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Base do Montijo mais perto de receber voos low-cost
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Base do Montijo mais perto de receber voos low-cost
Base militar é a preferida da ANA e das companhias low-cost para fazer a extensão do aeroporto de Lisboa. O Governo está a estudar esta e outras alternativas para evitar esgotamento da Portela.
A abertura da base militar do Montijo a voos comerciais está mais próxima. Depois de o Governo ter afastado esta possibilidade, num momento em que a nova localização do Portela+1 estava praticamente certa, agora tanto a ANA (gestora de aeroportos nacionais) como o Ministério da Economia admitem que o aeroporto complementar pode avançar para aumentar a vida do aeroporto da Lisboa.
"A ideia de abrir a base militar a voos comerciais é obviamente uma solução muito interessante e poderia permitir a manutenção da operação da Portela durante mais uns anos", admitiu Jorge Ponce de Leão, presidente da ANA, que vê naquela base militar a única solução para complementar a Portela. O governo é menos taxativo, mas a secretaria de Estado dos Transportes confirmou ao Dinheiro Vivo que "o Montijo é uma das infraestruturas militares em análise para a acomodação de um aeroporto complementar" e é o local "mais procurado pelas companhias aéreas e o preferido pelo gestor aeroportuário".
A ideia de criar uma extensão do aeroporto de Lisboa não é nova e foi levantada pela primeira vez em 2007 como forma de garantir o crescimento sustentável do aeroporto de Lisboa, que começa a aproximar-se do limiar máximo de capacidade. Na negociação da privatização da ANA ficou estabelecido que número máximo de capacidade da Portela são 22 milhões de passageiros ao ano. No ano passado, o aeroporto atingiu os 16 milhões; os 22 milhões de passageiros devem chegar em 2022, o que dá tempo ao governo e à francesa Vinci, proprietária da ANA, para avançar com uma alternativa.
O presidente da gestora aeroportuária prevê "a necessidade de um pouco mais de três anos" para a realização deste projeto, mas perante os avanços e recuos do passado diz que "é mais difícil tomar uma decisão do que executá-la". Para já admite que foram feitos "os primeiros estudos sobre o Montijo há dois anos e estão "a atualizá-los" para "definir um momento [para avançar] com o Estado". O governo completa e diz que, para já "não há qualquer solicitação, proposta ou plano, ainda assim a obra pode chegar mais cedo do que se imagina, uma vez que a Vinci voltou a mencionar o Portela+1 no seu plano estratégico a realizar até 2017.
Que benefícios traria? A ANA lembra que atualmente consegue 40 partidas e chegadas por hora na Portela e que parte do princípio de que o Montijo pode ter cerca de 10 movimentos por hora. E, se o Terminal 2 da Portela, que atualmente recebe voos low-cost, fosse libertado, poderia passar a receber charters e voos em Executiva, o que facilitaria a saída de passageiros, e valorizaria as companhias de bandeira que ali servissem. O objetivo, claro, fica dependente da disponibilidade e do interesse das companhias aéreas low-cost em passar para a margem sul.
Em entrevista ao Dinheiro Vivo, Michael O"Leary, o número um da Ryanair, mostrou-se não só disponível para passar os voos da sua companhia para o Montijo, como sublinhou que "seria muito importante, para Lisboa, que a base militar fosse aberta a civis". Para o irlandês, "poderia aumentar para 30 ou 40 milhões ao ano o número de passageiros de Lisboa". A easyJet mostra-se menos recetiva e confessa que "a intenção é estar no aeroporto da Portela", uma vez que "voa para os principais aeroportos, assumindo o compromisso de levar os seus passageiros ao coração das cidades, poupando tempo e custo nas deslocações".
Sem saber ainda quantas companhias podem ser passadas para o aeroporto complementar, Governo e ANA juntam vozes para dizer que o investimento necessário para adaptar as estruturas militares deve ser financiado pelas receitas provenientes da operação aeroportuária. E esse valor seria marginal, garante Ponce Leão: "Algo como 150 milhões de euros."
28/06/2014 | 00:01 | Dinheiro Vivo
Aeroporto complementar pode aumentar vida da Portela
D.R.
A abertura da base militar do Montijo a voos comerciais está mais próxima. Depois de o Governo ter afastado esta possibilidade, num momento em que a nova localização do Portela+1 estava praticamente certa, agora tanto a ANA (gestora de aeroportos nacionais) como o Ministério da Economia admitem que o aeroporto complementar pode avançar para aumentar a vida do aeroporto da Lisboa.
"A ideia de abrir a base militar a voos comerciais é obviamente uma solução muito interessante e poderia permitir a manutenção da operação da Portela durante mais uns anos", admitiu Jorge Ponce de Leão, presidente da ANA, que vê naquela base militar a única solução para complementar a Portela. O governo é menos taxativo, mas a secretaria de Estado dos Transportes confirmou ao Dinheiro Vivo que "o Montijo é uma das infraestruturas militares em análise para a acomodação de um aeroporto complementar" e é o local "mais procurado pelas companhias aéreas e o preferido pelo gestor aeroportuário".
A ideia de criar uma extensão do aeroporto de Lisboa não é nova e foi levantada pela primeira vez em 2007 como forma de garantir o crescimento sustentável do aeroporto de Lisboa, que começa a aproximar-se do limiar máximo de capacidade. Na negociação da privatização da ANA ficou estabelecido que número máximo de capacidade da Portela são 22 milhões de passageiros ao ano. No ano passado, o aeroporto atingiu os 16 milhões; os 22 milhões de passageiros devem chegar em 2022, o que dá tempo ao governo e à francesa Vinci, proprietária da ANA, para avançar com uma alternativa.
O presidente da gestora aeroportuária prevê "a necessidade de um pouco mais de três anos" para a realização deste projeto, mas perante os avanços e recuos do passado diz que "é mais difícil tomar uma decisão do que executá-la". Para já admite que foram feitos "os primeiros estudos sobre o Montijo há dois anos e estão "a atualizá-los" para "definir um momento [para avançar] com o Estado". O governo completa e diz que, para já "não há qualquer solicitação, proposta ou plano, ainda assim a obra pode chegar mais cedo do que se imagina, uma vez que a Vinci voltou a mencionar o Portela+1 no seu plano estratégico a realizar até 2017.
Que benefícios traria? A ANA lembra que atualmente consegue 40 partidas e chegadas por hora na Portela e que parte do princípio de que o Montijo pode ter cerca de 10 movimentos por hora. E, se o Terminal 2 da Portela, que atualmente recebe voos low-cost, fosse libertado, poderia passar a receber charters e voos em Executiva, o que facilitaria a saída de passageiros, e valorizaria as companhias de bandeira que ali servissem. O objetivo, claro, fica dependente da disponibilidade e do interesse das companhias aéreas low-cost em passar para a margem sul.
Em entrevista ao Dinheiro Vivo, Michael O"Leary, o número um da Ryanair, mostrou-se não só disponível para passar os voos da sua companhia para o Montijo, como sublinhou que "seria muito importante, para Lisboa, que a base militar fosse aberta a civis". Para o irlandês, "poderia aumentar para 30 ou 40 milhões ao ano o número de passageiros de Lisboa". A easyJet mostra-se menos recetiva e confessa que "a intenção é estar no aeroporto da Portela", uma vez que "voa para os principais aeroportos, assumindo o compromisso de levar os seus passageiros ao coração das cidades, poupando tempo e custo nas deslocações".
Sem saber ainda quantas companhias podem ser passadas para o aeroporto complementar, Governo e ANA juntam vozes para dizer que o investimento necessário para adaptar as estruturas militares deve ser financiado pelas receitas provenientes da operação aeroportuária. E esse valor seria marginal, garante Ponce Leão: "Algo como 150 milhões de euros."
28/06/2014 | 00:01 | Dinheiro Vivo
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