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Acreditar que podemos fazer melhor
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Acreditar que podemos fazer melhor
Não basta cumprir calendário é preciso inovar mais e descentralizar também
Neste novo ano que se inicia, temos que colocar muita motivação em tudo o que nos dá prazer fazer. Cada vez mais acho que as pessoas acreditam em quem lhes transmite esse espirito de convicção, quer nas ideias que defendem, quer nas iniciativas que fazem. Gente negativa que não valoriza os outros, está em desuso.
Isto quer dizer que devemos passar a ser acríticos/as? Bajuladores/as? Sem opinião definida? Claro que não. A questão é que, mesmo ao defender ideias e propostas diferentes, podemos fazê-lo com toda a convicção e motivação, sem ofensas pessoais, e com todo o respeito.
As pessoas estão fartas, e eu também, das mesmas coisas. Dos mesmos argumentos. Do dizer mal mas depois não fazer melhor. Do criticar e depois fazer igual, ou pior.
Precisamos de ambientes pessoais, políticos e associativos mais limpos, mais saudáveis, com mais vida, com mais gente a participar e com mais convicções nas ideias, e nos ideais. Precisamos que o calendário das realizações não seja sempre a mesma coisa, nas mesmas datas, sem inovação, cumprindo apenas rituais agendados, já há muitos anos. Há, no entanto, datas importantes que não deverão ser esquecidas.
Quem está atento ao calendário, por exemplo, dos eventos públicos, já sabe tudo o que vai acontecer com um ano de antecedência. É sempre a mesma coisa. Pode mudar as cores dos bonecos, os enfeites nas barracas, até o tapete vermelho passar a verde, mas o resto é tudo igual. E depois são as festas temáticas nas mesmas zonas, os festivais de música que até já são anunciados com meses de antecedência, o Zarco que desembarca no Porto Santo, e a idade média que volta a Machico. Etc...
Depois são alguns artistas que, por mais valor que tenham, são empurrados para a segunda linha. Porque arranjam títulos estranhos que o povo não adere. Porque são alternativos, e por serem alternativos, nesta terra, ficam logo a perder. Valorizar a diferença é uma demonstração de maturidade da sociedade que muita gente desconhece.
Ah, dirão alguns, os turistas gostam e alguns madeirenses também. Então em nome desses mantém-se tudo igual.
Confesso que não tenho sentido motivação nenhuma para participar em nada disto e acho isto grave, até porque como eu, conheço muita gente que sente o mesmo.
Temos que acreditar que é possível fazermos um pouco melhor. Não basta cumprir calendário é preciso inovar mais e descentralizar também. Deixar que quem tenha novas ideias, tenha mais oportunidades, em todas as áreas da sociedade. Até porque a vida não pára e está em constante renovação.
GUIDA VIEIRA / 03 JAN 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
Neste novo ano que se inicia, temos que colocar muita motivação em tudo o que nos dá prazer fazer. Cada vez mais acho que as pessoas acreditam em quem lhes transmite esse espirito de convicção, quer nas ideias que defendem, quer nas iniciativas que fazem. Gente negativa que não valoriza os outros, está em desuso.
Isto quer dizer que devemos passar a ser acríticos/as? Bajuladores/as? Sem opinião definida? Claro que não. A questão é que, mesmo ao defender ideias e propostas diferentes, podemos fazê-lo com toda a convicção e motivação, sem ofensas pessoais, e com todo o respeito.
As pessoas estão fartas, e eu também, das mesmas coisas. Dos mesmos argumentos. Do dizer mal mas depois não fazer melhor. Do criticar e depois fazer igual, ou pior.
Precisamos de ambientes pessoais, políticos e associativos mais limpos, mais saudáveis, com mais vida, com mais gente a participar e com mais convicções nas ideias, e nos ideais. Precisamos que o calendário das realizações não seja sempre a mesma coisa, nas mesmas datas, sem inovação, cumprindo apenas rituais agendados, já há muitos anos. Há, no entanto, datas importantes que não deverão ser esquecidas.
Quem está atento ao calendário, por exemplo, dos eventos públicos, já sabe tudo o que vai acontecer com um ano de antecedência. É sempre a mesma coisa. Pode mudar as cores dos bonecos, os enfeites nas barracas, até o tapete vermelho passar a verde, mas o resto é tudo igual. E depois são as festas temáticas nas mesmas zonas, os festivais de música que até já são anunciados com meses de antecedência, o Zarco que desembarca no Porto Santo, e a idade média que volta a Machico. Etc...
Depois são alguns artistas que, por mais valor que tenham, são empurrados para a segunda linha. Porque arranjam títulos estranhos que o povo não adere. Porque são alternativos, e por serem alternativos, nesta terra, ficam logo a perder. Valorizar a diferença é uma demonstração de maturidade da sociedade que muita gente desconhece.
Ah, dirão alguns, os turistas gostam e alguns madeirenses também. Então em nome desses mantém-se tudo igual.
Confesso que não tenho sentido motivação nenhuma para participar em nada disto e acho isto grave, até porque como eu, conheço muita gente que sente o mesmo.
Temos que acreditar que é possível fazermos um pouco melhor. Não basta cumprir calendário é preciso inovar mais e descentralizar também. Deixar que quem tenha novas ideias, tenha mais oportunidades, em todas as áreas da sociedade. Até porque a vida não pára e está em constante renovação.
GUIDA VIEIRA / 03 JAN 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
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