Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 67 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 67 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
O abandono de Lisboa
Página 1 de 1
O abandono de Lisboa
O atual primeiro-ministro, que devia ser hoje o seu presidente da câmara, abandonou a cidade à sua sorte, deixando lá um substituto que só tem feito obras de fachada para turista ver, mas que tornam a vida infernal aos lisboetas
Lisboa tem neste momento uma triste sorte que é a de ter sido abandonada por todos, não havendo ninguém que procure defender os interesses da cidade. O atual primeiro-ministro, que devia ser hoje o seu presidente da câmara, abandonou a cidade à sua sorte, deixando lá um substituto que só tem feito obras de fachada para turista ver, mas que tornam a vida infernal aos lisboetas. É assim que Lisboa vê desaparecerem os seus eixos de circulação rodoviária, assim como o estacionamento, o que impossibilita a população idosa de se deslocar, já que a cidade ficou reservada a ciclistas e corredores. Ao mesmo tempo, os transportes públicos deixaram de funcionar adequadamente, já se tornando habitual para os lisboetas ouvirem dizer que existem “problemas na circulação” logo que atravessam as cancelas do metro.
Ao mesmo tempo, a câmara lança sucessivas e cada vez mais abusivas taxas sobre os cidadãos relativamente a serviços que não presta. É assim que lançou uma taxa de proteção civil, que mais nenhum concelho da área metropolitana cobra, quando a proteção civil dos lisboetas anda pelas ruas da amargura. Na verdade, os cidadãos quase que viram o viaduto de Alcântara desabar sobre as suas cabeças, uma infraestrutura cuja fiscalização é da responsabilidade da câmara municipal. E há tempos, na Graça, um condomínio licenciado pela câmara viu um muro ruir, levando à afetação de nada menos do que quatro prédios. Enquanto se fazem e desfazem inúmeras obras de fachada, a câmara não trata do que deveria tratar, mas não se coíbe de cobrar taxas por serviços que não presta.
A Câmara de Lisboa encara assim os seus munícipes como meros servos da gleba, a quem se cobram taxas, mas com cujas dificuldades não está minimamente preocupada.
Perante este quadro negro, os lisboetas só podem lamentar terem sido também abandonados pelo centro-direita, que optou por desvalorizar as autárquicas, em lugar de arranjar uma alternativa consistente para Lisboa. É assim que, parafraseando Camões, Lisboa parece estar destinada a mais quatro anos metida no gosto da cobiça e na rudeza de uma austera, apagada e vil tristeza.
28/03/2017
Luís Menezes Leitão
opiniao@newsplex.pt
Jornal i
Lisboa tem neste momento uma triste sorte que é a de ter sido abandonada por todos, não havendo ninguém que procure defender os interesses da cidade. O atual primeiro-ministro, que devia ser hoje o seu presidente da câmara, abandonou a cidade à sua sorte, deixando lá um substituto que só tem feito obras de fachada para turista ver, mas que tornam a vida infernal aos lisboetas. É assim que Lisboa vê desaparecerem os seus eixos de circulação rodoviária, assim como o estacionamento, o que impossibilita a população idosa de se deslocar, já que a cidade ficou reservada a ciclistas e corredores. Ao mesmo tempo, os transportes públicos deixaram de funcionar adequadamente, já se tornando habitual para os lisboetas ouvirem dizer que existem “problemas na circulação” logo que atravessam as cancelas do metro.
Ao mesmo tempo, a câmara lança sucessivas e cada vez mais abusivas taxas sobre os cidadãos relativamente a serviços que não presta. É assim que lançou uma taxa de proteção civil, que mais nenhum concelho da área metropolitana cobra, quando a proteção civil dos lisboetas anda pelas ruas da amargura. Na verdade, os cidadãos quase que viram o viaduto de Alcântara desabar sobre as suas cabeças, uma infraestrutura cuja fiscalização é da responsabilidade da câmara municipal. E há tempos, na Graça, um condomínio licenciado pela câmara viu um muro ruir, levando à afetação de nada menos do que quatro prédios. Enquanto se fazem e desfazem inúmeras obras de fachada, a câmara não trata do que deveria tratar, mas não se coíbe de cobrar taxas por serviços que não presta.
A Câmara de Lisboa encara assim os seus munícipes como meros servos da gleba, a quem se cobram taxas, mas com cujas dificuldades não está minimamente preocupada.
Perante este quadro negro, os lisboetas só podem lamentar terem sido também abandonados pelo centro-direita, que optou por desvalorizar as autárquicas, em lugar de arranjar uma alternativa consistente para Lisboa. É assim que, parafraseando Camões, Lisboa parece estar destinada a mais quatro anos metida no gosto da cobiça e na rudeza de uma austera, apagada e vil tristeza.
28/03/2017
Luís Menezes Leitão
opiniao@newsplex.pt
Jornal i
Tópicos semelhantes
» O abandono do centro político
» Um ano depois tribunais fechados continuam ao abandono
» LISBOA: Site de anúncios Idealista diz que Lisboa é “cidade-refúgio” para investidores do imobiliário
» Um ano depois tribunais fechados continuam ao abandono
» LISBOA: Site de anúncios Idealista diz que Lisboa é “cidade-refúgio” para investidores do imobiliário
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin