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NEGÓCIOS: Espaço de colaboração com a Índia
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NEGÓCIOS: Espaço de colaboração com a Índia
Há um mundo de oportunidades que só se descobre indo à Índia. Somente visitando detidamente e conhecendo bem as limitações locais se pode tomar uma decisão acertada e fazer bons negócios.
É importante ver em que âmbitos se pode dar e receber conhecimentos e responder às necessidades dos mercados:
Portugal sabe muito do turismo de qualidade, com potencial para ir mais longe- Poderia captar turismo indiano e ajudar a melhorar a formação dos agentes turísticos locais. O cidadão indiano gosta de viajar, de conhecer mundo; mas para ele Portugal quase não existe! Há que imaginar modos de promoção, para que os indianos que viajam para os EUA ou o Reino Unido, façam uma paragem em Portugal. (Uma curiosidade: cada ano, cerca de 3 milhões de indianos visitam Goa ou passam lá parte das suas férias; sentem-se muito bem e, por isso, um dos locais por excelência para promover a imagem de Portugal junto dos turistas indianos é Goa).
E inversamente deveria promover-se Goa e Cochim junto dos Portugueses, ao longo do país, pois terão orgulho em revisitar a história e os feitos dos seus antepassados.
A Índia dispõe de uma boa infraestrutura turística: hotéis de 5 e 4 estrelas em todo o país, de grande qualidade; monumentos famosos e obras de arte como o Taj Mahal e muitos locais de grande interesse histórico, qualificados de património cultural da Humanidade. Tem uma óptima rede de transporte aéreo; uma boa malha de linha férrea e deslocação possível por estradas ou autoestradas que vão sulcando o país.
Para o caso de necessidade, o país está coberto de bons hospitais privados e de casas de saúde, o que dá tranquilidade às pessoas de mais idade. Os locais monumentais e turísticos têm abundante literatura, souvenirs e, sobretudo, guias turísticos com muito saber da história e arte referente aos monumentos em causa.
Os vistos de entrada na India são muito fáceis de obter, quase imediatos, também com o ‘visa on arrival’, que tem de ser solicitado antes da viagem. O mesmo não se pode dizer no sentido inverso. Lembro que a minha sobrinha, trabalhando numa empresa de TI em Bangalore, para fazer um estágio em Lisboa, teria de se deslocar a Delhi (distância de mais de 2.000kms), para a entrevista para o visto. Um verdadeiro absurdo, quando o país está a querer mais turistas! Por vezes, convém lembrar-se da história, quando os Portugueses iam ‘a salto’ a França… E lá se estabeleciam. Portugal faz segregação, para efeitos de visto, dos países pobres que foram explorados e deixados na miséria pelos colonizadores!
Interessante também é a colaboração na agricultura. A produtividade do arroz e outros cereais, por hectare, na Índia, vai em crescimento, mas ainda está em cerca de metade da de Portugal. Haveria muito conhecimento para se levar à Índia. A importação e exportação de variada fruta, hoje produzida em abundância e em boas condições, daria um forte impulso à produção local. Muito especialmente da fruta exótica, em particular a manga de qualidade, cuja seleção e modo de plantação foi apurado no tempo dos Portugueses em Goa, sendo ainda hoje famosa a manga ‘afonso’, ou ‘monserrate’, ou ‘malcorado’ ou ‘fernandino’… nomes dos que apuraram as variedades e que se cultivam muito na Índia toda.
Outras frutas, especiarias e variadas leguminosas tidas como essenciais para uma alimentação sã, poderiam ser outros temas de interesse. Na Índia muitos vegetais são vistos como de proteção e defesa da saúde, com base nos saberes ayurvedicos ancestrais.
A produção de conteúdos sobretudo para entertainment, de longas metragens, séries, video-clips, programas para a TV: a Índia dispõe de toda a montagem de aparelhagem e cenários variados para uma diversidade de situações, pelo que é muito económico produzir esse material na Índia, ainda que os atores e figurantes possam ir de outros locais.
A Índia está a lançar em grande as atividades clássicas destruídas pelo colonizador inglês, como a indústria têxtil. Prevê-se que no ano 2025 venha a exportar $350.000 milhões de dólares. Tem boa indústria do calçado, mas está aberta a colaboração para exportar para mercados muito ricos e exigentes. O programa ‘make in India’ seguido do ‘skill India’ pode suscitar a atenção de muitas entidades formadoras e fabricantes, para se fixarem na Índia, dando treino profissional ou produzindo lá, para exportar para o mundo todo.
De extraordinário volume é o programa de construção de casas em que os saberes e a experiência portuguesas podem-se revelar de alto valor, desde que se produza a custos reduzidos. Todas as indústrias fornecedoras da construção, como louças sanitárias, caixilhos de madeira e alumínio, tubos de pvc, ferragens, etc. estão a ser de elevada solicitação.
Há um mundo de oportunidades que só se descobre indo lá. Somente visitando detidamente e conhecendo bem as limitações locais e os fortes incentivos ao setor, pode-se tomar uma decisão acertada e fazer bons negócios.
Professor da AESE-Business School e Dirigente da AAPI-Associação de amizade Portugal-Índia
Eugenio Viassa Monteiro
15/2/2017, 0:09
Observador
É importante ver em que âmbitos se pode dar e receber conhecimentos e responder às necessidades dos mercados:
Portugal sabe muito do turismo de qualidade, com potencial para ir mais longe- Poderia captar turismo indiano e ajudar a melhorar a formação dos agentes turísticos locais. O cidadão indiano gosta de viajar, de conhecer mundo; mas para ele Portugal quase não existe! Há que imaginar modos de promoção, para que os indianos que viajam para os EUA ou o Reino Unido, façam uma paragem em Portugal. (Uma curiosidade: cada ano, cerca de 3 milhões de indianos visitam Goa ou passam lá parte das suas férias; sentem-se muito bem e, por isso, um dos locais por excelência para promover a imagem de Portugal junto dos turistas indianos é Goa).
E inversamente deveria promover-se Goa e Cochim junto dos Portugueses, ao longo do país, pois terão orgulho em revisitar a história e os feitos dos seus antepassados.
A Índia dispõe de uma boa infraestrutura turística: hotéis de 5 e 4 estrelas em todo o país, de grande qualidade; monumentos famosos e obras de arte como o Taj Mahal e muitos locais de grande interesse histórico, qualificados de património cultural da Humanidade. Tem uma óptima rede de transporte aéreo; uma boa malha de linha férrea e deslocação possível por estradas ou autoestradas que vão sulcando o país.
Para o caso de necessidade, o país está coberto de bons hospitais privados e de casas de saúde, o que dá tranquilidade às pessoas de mais idade. Os locais monumentais e turísticos têm abundante literatura, souvenirs e, sobretudo, guias turísticos com muito saber da história e arte referente aos monumentos em causa.
Os vistos de entrada na India são muito fáceis de obter, quase imediatos, também com o ‘visa on arrival’, que tem de ser solicitado antes da viagem. O mesmo não se pode dizer no sentido inverso. Lembro que a minha sobrinha, trabalhando numa empresa de TI em Bangalore, para fazer um estágio em Lisboa, teria de se deslocar a Delhi (distância de mais de 2.000kms), para a entrevista para o visto. Um verdadeiro absurdo, quando o país está a querer mais turistas! Por vezes, convém lembrar-se da história, quando os Portugueses iam ‘a salto’ a França… E lá se estabeleciam. Portugal faz segregação, para efeitos de visto, dos países pobres que foram explorados e deixados na miséria pelos colonizadores!
Interessante também é a colaboração na agricultura. A produtividade do arroz e outros cereais, por hectare, na Índia, vai em crescimento, mas ainda está em cerca de metade da de Portugal. Haveria muito conhecimento para se levar à Índia. A importação e exportação de variada fruta, hoje produzida em abundância e em boas condições, daria um forte impulso à produção local. Muito especialmente da fruta exótica, em particular a manga de qualidade, cuja seleção e modo de plantação foi apurado no tempo dos Portugueses em Goa, sendo ainda hoje famosa a manga ‘afonso’, ou ‘monserrate’, ou ‘malcorado’ ou ‘fernandino’… nomes dos que apuraram as variedades e que se cultivam muito na Índia toda.
Outras frutas, especiarias e variadas leguminosas tidas como essenciais para uma alimentação sã, poderiam ser outros temas de interesse. Na Índia muitos vegetais são vistos como de proteção e defesa da saúde, com base nos saberes ayurvedicos ancestrais.
A produção de conteúdos sobretudo para entertainment, de longas metragens, séries, video-clips, programas para a TV: a Índia dispõe de toda a montagem de aparelhagem e cenários variados para uma diversidade de situações, pelo que é muito económico produzir esse material na Índia, ainda que os atores e figurantes possam ir de outros locais.
A Índia está a lançar em grande as atividades clássicas destruídas pelo colonizador inglês, como a indústria têxtil. Prevê-se que no ano 2025 venha a exportar $350.000 milhões de dólares. Tem boa indústria do calçado, mas está aberta a colaboração para exportar para mercados muito ricos e exigentes. O programa ‘make in India’ seguido do ‘skill India’ pode suscitar a atenção de muitas entidades formadoras e fabricantes, para se fixarem na Índia, dando treino profissional ou produzindo lá, para exportar para o mundo todo.
De extraordinário volume é o programa de construção de casas em que os saberes e a experiência portuguesas podem-se revelar de alto valor, desde que se produza a custos reduzidos. Todas as indústrias fornecedoras da construção, como louças sanitárias, caixilhos de madeira e alumínio, tubos de pvc, ferragens, etc. estão a ser de elevada solicitação.
Há um mundo de oportunidades que só se descobre indo lá. Somente visitando detidamente e conhecendo bem as limitações locais e os fortes incentivos ao setor, pode-se tomar uma decisão acertada e fazer bons negócios.
Professor da AESE-Business School e Dirigente da AAPI-Associação de amizade Portugal-Índia
Eugenio Viassa Monteiro
15/2/2017, 0:09
Observador
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