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Fuga para a frente
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Fuga para a frente
Já cá não estarei, mas gostaria que a visão dos historiadores futuros sobre as elites portuguesas actuais não viesse a ser “conseguiram dar cabo de um país com novecentos anos de história”.
Quando a propósito das transformações por que a União Europeia irá inevitavelmente passar vejo e oiço os defensores da tese de que Portugal deverá manter-se, custe o que custar, doa o que doer, no pelotão da frente, a minha primeira reacção é perguntar: como é possível?
Como é possível que quase todos esses defensores sejam os mesmos que, seguindo o mesmo dogma, nos fizeram entrar na zona euro, com todas as consequências desastrosas que hoje conhecemos? Como é possível que ainda tenham o topete de continuar a defender o mesmo depois de que tudo o que se passou e o defendam para uma situação nacional de ainda muito maior melindre e debilidade do que a que enfrentávamos em1999? Como é possível que ainda não se tenham apercebido da enorme falácia que é defender o ”pelotão da frente” com a justificação da nossa situação periférica, fingindo ignorar que estarmos no pelotão da frente é obrigar-nos a obedecer a regras que não temos qualquer possibilidade de cumprir, assim nos tornamos muito mais periféricos? Como é possível esquecer que estar no pelotão da frente significa sermos absorvidos por um espaço liderado pela Alemanha perdendo as nossas representações internacionais e deixando de ser um estado como tal reconhecido pela comunidade internacional?
Mas depois desta reacção um outro pensamento me ocorre. Afinal temos precedentes. As elites do Estado Novo trataram o problema colonial com a mesma teimosia e o mesmo dogmatismo, arrastando o País para um enorme desastre.
Desastre que ainda será mais terrível e irremediável de deixarmos que a fuga para a frente da miragem do núcleo mais avançado da integração europeia não seja revertida.
Já cá não estarei, mas gostaria que a visão dos historiadores futuros sobre as elites portuguesas actuais não viesse a ser “conseguiram dar cabo de um país com novecentos anos de história”.
JOÃO FERREIRA DO AMARAL
31 mar, 2017
Rádio Renascença
Quando a propósito das transformações por que a União Europeia irá inevitavelmente passar vejo e oiço os defensores da tese de que Portugal deverá manter-se, custe o que custar, doa o que doer, no pelotão da frente, a minha primeira reacção é perguntar: como é possível?
Como é possível que quase todos esses defensores sejam os mesmos que, seguindo o mesmo dogma, nos fizeram entrar na zona euro, com todas as consequências desastrosas que hoje conhecemos? Como é possível que ainda tenham o topete de continuar a defender o mesmo depois de que tudo o que se passou e o defendam para uma situação nacional de ainda muito maior melindre e debilidade do que a que enfrentávamos em1999? Como é possível que ainda não se tenham apercebido da enorme falácia que é defender o ”pelotão da frente” com a justificação da nossa situação periférica, fingindo ignorar que estarmos no pelotão da frente é obrigar-nos a obedecer a regras que não temos qualquer possibilidade de cumprir, assim nos tornamos muito mais periféricos? Como é possível esquecer que estar no pelotão da frente significa sermos absorvidos por um espaço liderado pela Alemanha perdendo as nossas representações internacionais e deixando de ser um estado como tal reconhecido pela comunidade internacional?
Mas depois desta reacção um outro pensamento me ocorre. Afinal temos precedentes. As elites do Estado Novo trataram o problema colonial com a mesma teimosia e o mesmo dogmatismo, arrastando o País para um enorme desastre.
Desastre que ainda será mais terrível e irremediável de deixarmos que a fuga para a frente da miragem do núcleo mais avançado da integração europeia não seja revertida.
Já cá não estarei, mas gostaria que a visão dos historiadores futuros sobre as elites portuguesas actuais não viesse a ser “conseguiram dar cabo de um país com novecentos anos de história”.
JOÃO FERREIRA DO AMARAL
31 mar, 2017
Rádio Renascença
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