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O mundo em bolandas
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O mundo em bolandas
As imagens que nos vão chegando dão ao mesmo tempo uma certa ideia de queda de império, ou de fim de um ciclo, ou mesmo de mudança de civilização. O mundo está em convulsão, e vai ser muito difícil ter sossego nos tempos que aí vêm.
O mundo passou de facto a viver constantemente no fio da navalha. Entre as permanentes ameaças à paz, o assassinato de dois jornalistas em direto numa televisão dos Estados Unidos da América, os dramáticos movimentos migratórios no continente europeu de várias partes do globo, tudo vai contribuindo para uma enorme sensação de insegurança coletiva.
Esta questão das migrações vai mudar muita coisa no continente europeu nos próximos anos, e tem muitos ingredientes para gerar conflitos muito complicados entre estados que querem viver em paz. O muro que se ergue, e que está em vias de finalização entre a Hungria e a Sérvia é um sinal dos tempos. Só que movimentos migratórios com esta amplitude não são anuláveis por qualquer construção desse tipo. Infelizmente, só costumam parar quando ocorrem ações violentas, de dimensões variáveis. Ninguém as quer e ninguém as deseja. Mas se é imperioso um investimento colossal nos meios e forças que reforcem o controlo das fronteiras de entrada nos estados que são mais demandados, é também necessário que todos se convençam que isto tem de ser resolvido a montante dos Países Estados de origem destes fluxos migratórios.
Ora, como se sabe, são de tipo variado as situações, nesses diferentes países de proveniência que dão origem a estes movimentos de centenas de milhares de pessoas (a caminho de mais). Se é verdade que aqueles para quem a comunidade internacional tem prontos mecanismos de acolhimento, que são os refugiados políticos que vêm de países em guerra ou com regimes ditatoriais, merecem toda a atenção, também é verdade que não pode ser ignorada a dimensão social de pobreza e miséria que está na base da fuga de muitas famílias em busca de uma vida melhor. Na prática, aqui na Europa ocidental e central estamos "sentados" em cima de níveis de vida que a grande maioria dessas pessoas nem sonha alcançar, querendo, tão só, algo de muito distante mas que será sempre superior àquilo de que dispunham.
As imagens que nos vão chegando dão ao mesmo tempo uma certa ideia de queda de império, ou de fim de um ciclo, ou mesmo de mudança de civilização. O mundo está em convulsão, e vai ser muito difícil ter sossego nos tempos que aí vêm.
Face a tudo aquilo que vamos assistindo, a capacidade política que a Europa está a demonstrar atinge o nível do caricato face à dimensão do que se está a passar.
Esperamos todos que isso possa mudar rapidamente, embora saibamos que é quase impossível a União Europeia resolver, tudo sozinha, sem o envolvimento da ONU para tratar do problema a montante, nomeadamente quando estão em causa países de outros continentes.
Os dirigentes europeus têm de ser muito grandes neste processo.
Advogado
Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
27 Agosto 2015, 00:01 por Pedro Santana Lopes
Negócios
O mundo passou de facto a viver constantemente no fio da navalha. Entre as permanentes ameaças à paz, o assassinato de dois jornalistas em direto numa televisão dos Estados Unidos da América, os dramáticos movimentos migratórios no continente europeu de várias partes do globo, tudo vai contribuindo para uma enorme sensação de insegurança coletiva.
Esta questão das migrações vai mudar muita coisa no continente europeu nos próximos anos, e tem muitos ingredientes para gerar conflitos muito complicados entre estados que querem viver em paz. O muro que se ergue, e que está em vias de finalização entre a Hungria e a Sérvia é um sinal dos tempos. Só que movimentos migratórios com esta amplitude não são anuláveis por qualquer construção desse tipo. Infelizmente, só costumam parar quando ocorrem ações violentas, de dimensões variáveis. Ninguém as quer e ninguém as deseja. Mas se é imperioso um investimento colossal nos meios e forças que reforcem o controlo das fronteiras de entrada nos estados que são mais demandados, é também necessário que todos se convençam que isto tem de ser resolvido a montante dos Países Estados de origem destes fluxos migratórios.
Ora, como se sabe, são de tipo variado as situações, nesses diferentes países de proveniência que dão origem a estes movimentos de centenas de milhares de pessoas (a caminho de mais). Se é verdade que aqueles para quem a comunidade internacional tem prontos mecanismos de acolhimento, que são os refugiados políticos que vêm de países em guerra ou com regimes ditatoriais, merecem toda a atenção, também é verdade que não pode ser ignorada a dimensão social de pobreza e miséria que está na base da fuga de muitas famílias em busca de uma vida melhor. Na prática, aqui na Europa ocidental e central estamos "sentados" em cima de níveis de vida que a grande maioria dessas pessoas nem sonha alcançar, querendo, tão só, algo de muito distante mas que será sempre superior àquilo de que dispunham.
As imagens que nos vão chegando dão ao mesmo tempo uma certa ideia de queda de império, ou de fim de um ciclo, ou mesmo de mudança de civilização. O mundo está em convulsão, e vai ser muito difícil ter sossego nos tempos que aí vêm.
Face a tudo aquilo que vamos assistindo, a capacidade política que a Europa está a demonstrar atinge o nível do caricato face à dimensão do que se está a passar.
Esperamos todos que isso possa mudar rapidamente, embora saibamos que é quase impossível a União Europeia resolver, tudo sozinha, sem o envolvimento da ONU para tratar do problema a montante, nomeadamente quando estão em causa países de outros continentes.
Os dirigentes europeus têm de ser muito grandes neste processo.
Advogado
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27 Agosto 2015, 00:01 por Pedro Santana Lopes
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