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Este país não é para velhos
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Este país não é para velhos
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou as projeções sobre a demografia e traçou o retrato de um Portugal envelhecido e cada vez mais entradote nas próximas décadas. O número de idosos passará de 2,1 milhões para 2,8 milhões entre 2017 e 2080. A população com menos de 15 anos diminuirá até ao mesmo ano, passando de 1,5 milhões para um escasso milhão. Os números não surpreendem, mas são assustadores.
O problema é transversal na Europa, o Velho Continente está numa regressão da pirâmide etária que tem efeitos nefastos na organização económica e social. Portugal é, ainda assim, um dos países onde esta situação é mais acentuada. O nível de vida dos portugueses, o desemprego, e até as condições dadas aos pais, são um desincentivo para quem deseja ter filhos.
Mas mesmo que todas as propostas apresentadas pelos partidos ao longo dos anos de apoio à natalidade fossem por diante, se o país crescesse de modo a gerar mais emprego e de melhor qualidade, não haveria já maneira de travar a fundo o envelhecimento da população.
É fundamental que essas propostas - de reforçar apoios às famílias carenciadas, de aumentar o período de funcionamento das creches, de flexibilizar horários para pais, mães, e avós com crianças pequenas a cargo, entre muitas outras - vão fazendo caminho, mas tão urgente como estas é pensar que país será este já ao virar da esquina.
E este país não é para velhos. Os de agora, na sua maioria são pobres e não têm qualidade de vida. São dos que vivem isolados e sem apoio, desnutridos, dos que ficam abandonados nos hospitais, dos que acabam em lares miseráveis porque as famílias, também elas pobres, não os conseguem tratar melhor.
Os de amanhã, muitos mais do que os de hoje, serão tão ou mais pobres e talvez ainda com menos qualidade de vida se continuarmos a assobiar para o ar e a carpir as mágoas enquanto vamos nós próprios envelhecendo e a estrutura económica do país vai definhando a par e passo de uma população cada vez menos ativa.
De medidas quase apenas se ouve falar do aumento da idade da reforma por razões de sobrevivência do sistema de Segurança Social, mas esse é apenas um dos problemas a resolver. Falta pensar num sistema de saúde mais adaptado às necessidades desta população, aos apoios que podem ajudar as famílias a acolher os seus idosos, como receber o seu contributo ativo e até educar os mais jovens para a importância dos pais e dos avós numa sociedade em que serão a maioria.
30 DE MARÇO DE 2017
00:00
Paula Sá
Diário de Notícias
O problema é transversal na Europa, o Velho Continente está numa regressão da pirâmide etária que tem efeitos nefastos na organização económica e social. Portugal é, ainda assim, um dos países onde esta situação é mais acentuada. O nível de vida dos portugueses, o desemprego, e até as condições dadas aos pais, são um desincentivo para quem deseja ter filhos.
Mas mesmo que todas as propostas apresentadas pelos partidos ao longo dos anos de apoio à natalidade fossem por diante, se o país crescesse de modo a gerar mais emprego e de melhor qualidade, não haveria já maneira de travar a fundo o envelhecimento da população.
É fundamental que essas propostas - de reforçar apoios às famílias carenciadas, de aumentar o período de funcionamento das creches, de flexibilizar horários para pais, mães, e avós com crianças pequenas a cargo, entre muitas outras - vão fazendo caminho, mas tão urgente como estas é pensar que país será este já ao virar da esquina.
E este país não é para velhos. Os de agora, na sua maioria são pobres e não têm qualidade de vida. São dos que vivem isolados e sem apoio, desnutridos, dos que ficam abandonados nos hospitais, dos que acabam em lares miseráveis porque as famílias, também elas pobres, não os conseguem tratar melhor.
Os de amanhã, muitos mais do que os de hoje, serão tão ou mais pobres e talvez ainda com menos qualidade de vida se continuarmos a assobiar para o ar e a carpir as mágoas enquanto vamos nós próprios envelhecendo e a estrutura económica do país vai definhando a par e passo de uma população cada vez menos ativa.
De medidas quase apenas se ouve falar do aumento da idade da reforma por razões de sobrevivência do sistema de Segurança Social, mas esse é apenas um dos problemas a resolver. Falta pensar num sistema de saúde mais adaptado às necessidades desta população, aos apoios que podem ajudar as famílias a acolher os seus idosos, como receber o seu contributo ativo e até educar os mais jovens para a importância dos pais e dos avós numa sociedade em que serão a maioria.
30 DE MARÇO DE 2017
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Paula Sá
Diário de Notícias
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