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E o lobby da cidadania activa, forma-se ou não?
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E o lobby da cidadania activa, forma-se ou não?
Desde há algum tempo a esta parte que ouvimos amiúde a palavra “lobby”. De origem inglesa, teve no ínício do seu uso, começado por encerrar uma conotação negativa, já que se referia a “grupos de pressão” que se organizavam e organizam em torno de um objectivo comum, tentando interferir nas decisões do poder executivo e legislativo. Com o passar do tempo (... o tempo, essa dimensão que quer se crer que tudo resolve, mas talvez não...), a utilização da palavra lobby começou a estar também vinculada a um bom uso, como seja o lobby para a garantia dos direitos civis e políticos dos vários grupos sociais, ou para a defesa de causas, como seja a causa animal, a causa ambientalista, a causa para uma alimentação biológica, etc. Não há assim, que continuar a associar a palavra a corrupção, ilegalidade ou ausência de ética, já que o “lobbysmo” também pode ser a via para a concretização de uma boa causa. Podemos então, com alguma tolerãncia, aceitar que no dominio linguístico, se trata de um “anglicismo epíceno”. Já quando transpomos a dimensão e a possibilidade/necessidade de formação de um lobby para a cidadania activa, embora nos dias de hoje, com particular destaque nos grandes centros urbanos, seja já possível sentir, aqui e ali, o exercício de uma cidadania activa, de um lobby da cidadania, o mesmo tarda em chegar ao nosso país e à nossa região, assistindo-se mesmo, ao invés, a uma certa apatia e afastamento do cidadão em relação a várias matérias de grande importãncia e do seu exclusivo interesse, que em Democracia deveriam obrigatóriamente ser alvo da sua atenção e consequente intervenção. Não existe uma verdadeira Democracia onde não existe o exercício da cidadania activa. E não existe cidadania activa onde a solidariedade activa esteja distante. A solidaridade a que me refiro é uma solidariedade esclarecida e não aquela que é sustentada por piedade, pois esta torna-se desnecessária se a cidadania activa existir. E não podemos responsabilizar apenas os agentes politícos por este cenário. Os cidadãos e cidadãs também têm enormes responsabilidades, porque normalmente só se interessam pelos assuntos quando estes lhes dizem directamente respeito, afastando-se assim do exercício da solidariedade activa, e por via desse comportamento não conquistam a indispensável cidadania activa, vivendo numa Democracia de papel.
FERNANDO RODRIGUES / 10 ABR 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
FERNANDO RODRIGUES / 10 ABR 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
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