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Realmente
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Realmente
Ela riu-se mas não deu muita importância ao que caminhava a passos largos para tornar-se numa gafe escusada
Aquando do fatídico temporal que em 2010 assolou a Madeira, algumas entidades externas à Região deram mostras de solidariedade activa. Fazendo programas ou outras manifestações culturais com essa vertente de auxilio ao próximo. A certa altura, estava eu em Lisboa, negociando verbas para a reconstrução e recebi o recado para representar o governo regional numa gala que se realizaria no Casino Estoril. Supostamente organizada por uma publicação cor-de-rosa, creio que a ‘Nova Gente’, ou por alguém que representava aquela revista. Mas a verdade é que, uma vez chegado ao local, fiquei logo com a impressão que o evento tinha natureza régia. Dada a presença simpática de D.Isabel e de D.Duarte. E como a causa real gosta de aparecer nestas coisas da responsabilidade social devem ter co-organizado o evento para se apresentarem também, mostrando disponibilidade, partilhando preocupações e oferecendo solidariedade.
O evento contou com vários artistas. Sobretudo do teatro. Mas teve pouca assistência. Na primeira filha fiquei entre, o fantástico e amabilíssimo Ruy de Carvalho, à minha direita, e D.Duarte, à minha esquerda. É evidente que do protocolo não fui eu que tratei, mas pareceu-me errado. Pormenor para mim, mas “pormaior” para o rei ou talvez não, fruto das circunstâncias envolventes.
Bom, mas vamos ao que interessa, que a súmula do evento já está feita.
Estava com uma gripe tão grande, a que juntava a companhia da rinite que vive dentro de mim sem pagar renda, que fiquei rouco primeiro e depois afónico ou quase. Logo que cheguei ao Casino, de sobretudo e cachecol, porque não havia mais nada para por em cima que combatesse o frio danado que estava em Lisboa, avisei a senhora da organização que me esperava, da minha débil situação e, sobretudo, do equívoco que poderia provocar quando falasse com D.Duarte. Porque ele é um pouco afónico, só que de jeito permanente, e poderia achar que o estava a imitar, expliquei. Ela riu-se mas não deu muita importância ao que caminhava a passos largos para tornar-se numa gafe escusada, pensei preocupado. Passados os primeiros minutos de conversa real, tive de tomar a iniciativa e explicar a D.Duarte a situação. Até porque começava a ter impulsos, felizmente contidos, para rir. Coisa que às vezes me dá, de modo inconveniente e me causa tanto atrapalho e desconforto nas situações mais desaconselháveis, como seria esta, por exemplo. Comportamento não qualificado que me deixaria em muito maus lençóis. No que à monarquia diz respeito, como é bem de ver.
Até há pouco tempo não sabia se o homem tinha acreditado em mim ou se tinha achado que passara a noite a gozar com ele. Já mais recentemente encontrei-o, aqui na Região, creio que na inauguração de uma igreja na Calheta, e pude tirar dúvidas. O monarca falou comigo simpaticamente. E se não foi por dever de ofício, então é porque fui absolvido. Ou já não se lembrava de mim, o que também produz o mesmo efeito.
Ufa! Com as confusões que por aí andam, ainda cai a República e quem sabe, não levava com algum inesperado e indesejado exílio realengo em cima.
JOÃO CUNHA E SILVA / 17 FEV 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
Aquando do fatídico temporal que em 2010 assolou a Madeira, algumas entidades externas à Região deram mostras de solidariedade activa. Fazendo programas ou outras manifestações culturais com essa vertente de auxilio ao próximo. A certa altura, estava eu em Lisboa, negociando verbas para a reconstrução e recebi o recado para representar o governo regional numa gala que se realizaria no Casino Estoril. Supostamente organizada por uma publicação cor-de-rosa, creio que a ‘Nova Gente’, ou por alguém que representava aquela revista. Mas a verdade é que, uma vez chegado ao local, fiquei logo com a impressão que o evento tinha natureza régia. Dada a presença simpática de D.Isabel e de D.Duarte. E como a causa real gosta de aparecer nestas coisas da responsabilidade social devem ter co-organizado o evento para se apresentarem também, mostrando disponibilidade, partilhando preocupações e oferecendo solidariedade.
O evento contou com vários artistas. Sobretudo do teatro. Mas teve pouca assistência. Na primeira filha fiquei entre, o fantástico e amabilíssimo Ruy de Carvalho, à minha direita, e D.Duarte, à minha esquerda. É evidente que do protocolo não fui eu que tratei, mas pareceu-me errado. Pormenor para mim, mas “pormaior” para o rei ou talvez não, fruto das circunstâncias envolventes.
Bom, mas vamos ao que interessa, que a súmula do evento já está feita.
Estava com uma gripe tão grande, a que juntava a companhia da rinite que vive dentro de mim sem pagar renda, que fiquei rouco primeiro e depois afónico ou quase. Logo que cheguei ao Casino, de sobretudo e cachecol, porque não havia mais nada para por em cima que combatesse o frio danado que estava em Lisboa, avisei a senhora da organização que me esperava, da minha débil situação e, sobretudo, do equívoco que poderia provocar quando falasse com D.Duarte. Porque ele é um pouco afónico, só que de jeito permanente, e poderia achar que o estava a imitar, expliquei. Ela riu-se mas não deu muita importância ao que caminhava a passos largos para tornar-se numa gafe escusada, pensei preocupado. Passados os primeiros minutos de conversa real, tive de tomar a iniciativa e explicar a D.Duarte a situação. Até porque começava a ter impulsos, felizmente contidos, para rir. Coisa que às vezes me dá, de modo inconveniente e me causa tanto atrapalho e desconforto nas situações mais desaconselháveis, como seria esta, por exemplo. Comportamento não qualificado que me deixaria em muito maus lençóis. No que à monarquia diz respeito, como é bem de ver.
Até há pouco tempo não sabia se o homem tinha acreditado em mim ou se tinha achado que passara a noite a gozar com ele. Já mais recentemente encontrei-o, aqui na Região, creio que na inauguração de uma igreja na Calheta, e pude tirar dúvidas. O monarca falou comigo simpaticamente. E se não foi por dever de ofício, então é porque fui absolvido. Ou já não se lembrava de mim, o que também produz o mesmo efeito.
Ufa! Com as confusões que por aí andam, ainda cai a República e quem sabe, não levava com algum inesperado e indesejado exílio realengo em cima.
JOÃO CUNHA E SILVA / 17 FEV 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
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