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Poluição atmosférica
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Poluição atmosférica
Uma equipa de investigadores descobriu que o aumento da poluição atmosférica de partículas finas em cidades da China está associado a um maior índice de mortalidade por doença cardiovascular e respiratória.
O estudo liderado por Maigeng Zhou, subdiretor do Centro Nacional do Controlo e Prevenção da Doença Crónica e Não-comunicável, Centro Chinês para o Controlo e Prevenção da Doença, China, analisou dados relativos a 272 cidades chinesas.
Os investigadores apuraram que a exposição anual à poluição atmosférica de partículas finas (PM2.5) em cidades chinesas era de 56 microgramas por metro cúbico (?g/m3), um valor muito superior aos 10?g/m3 previstos nas linhas de orientação da Organização Mundial de Saúde.
Foi determinado que cada aumento de 10?g/m3 na poluição atmosférica estava associado a um incremento percentual de 0,22 na mortalidade por causas não acidentais. Cada aumento de 10?g/m3 na poluição atmosférica estava associado a uma subida de 0,29% na mortalidade respiratória total e a um aumento de 0,38% na mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).
A associação entre os níveis de PM2.5 e a mortalidade foi mais acentuada em cidades com temperaturas anuais médias mais elevadas. Os índices de mortalidade foram superiores em pessoas com mais de 75 anos e em pessoas com escolaridade mais baixa.
Os investigadores especulam que as diferenças na escolaridade poderão resultar em desigualdades em termos de saúde ambiental e no acesso a cuidados de saúde que possam afetar a mortalidade. Relativamente às cidades com temperaturas anuais superiores, a equipa admite que é possível que o facto de os habitantes dessas cidades passarem mais tempo ao ar livre e abrirem as janelas, os exponha mais à PM2.5.
Segundo Maigeng Zhou, "a poluição atmosférica de partículas finas é uma das principais preocupações dos países em desenvolvimento, incluindo a China, mas a evidência epidemiológica sobre o seu efeito na saúde é limitada".
A equipa afirma que este estudo sugere uma associação mais ténue entre os aumentos de PM2.5 e a mortalidade do que outros estudos conduzidos na Europa e América do Norte, oferecendo algumas explicações para esta diferença, como a possibilidade de os componentes de PM2.5 na China poderem serem menos tóxicos do que os da Europa e América do Norte.
Haidong Kan, da Universidade de Fudan, na China e coautor do estudo, afirma que "os nossos achados poderão ser úteis para formular diretrizes de saúde pública e padrões de qualidade do ar ambiental nos países em desenvolvimento de forma a reduzir as doenças associadas à poluição atmosférica por PM2.5".
Na nossa região do Baixo Alentejo a qualidade do ar respirável também sofre os efeitos nefastos da poluição ambiental por excessivo teor de pólen tradicionalmente pelo elevado teor em gramíneas, e ainda as ´arvores tradicionalmente culpadas, como a azinheira, o pinheiro, os plátanos, os cedros. Mas a principal árvore que causa problemas mais frequentemente ao nível do aparelho respiratório, desencadeando doenças, como a rinite, a asma e mesmo doenças do foro dermatológico e oftálmico é sem sombra de dúvidas a Oliveira. Tradicionalmente a densidade do olival na nossa região era de cerca de sessenta árvores por hectare indo em casos raros ás cem oliveiras.
Actualmente assistimos a um exagero no plantio dessas aqui no Baixo Alentejo chegando mesmo a ultrapassar as mil árvore por hectare. São árvore de baixo volume arbóreo, mas de elevado potencial produtivo, a verdade é que deixámos de produzir cerca de sete por cento do azeite nacional para os cerca de setenta e cinco por cento, é obra.
Não somos contra a produção do azeite, mas pensamos que seria mais sensato evitar a concentração e respeitar a geolocalização , por modo a obviar os problemas decorrentes da polinização anemófila. Os tradicionais argumentos que outras regiões têm mais oliveiras do que nós e não se queixam, estão ligados a uma mentalidade medíocre supostamente progressista. A nossa obrigação é promover ambientes saudáveis e seguros! Devemos todos estar do lado da solução e não fazer parte do problema fazendo de conta que isso não é da nossa lavra.
Estamos em meados de Fevereiro, dentro de pouco tempo vamos assistir a um descalabro ambiental, em que os boletins diários do mapa polínico e do ozono são a única forma de alertar, como se isso tivesse algum efeito terapêutico. O efeito terapêutico será com certeza a correta gestão ambiental, o correto maneio da terra e o planeamento urbanístico no que concerne às árvores de jardim! Será certamente um problema de nós todos e não só da Administração central e desconcentrada do Estado.
11h02 - quinta, 02/03/2017
João Alberto Fragoso
Correio do Alentejo
O estudo liderado por Maigeng Zhou, subdiretor do Centro Nacional do Controlo e Prevenção da Doença Crónica e Não-comunicável, Centro Chinês para o Controlo e Prevenção da Doença, China, analisou dados relativos a 272 cidades chinesas.
Os investigadores apuraram que a exposição anual à poluição atmosférica de partículas finas (PM2.5) em cidades chinesas era de 56 microgramas por metro cúbico (?g/m3), um valor muito superior aos 10?g/m3 previstos nas linhas de orientação da Organização Mundial de Saúde.
Foi determinado que cada aumento de 10?g/m3 na poluição atmosférica estava associado a um incremento percentual de 0,22 na mortalidade por causas não acidentais. Cada aumento de 10?g/m3 na poluição atmosférica estava associado a uma subida de 0,29% na mortalidade respiratória total e a um aumento de 0,38% na mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).
A associação entre os níveis de PM2.5 e a mortalidade foi mais acentuada em cidades com temperaturas anuais médias mais elevadas. Os índices de mortalidade foram superiores em pessoas com mais de 75 anos e em pessoas com escolaridade mais baixa.
Os investigadores especulam que as diferenças na escolaridade poderão resultar em desigualdades em termos de saúde ambiental e no acesso a cuidados de saúde que possam afetar a mortalidade. Relativamente às cidades com temperaturas anuais superiores, a equipa admite que é possível que o facto de os habitantes dessas cidades passarem mais tempo ao ar livre e abrirem as janelas, os exponha mais à PM2.5.
Segundo Maigeng Zhou, "a poluição atmosférica de partículas finas é uma das principais preocupações dos países em desenvolvimento, incluindo a China, mas a evidência epidemiológica sobre o seu efeito na saúde é limitada".
A equipa afirma que este estudo sugere uma associação mais ténue entre os aumentos de PM2.5 e a mortalidade do que outros estudos conduzidos na Europa e América do Norte, oferecendo algumas explicações para esta diferença, como a possibilidade de os componentes de PM2.5 na China poderem serem menos tóxicos do que os da Europa e América do Norte.
Haidong Kan, da Universidade de Fudan, na China e coautor do estudo, afirma que "os nossos achados poderão ser úteis para formular diretrizes de saúde pública e padrões de qualidade do ar ambiental nos países em desenvolvimento de forma a reduzir as doenças associadas à poluição atmosférica por PM2.5".
Na nossa região do Baixo Alentejo a qualidade do ar respirável também sofre os efeitos nefastos da poluição ambiental por excessivo teor de pólen tradicionalmente pelo elevado teor em gramíneas, e ainda as ´arvores tradicionalmente culpadas, como a azinheira, o pinheiro, os plátanos, os cedros. Mas a principal árvore que causa problemas mais frequentemente ao nível do aparelho respiratório, desencadeando doenças, como a rinite, a asma e mesmo doenças do foro dermatológico e oftálmico é sem sombra de dúvidas a Oliveira. Tradicionalmente a densidade do olival na nossa região era de cerca de sessenta árvores por hectare indo em casos raros ás cem oliveiras.
Actualmente assistimos a um exagero no plantio dessas aqui no Baixo Alentejo chegando mesmo a ultrapassar as mil árvore por hectare. São árvore de baixo volume arbóreo, mas de elevado potencial produtivo, a verdade é que deixámos de produzir cerca de sete por cento do azeite nacional para os cerca de setenta e cinco por cento, é obra.
Não somos contra a produção do azeite, mas pensamos que seria mais sensato evitar a concentração e respeitar a geolocalização , por modo a obviar os problemas decorrentes da polinização anemófila. Os tradicionais argumentos que outras regiões têm mais oliveiras do que nós e não se queixam, estão ligados a uma mentalidade medíocre supostamente progressista. A nossa obrigação é promover ambientes saudáveis e seguros! Devemos todos estar do lado da solução e não fazer parte do problema fazendo de conta que isso não é da nossa lavra.
Estamos em meados de Fevereiro, dentro de pouco tempo vamos assistir a um descalabro ambiental, em que os boletins diários do mapa polínico e do ozono são a única forma de alertar, como se isso tivesse algum efeito terapêutico. O efeito terapêutico será com certeza a correta gestão ambiental, o correto maneio da terra e o planeamento urbanístico no que concerne às árvores de jardim! Será certamente um problema de nós todos e não só da Administração central e desconcentrada do Estado.
11h02 - quinta, 02/03/2017
João Alberto Fragoso
Correio do Alentejo
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