Ferrovia 2020: Um ano depois, ainda são poucas as obras em curso

Numa peça assinada pelo jornalista Carlos Cipriano, o Público fez este domingo um balanço do plano Ferrovia 2020, apresentado há exactamente um ano. E a conclusão a que chega é que são ainda poucas as obras em curso.

O plano Ferrovia 2020 prevê um investimento de 2,7 milhões de euros na ferrovia nacional até ao ano de 2010, numa extensão de linha ferroviária de 1.200 quilómetros. Porém, decorrem apenas obras em 47 quilómetros, com uma taxa de execução abaixo dos 7%.

O artigo relembra que a modernização da linha do Minho, um projecto de 83 milhões de euros, já teve uma primeira adjudicação de 16 milhões. Os trabalhos arrancam em breve mas apenas entre Nine e Viana do Castelo - para mais tarde serão feitas as obras até Valença. Ainda dentro do (pouco) que já está a ser feito, destaque para a linha da Beira Alta, entre Pampilhosa e Vilar Formoso, projecto de 600 milhões de euros - também já adjudicados. O mesmo sucede com projectos nos troços entre Sines e Grândola e entre Elvas e Caia, obras que deverão começar no próximo ano.

Tudo o resto está por fazer, nalguns casos com atrasos face ao previsto.  O troço de 14 quilómetros na linha do Douro (entre Caíde e Marco de Canavezes) deveria ter sido já electrificado. A obra, de 14,2 milhões de euros, devia ter ficado concluída em Dezembro mas nem vai sequer a meio.

Atrasada está também a modernização da linha do Douro para a Régua. Assim como a linha do Oeste. Ou a linha de mercadorias entre Évora e Caia, onde um pequeno troço entre Évora e Évora Norte ainda nem tem projecto. Na mesma linha, as obras entre Elvas e a fronteira com Espanha deveriam começar dentro de quatro meses mas estão já com seis meses de atraso. E também na linha do Norte há atrasos.

Fonte do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas referiu ao Público que «até ao final do ano de 2017 deverão estar em curso obras de cerca de 200 milhões de euros em infraestruturas ferroviárias: 30 milhões na linha do Norte, 50 milhões na linha do Minho, 88 milhões na linha da Beira Baixa e 30 milhões na sinalização geral da rede». 

13/02/2017
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