Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

2023  2019  2011  2013  2014  2018  tvi24  2015  2010  2012  cais  cmtv  2016  2017  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
Conhecer melhor o país… ou “fazer as férias cá dentro” EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
Conhecer melhor o país… ou “fazer as férias cá dentro” EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Conhecer melhor o país… ou “fazer as férias cá dentro” EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
Conhecer melhor o país… ou “fazer as férias cá dentro” EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Conhecer melhor o país… ou “fazer as férias cá dentro” EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Conhecer melhor o país… ou “fazer as férias cá dentro” EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Conhecer melhor o país… ou “fazer as férias cá dentro” EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
Conhecer melhor o país… ou “fazer as férias cá dentro” EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Conhecer melhor o país… ou “fazer as férias cá dentro” EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


Conhecer melhor o país… ou “fazer as férias cá dentro” Empty
novembro 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
387 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 387 visitantes :: 1 motor de busca

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

Conhecer melhor o país… ou “fazer as férias cá dentro”

Ir para baixo

Conhecer melhor o país… ou “fazer as férias cá dentro” Empty Conhecer melhor o país… ou “fazer as férias cá dentro”

Mensagem por Admin Ter Set 06, 2016 5:04 pm

Conhecer melhor o país… ou “fazer as férias cá dentro” 541376


Pergunto-me quantos cidadãos conhecem a cidade, vila ou aldeia onde residem, para além dos hipermercados, centros comerciais ou discotecas locais?

Há uns anos, ao ter em casa uma jovem grega amiga dos meus filhos, resolvemos tirar um dia inteiro para fazer turismo em Lisboa, com eles e mais uns amigos. Saímos de manhã, por volta das dez. Começámos junto à Sé e, depois de a visitar, subimos a pé até ao Castelo, descemos Alfama, tomámos um refresco no Miradouro de Santa Luzia, deambulámos pela Baixa, Chiado, Sétima Colina (com as suas casas e jardins magnificamente recuperadas), visitámos a Zona Ribeirinha, a Graça (e o lindíssimo miradouro), rumámos depois a Belém, entrámos na Torre de Belém (onde uns turistas alemães cantavam canções tradicionais, em polifonia, enquanto subiam e desciam as escadarias - uma experiência única), visitámos os Jerónimos e o Museu dos Coches, comemos uns deliciosos pastéis de nata e fizémos compras na Rua Vieira Lusitano… enfim, embora fosse um pouco “meter o Rossio na Betesga”, pudémos - eu e as crianças que me acompanhavam - saborear os encantos da nossa cidade. Foi cansativo mas foi muito bom.

De regresso a casa, dei comigo a pensar que: a) tinha visto coisas em que nunca tinha reparado; b) tinha revisitado outras coisas que já não via há sei lá quantos anos, com todas as vantagens de rever o mesmo sob outra ótica.

Este ano, o destino turístico foi outro. Uma cidade onde já terei ido, em números redondos, entre 20 a 30 vezes… mas onde nunca tinha feito “turismo como deve ser” – a Invicta! Mea culpa, faço-a já. Mas a correria do “chega-a-Campanhã-ir-para-a-faculdade(ou para os serviços de saúde)-hotel (e nem sempre!)-Campanhã-Lisboa” não me permitiram descobrir uma das cidades mais bonitas da Europa.

É uma sensação engraçada, andar em Portugal de mapa na mão, e percorrer igrejas, museus, parques, ruas e vielas, ver pormenores de arquitetura, escultura, pintura, as gentes, as montras e, claro, o Douro, arrisco-me a dizer, o rio mais bonito de Portugal, do Freixo à Ribeira e desta à Foz, para lá dos encantos de todo o resto do seu percurso.

Regressando na memória, recordo-me de, quando era adolescente, aproveitar alguns sábados de manhã e ir, com amigos, fazer o que designávamos por “raides” fotográficos a Lisboa. A fotografia era o pretexto, mas o que contava era o prazer de calcorrear as ruas e ruelas da cidade velha, de olhar bem para os monumentos à procura de motivos para disparar a máquina, de observar as pessoas na rua, os diversos pontos de vista ao virar de uma esquina, num pátio, através de umas grades, do cimo de uma rua... 

Os tempos obviamente mudaram mas, pergunto-me: quantos cidadãos conhecem a cidade, vila ou aldeia onde residem, para além dos hipermercados, centros comerciais ou discotecas locais ? Quantos sabem pormenores àcerca da história das pessoas e dos factos relativos à terra onde vivem ? Que sabem do próprio passado, das coisas belas que os circundam? Desculpe, leitor, mas sabe quem foi (se for o caso) o cidadão ou a cidadã que deu o nome à rua onde vive? Onde trabalha? Onde circula? Por onde passeia o seu cão?

Se o número dos que não conhecem, não sabem ou não se interessam é eventualmente grande, permitam-me uma outra pergunta: de quem é a culpa? No que toca às crianças, quantos pais “perdem” (ou ganham, conforme as perspetivas) tempo, ao fim-de-semana, a passear com os filhos pela cidade ou vila onde moram? Quantos chamam a atenção para jardins, monumentos, estátuas, edifícios, varandas, parques, etc? Quantos, aliás, conhecem essas particularidades e a sua história? Os museus estão “às moscas”, diz-se... Porquê?

Por outro lado, com um país que é um oásis para os estrangeiros, em que a beleza espreita a cada esquina – Douro, Minho, Ria de Aveiro, Coimbra, Serra da Estrela, Região Oeste, Santarém, Alentejo, Algarve (designadamente a serra)… e desculpem os que habitam em zonas que não citei, sem falar nos Açores ou Madeira -, com comida da melhor, simpatia a rodos, facilidade de transportes e tanta coisa mais, custa-me a compreender que se vá às Seychelles e nunca se tenha ido ao Gerês, ou que se peça um empréstimo bancário para umas férias nas Caraíbas e não se conheça o prazer de passear em Évora. 

Por mim, que adoro o meu país, não por patriotismo mas pelas belezas que temos, desde uma cidade onde se encontra a maior das “movidas”, até ao campo, às casas de turismo rural ou de habitação, onde a paz ainda é possível, tendo-o visitado de norte a sul (faltava-me o Porto, pois é! E agora apenas Chaves…), confesso que não trocava umas excelentes férias deambulando em Portugal por um lufa-lufa de aviões e aeroportos, confusões de zonas turísticas e engarrafamentos nas estradas, ou ser explorado em restaurantes e hotéis, fazendo nas férias quase o mesmo do que nos dias de trabalho, em locais estandardizados e descaraterizados. Gosto de viajar pela Europa – e faço-o desde os 18 anos, quando me meti anos seguidos nos comboios do Interrail, e conheço-a de lés a lés, mas há um país, no extremo oeste do Velho Continente, que aconselho a visitar. É um que os europeus escolhem como destino privilegiado! Um de que dizemos mal, que “botamos-abaixo”, mas que muitas vezes não apreciamos como deve ser. Chama-se Portugal.

Estamos com tendência para ficar uma geração de acomodados e a gerar uma outra de ignorantes, em relação a coisas tão simples e tão acessíveis como as terras onde nascemos, vivemos e  provavelmente morreremos. Conhecemo-la pelas partes negativas, pelo trânsito, pelas enchentes dos hipers, pelos buracos da rua, pelo “rosnarmos” com tudo e com todos, mas que esforços fazemos para a conhecermos nas suas partes positivas, que afinal são tantas?

Fica o desafio. Aproveitem os tempos livres, os sábados ou os domingos. Programem a vossa vida e tirem os as crianças e jovens de frente do televisor, computador e consolas, saiam, andem a pé, observem, desfrutem, passeiem, contemplem… aproveitem a calma do fim-de-semana, sentem-se numa esplanada para tomar um café ou um refresco e passar os olhos pelas “gordas” do jornal, entrem em igrejas e monumentos, queiram saber algo mais sobre a História e sobre as histórias.

Um país que perde o contacto com o passado é um país sem futuro. Ignorar o que existe de bonito e de positivo na terra onde vivemos é perder o contacto com a realidade e tornar a vida uma coisa extremamente desagradável, monótona e sem sentido, além de nos tornar mais amargos, litigantes e ressabiados.

Pediatra
Escreve à terça-feira 

06/09/2016
Mário Cordeiro 
opiniao@newsplex.pt 
Jornal i
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos