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A luta contra o ruído

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A luta contra o ruído Empty A luta contra o ruído

Mensagem por Admin Ter Jan 10, 2017 11:52 am

Um assunto ecoambiental que é ainda muito timidamente discutido... e que causa graves lesões físicas e psicológicas

Muitas autoridades e cientistas têm manifestado grande apreensão pelos níveis de ruído a que estamos sujeitos, sobretudo em meio urbano. O “direito ao silêncio”, não na versão “right to remain silent” mas de “to live some time in silence”, parece ter sido posto de parte e achamos normal viver num ambiente constantemente ruidoso em que nem na noite há espaço para o silêncio, seja pelo ruído do camião do lixo, seja a televisão do vizinho, uma sirene de ambulância ou qualquer outra coisa.

Há anos, a Comissão Europeia deu luz verde a um projeto que teve como parceiros Portugal, Dinamarca, Holanda e Suécia e que visava provar o que era verdade e o que não passava de ideias feitas e asserções cientificamente não provadas. Tive a honra de coordenar a delegação portuguesa e esse projeto foi tão fascinante… como assustador, pela realidade que se revelou.

Quando se considera um som, há vários aspetos a ter em conta: a frequência (se o som é sentido como agudo ou grave), bem como se é inabitual, desagradável, agradável ou alarmante; o volume, medido em decibéis (dB); a duração ao longo do dia e dos meses; e, finalmente, a diferença desse som dos sons circundantes e o contexto em que é ouvido. Isto para dizer, por exemplo, que um alarme de despertador às sete da manhã tem um efeito mais intenso sobre o nosso bem- -estar, se estivermos a dormir descansadamente, do que uma música em altos berros num bar onde já esperamos esse tipo de ambiente.

Os níveis de som considerados “seguros” são muito difíceis de definir, mas sabe-se que um som de 85 dB de intensidade que dure 8 horas tem a mesma equivalência que um de 100 dB durante 15 minutos! A legislação laboral portuguesa, por exemplo, só para se ter uma ideia, recomenda que um trabalhador não esteja exposto a mais de 80 dB durante 8 horas/dia, e nunca a 90 dB. De qualquer modo, o limite de 70 dB num período de 24 horas parece ser o máximo a partir do qual o órgão auditivo sofre. Todavia, poderá haver sons que, apesar da sua curta duração, são tão intensos que podem desencadear lesões: um foguete de festa atinge valores superiores a 150 dB. Os aparelhos de ar condicionado podem atingir 60 dB que, somados ao ruído de uma sala, pode ser altamente lesivo, obrigando as pessoas a falar mais alto, o que, por sua vez, aumenta o ruído. Nos refeitórios das escolas – medimos num estudo realizado há quatro anos –, o som ultrapassava por vezes os 100 dB. Uma exposição a um som de 90 dB durante uma semana provoca uma surdez temporária que dura outra semana. Um som de 100 dB durante uma hora e meia leva oito horas a recuperar. Se pensarmos nos nossos vários contextos, para lá do ocupacional, em que podemos estar expostos ao ruído, como no ambiente, especialmente em meio urbano (tráfego, residencial), em casa e na escola, durante as deslocações ou nas atividades de lazer, vemos que faz falta, realmente, uma coisa chamada silêncio, até porque, como mostram estudos recentes, durante o silêncio, os neurónios desenvolvem-se e especializam-se mais.

O sentido da audição é dos mais importantes para a sobrevivência, não apenas para a comunicação entre as pessoas – elemento fundamental para a integração numa vida em comum e socializada –, mas também para a ativação do sistema de alerta que nos faz antever e prever os perigos e atuar conforme.

Embora seja difícil estabelecer uma relação direta, clara e inequívoca entre o ruído, as lesões ou os comportamentos anómalos, sabe-se que o ruído é causa de stresse, hipertensão, dificuldade em adormecer, insónias, mau desenvolvimento das diversas fases do sono, perturbação dos sonhos, nervosismo, irritabilidade e agressividade, além de perda da audição sobretudo em relação a algumas frequências do som.

Por outro lado, não podemos esquecer que as próprias pessoas são agentes produtores de ruído e que um ambiente ruidoso e mal construído, mal concebido e em que as atitudes são pouco assertivas e caóticas convida a mais e mais ruído, com acréscimo de agressividade e de problemas de comunicação, de concentração e de serenidade, como acontece em certas escolas.

Assim, apesar de muitas das áreas científicas ainda estarem a descoberto, já se pode afirmar que o ruído é um problema que tem de ser encarado para lá da pessoa, ou seja, como um problema de qualidade ambiental e um dos maiores (sim, maiores!) problemas de saúde pública. A exigência dos consumidores (e da própria legislação) continua, infelizmente, a ser muito baixa.

A nível europeu, este problema é uma prioridade. Espera-se que, a nível do nosso país, também o seja, e que as pessoas não fiquem, mais uma vez, com a atitude tão comum entre nós de dizer: “Lá estão aqueles com as mesmas picuinhices... que exagero!”

De notar que os sons artificiais, criados pelo homem, têm um efeito incrivelmente pior do que os sons naturais, seja a chuva torrencial, sejam as ondas do mar. E como vivemos num mundo artificial…

Não podemos ficar alheios ao problema do ruído. Ele ameaça a nossa qualidade de vida e o nosso bem-estar. Espero que os leitores, depois deste artigo, comecem (ou continuem) a reparar no ruído à sua volta e a tentar limitá-lo e diminuí-lo... já experimentaram desligar a televisão quando NINGUÉM está a olhar para ela? Que descanso, não é? De vez em quando é bom ouvir o som do silêncio, até para nos ajudar a refletir, olhar para nós próprios (mesmo que isso nos perturbe), pensarmos e... desenvolvermos mais e melhores neurónios!

–– Mário Soares

Não poderia, hoje, deixar de fazer referência à morte do maior político que Portugal teve no último século. Conheci-o pessoalmente em 1974, tive a honra de conversar com ele, em encontros ou refeições, algumas vezes em casa dele. Estive no palco da Fonte Monumental, na Alameda, e nas varandas de São Pedro de Alcântara quando do “caso República”, ou no Pavilhão dos Desportos (hoje Carlos Lopes), no comício contra a “unicidade sindical”. Culpam-no de muita coisa, mas para lá de ser o pilar essencial da democracia e da liberdade de que hoje usufruímos, salvou por duas vezes o país da bancarrota, depois dos governos de Vasco Gonçalves, em 1976, e da AD, em 1983, e defendeu intransigentemente um Portugal europeísta e atlantista (contra muitas vozes da direita e da esquerda, mas foi ele quem organizou a reunião “A Europa connosco”, em que estive, ajudando nas traduções).

Quando o culpam de todos os males da descolonização, esquecem-se que os verdadeiros culpados se chamaram Salazar e Marcello Caetano, de uma guerra que provocou a morte de perto de dez mil portugueses, do direito das colónias à independência (defendido pela ONU, Europa ocidental e EUA), do poder militar da altura e do contexto da Guerra Fria, além de Soares ter tido sempre, nesse processo, o apoio de Sá Carneiro e de Amaro da Costa… e, em 1987, quando teria sido mais fácil dar o poder ao “seu” PS coligado com o PRD, optou por dissolver a AR e permitir a Cavaco Silva governar oito anos em maioria absoluta. Defendeu a Igreja e a emissora católica, para que não se repetissem os desmandos da i República, sendo acusado de “beija-mão” aos bispos. São pequenos exemplos avulsos, mas onde pude ver um homem que, sem pretender passar por santo, conseguiu dar sucessivas lições de vida, de amor à vida e, sobretudo, de amor à liberdade, ao humanismo, à cultura e respeito pela tolerância e pelos outros. Com Maria Barroso, foram faróis da democracia e exemplos de como, mesmo que errando pontualmente no acessório, se pode acertar sempre no essencial.

10/01/2017
Mário Cordeiro 
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