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Emprego geringonçado
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Emprego geringonçado
A economia portuguesa cresce abaixo das expectativas mas o desemprego desce mais do que o expectável face ao crescimento económico que temos. É um daqueles fenómenos já identificados pelo governo e pelas instituições que fazem a análise da nossa economia e para o qual ainda ninguém encontrou uma explicação cabal.
Os empresários investem a medo e contratam porque não podem continuar parados mas ninguém tem uma confiança desmedida no futuro próximo. Na edição do DN de hoje, a manchete e a submanchete dizem-nos muito do que tem acontecido e do que pode estar para acontecer. Sabemos que o emprego cresce mas é precário e sabemos igualmente que a Grécia nunca deixou de ser um problema, só estava adormecido.
É evidente que se Atenas voltar a criar ondas nós vamos de arrasto. Na verdade, nós também podemos arrastar a Grécia, basta que colapse mais um banco dos pequeninos. A Europa está a desintegrar-se e toda a gente quer ganhar tempo. Vamos ver se chega.
Perante este cenário, numa vida empresarial que se faz em permanente desconfiança, sempre à espera de más notícias, a vida continua, cria-se emprego, mas prendem-se os novos trabalhadores às empresas apenas com arames, fáceis de soltar ao mais pequeno sinal de crise. É o efeito geringonça. Mais rendimento nas famílias, mais negócio e a incerteza de sempre. O que estava por resolver continua por resolver.
Não deixa de ser uma ironia que o grande debate político entre os partidos da coligação esteja centrado no combate à precariedade ao mesmo tempo que os números do INE revelem que o emprego precário cresceu ao ritmo mais acelerado desde que as séries do instituto começaram, em 2012. A fazer pensar sobre o outro grande debate à esquerda a propósito da legislação laboral. Não se pode querer sol na eira e chuva no nabal. Ou bem que querem o emprego a crescer, mesmo numa situação de grande incerteza, ou pressionam os empresários e o emprego diminui, mesmo o precário.
09 DE FEVEREIRO DE 2017
00:01
Paulo Baldaia
Diário de Notícias
Os empresários investem a medo e contratam porque não podem continuar parados mas ninguém tem uma confiança desmedida no futuro próximo. Na edição do DN de hoje, a manchete e a submanchete dizem-nos muito do que tem acontecido e do que pode estar para acontecer. Sabemos que o emprego cresce mas é precário e sabemos igualmente que a Grécia nunca deixou de ser um problema, só estava adormecido.
É evidente que se Atenas voltar a criar ondas nós vamos de arrasto. Na verdade, nós também podemos arrastar a Grécia, basta que colapse mais um banco dos pequeninos. A Europa está a desintegrar-se e toda a gente quer ganhar tempo. Vamos ver se chega.
Perante este cenário, numa vida empresarial que se faz em permanente desconfiança, sempre à espera de más notícias, a vida continua, cria-se emprego, mas prendem-se os novos trabalhadores às empresas apenas com arames, fáceis de soltar ao mais pequeno sinal de crise. É o efeito geringonça. Mais rendimento nas famílias, mais negócio e a incerteza de sempre. O que estava por resolver continua por resolver.
Não deixa de ser uma ironia que o grande debate político entre os partidos da coligação esteja centrado no combate à precariedade ao mesmo tempo que os números do INE revelem que o emprego precário cresceu ao ritmo mais acelerado desde que as séries do instituto começaram, em 2012. A fazer pensar sobre o outro grande debate à esquerda a propósito da legislação laboral. Não se pode querer sol na eira e chuva no nabal. Ou bem que querem o emprego a crescer, mesmo numa situação de grande incerteza, ou pressionam os empresários e o emprego diminui, mesmo o precário.
09 DE FEVEREIRO DE 2017
00:01
Paulo Baldaia
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