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Novos emigrantes
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Novos emigrantes
Crise, austeridade, desemprego, miséria, políticas agressivas para os portugueses. Durante quatro anos foi a publicidade que se fez para justificar os elevados números de saída de portugueses para viver no estrangeiro. Fizeram-se ligações diretas entre os cortes, a perda de poder de compra, a pobreza e a emigração, regressada a valores só comparáveis aos que encontramos nas décadas de 1960 e 1970. Agora que conhecemos os números mais recentes, talvez valha a pena procurar o motivo real que tem servido de trampolim aos portugueses que continuam a escolher outros países para se fixar. Acontece que, mesmo com a economia a crescer, a reposição de rendimentos e o fim das medidas de austeridade, desde 2013 que as saídas se mantêm constantes, a um nível recorde de 110 mil por ano. Uma realidade preocupante, quando sabemos que os que saem são os mais jovens e que o número de nascimentos no país se mantém muito abaixo do da emigração. Neste ano, até 1 de dezembro, nasceram 80 mil crianças aqui, cerca de três mil a mais do que no ano anterior mas bem menos do que os portugueses que foram viver para fora. O que ainda não estamos a ver é que é provável que uma boa parte das saídas nos últimos anos não tenham na base os motivos que levaram milhares para França, Suíça ou Luxemburgo noutros tempos. As novas vagas de emigração fazem-se também muito de jovens qualificados, que cresceram a saber que a mobilidade é positiva e enriquecedora, que sabem quanto podem aprender lá fora e cujo conhecimento e capacidades são cobiçados por empresas de outros países. Basta olhar para os destinos de emigração para perceber esta dinâmica: a maioria fica na União Europeia (Reino Unido, França, Suíça, Alemanha) ou escolhe Angola. Pesa ainda nestas contas que dois terços dos emigrantes são temporários, ou seja, saem por menos de um ano, o que revela também esta nova dimensão de mobilidade europeia. A emigração já não é uma mancha negra. Dramático é o reduzido número de nascimentos no país. É nas políticas de estímulo ao seu alargamento que devíamos estar focados.
30 DE DEZEMBRO DE 2016
00:01
Joana Petiz
Diário de Notícias
30 DE DEZEMBRO DE 2016
00:01
Joana Petiz
Diário de Notícias
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