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Por enquanto é só um fuminho
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Por enquanto é só um fuminho
Depois de um ano a distribuir doces e prendinhas aos partidos que lhe garantem o apoio parlamentar, e até com um secretário de Estado designado para discutir os assuntos do dia com Bloco e PCP, o governo parece ter-se cansado de andar a toque de caixa dos partidos à sua esquerda. Mas estas tentativas de cortar ou pelo menos tornar mais fino e flexível o fio da inevitabilidade que une os socialistas ao resto da esquerda não têm corrido tão bem quanto isso - por um lado, porque um ano de benesses não chegou para amaciar bloquistas, comunistas e sindicatos, que continuam a reclamar mais direitos para os que representam, por outro, porque a direita se assumiu oposição e deixou de contar nas questões em que o governo sabia não poder apoiar-se nos seus aliados naturais. A solução? Fuga para a frente e seja o que Deus quiser. Foi assim com as contrapartidas à subida do salário mínimo, garantidas aos patrões em concertação social à margem de acordos que ficaram por fazer com BE e PCP e obrigando à negociação de novas condições quando a TSU saiu de cena. Foi assim com a passagem da Carris para as mãos de Medina, celebrada enquanto o PCP entregava na Assembleia um pedido de apreciação parlamentar do diploma - e Costa sublinhava: "O negócio está consumado." Foi assim de novo agora, com a vinculação de três mil professores anunciada por Brandão Rodrigues em modo triunfante, apesar de nem com as reuniões extra ter conseguido chegar a acordo com os sindicatos - que reclamam muito mais vinculações - e de estes o acusarem de não ter tido a "elementar ética negocial" de lhes dar a conhecer o documento final antes de o levar a aprovação em Conselho de Ministros. E no que respeita aos funcionários das escolas, o ministro está metido num saco de gatos - garantiu que não era preciso reforço, repensou, emendou a mensagem: faltam funcionários mas porque há demasiadas baixas médicas. Ao ponto de hoje enfrentar uma greve que ameaça ferver. Nada disto é prenúncio de crise - é prematuro afirmá-lo. Mas são espirais de fumo que saem da máquina que ainda todos têm interesse em dizer que está bem oleada. E já se sabe que onde há fumo, mais cedo ou mais tarde descobre-se fogo.
03 DE FEVEREIRO DE 2017
00:00
Joana Petiz
Diário de Notícias
03 DE FEVEREIRO DE 2017
00:00
Joana Petiz
Diário de Notícias
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