Novo Aeroporto de Lisboa para 2019?

A crescente popularidade de Lisboa como destino turístico, associada à atracção da capital como porta de entrada para a Europa para os voos das Américas do Norte e do Sul e África, tem vindo a aproximar-se rapidamente do Aeroporto Internacional Humberto Delgado. 

O ministro Pedro Marques, em entrevista ao jornal empresarial Negócios e à rádio Antena 1, admitiu e explicou que Lisboa precisa urgentemente aumentar a sua capacidade. 

Com o aeroporto da Portela rodeado por edifícios e auto-estradas, o ministro Marques disse que a solução é construir uma nova unidade no Montijo, a sul do rio Tejo, juntamente com uma pista adicional. 

"Isso poderia acontecer em 2019", o ministro previu, acrescentando: ". Eu acredito que em 2019 nós estaremos vendo trabalhos de construção no terreno" 

O governo também disse que deve Montijo se tornar o segundo aeroporto de Lisboa, seria necessário inter-estatal Negociações com a Força Aérea que atualmente usa a base. 

O ministro admitiu, no entanto, que uma decisão final e definitiva só é provável no final do próximo ano. Isto só deve acontecer uma vez que os estudos de impacto ambiental tenham sido concluídos, juntamente com os resultados obtidos a partir de uma investigação mais aprofundada sobre os padrões migratórios das aves na área. 

"Não há como voltar atrás na necessidade de o aeroporto Humberto Delgado de Lisboa aumentar a sua capacidade. 

Isso é evidente, não só em termos de número recorde de passageiros, mas também o congestionamento causado no terreno e com o controle de tráfego no aeroporto atual ", disse o ministro. 

Além disso, lamentou que se tivesse sido tomada uma decisão política mais cedo, os problemas que se deparariam agora teriam sido um longo caminho a ser resolvido. 

Estas opiniões foram repetidas no início deste ano pela Câmara Municipal de Lisboa. 

Conselheiro Manuel Salgado argumentou que "o aeroporto de Portela está chegando a sua capacidade e estamos olhando para Portela + 1, que neste caso vai vê-lo localizado em Montijo." 

Ele também acrescentou que uma ligação de barco entre a capital Português e Montijo também é Actualmente em projecto, o que impulsionará as ligações de transportes para Lisboa, actualmente restritas à ponte Vasco da Gama. 

A Prefeitura de Montijo também confirmou o movimento, com o prefeito da cidade dizendo que foram contactados pelo operador do aeroporto nacional no que diz respeito à habitação de um aeroporto comercial. 

O prefeito de Montijo, Nuno Canta, disse que eles aceitaram prontamente a possibilidade de transformar parte de uma base militar em um aeroporto, o que acomodaria o aumento do número de voos de baixo custo em direção a Lisboa. 

Com um segundo aeroporto de Lisboa firmemente voltado para a prancheta, foi uma surpresa que a associação do Algarve Hotel AHETA tenha chamado para a construção de um segundo aeroporto nessa região. 

Em comentários ao jornal Público, Elidérico Viegas argumentou que 15 a 20 anos geralmente passam entre uma decisão sobre a construção de um novo aeroporto ea sua conclusão real. 

"O Algarve deve considerar a construção de um aeroporto verdadeiramente internacional na parte central da região", afirmou o chefe da AHETA, uma vez que os actuais trabalhos de renovação, que custam 33 milhões de euros no Aeroporto de Faro, estão quase concluídos. 

Ele acrescentou que o aeroporto atual não pode expandir ainda mais devido à sua localização na área protegida Ria Formosa. 

Elidérico Viegas argumentou que um novo aeroporto poderia ser construído entre Loulé e Silves, que, segundo ele, foi o local inicialmente proposto para o aeroporto do Algarve há mais de meio século. 

O líder AHETA disse que, enquanto Aeroporto de Beja poderia ser considerado um local complementar, "não é uma alternativa, uma vez que é mais de 100 km de distância." 

O aeroporto de Beja, no Alentejo se manteve praticamente vazio de tráfego aéreo, apesar ostentando uma infra-estrutura Que podem acomodar os maiores aviões comerciais de jato atualmente em nossos céus. 

Depois de quase seis anos de sua inauguração, a operadora aeroportuária ANA tem repetidamente admitido que, embora os vôos comerciais tenham evitado até agora a infra-estrutura, uma nova direção investir no estacionamento e manutenção de aeronaves começou a mostrar resultados. 

Nos anos que se seguiram à sua inauguração em 2011, uma série de vôos fretados foram anunciados, mas não conseguiram se materializar em operações de longo prazo. 

As viagens regulares entre Beja e Paris anunciadas para o verão de 2014 foram canceladas após apenas oito vôos, enquanto o muito inaugurado vôo do aeroporto, entre a cidade do Alentejo e a Ilha do Fogo, em Cabo Verde, foi único. 

Apenas alguns milhares de passageiros passaram pelas portas da infra-estrutura desde que abriu cinco anos atrás, após uma conversão de 33 milhões de euros da base aérea militar para o aeroporto comercial. 

A ANA disse que, embora o aeroporto "preencha todas as condições para se qualificar como uma infra-estrutura fundamental para o desenvolvimento de toda a região do Alentejo", as variáveis ​​de que depende, como o desenvolvimento económico da região, estão além do controle da empresa. 

"Até agora, e apesar de vários produtos que geram demanda, a região do Alentejo ainda não tem um mercado suficientemente grande para permitir a existência de fluxos turísticos e de carga para os quais o transporte aéreo seria um elemento-chave", refletiu a companhia de gestão aeroportuária. 

O aeroporto de Beja situa-se a cerca de 90 minutos de Faro e a uma hora e três quartos de Lisboa, que se revelou demasiado distante para servir de aeroporto de apoio, especialmente para o congestionado céu acima da capital portuguesa.

POR BRENDAN DE BEER · 21-12-2016 14:18:00
The Portugal News Online