos últimos anos.
Por Luciano Amaral|00:30
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