Será que vai ser agora que vamos navegar o Tejo? Nós não pensamos assim ...

Não é a primeira vez que recebemos a notícia de que, por ser tão relevante para nossas vidas e para a nossa compreensão das coisas, nos enche de alegria e satisfação que parece que o nosso dia-a-dia assume um novo significado.

Mas quando, de repente, recuperar a lucidez e começar a desfolhar nossos registros sobre este assunto, estamos cheios de tanta amargura que, pelo menos devemos gritar a nossa indignação.

Referimo-nos a uma informação, recém-publicado nos meios de comunicação, segundo a qual o "Projeto Cimpor no estuário do Tejo irá aumentar as exportações", e segundo a qual, espera-se melhorar a navegabilidade do rio Tejo ... Os decisores conversamos sobre isso no Brasil, como, aliás, é conveniente que estas coisas são tratadas fora de portas, para que o público vai ser ampliado e melhorado a qualidade, mas na verdade são necessários 40 milhões de euros e parece que ainda não apareceu o patrono que está disposto a participar desta pequena questão.

E pior ainda é que, se fosse para aparecer, mas perceber que o investimento faz muito mais sentido se ele está localizado na margem sul, ou em qualquer Trafaria ... em vez de Alhamdra ou Castanheira do Ribatejo.

Por outro lado, esta notícia é em si uma falácia porque se resumir o seu conteúdo para o que essencialmente ela quer transmitir, para melhorar algo que não existe é em si mesmo uma impossibilidade (ou há o transporte fluvial no Tejo, e nunca percebeu isso?) e se assim que esta é não-informação.

Poderíamos voltar e compilar as muitas inconsistências deste Governo sobre esta matéria, mas basta recuar para janeiro deste ano para se lembrar que até o Secretário de Estado da Infra-estrutura, sabíamos que eles iriam dar mais importância para o desenvolvimento da infra-estrutura existente, em vez de a a construção de novos projetos, que no início parecia bom, dadas as dificuldades financeiras o nosso país enfrenta.

No entanto, o mesmo documento e, em especial, no que diz respeito ao setor portuário do Marítimo e, o grupo de trabalho definiu 18 projetos, representando 60% do total de investimentos estabelecidas como prioridades. Elas incluem a expansão do recipiente sul do porto de Leixões, a expansão do terminal XXI Sines e construção de um novo terminal de contêineres em águas profundas, em Lisboa (sic).

Estou tendo problemas para interpretar as palavras de nossos líderes?

Neste documento de estratégia que tem estado em debate público nos primeiros meses do ano, não há uma única referência à necessidade de implementar a navegabilidade do rio Tejo, nem houve qualquer financiamento para este fornecido.

 

O Relatório Final da Ieva-grupo de trabalho ( especializada ) para infra-estrutura de alto valor agregado, mencionado no Anexo IV - Sector Marítimo-Portuário, Marítimo quanto à acessibilidade aos portos:

- Porto de Lisboa - Melhoria da navegação e descontaminação do estuário do Tejo

"O projeto é melhorar de navegabilidade e descontaminação de sedimentos com altos níveis de contaminação ..."

E a respeito do aumento da capacidade / condições de funcionamento:

- Porto de Lisboa - Estudo sobre assoreamento e reabilitação do Terminal de 2 ª linha, nas docas de Alhamdra (Cimpor)

"O projeto é aumentar a capacidade de navegabilidade para Alhandra a correntes de ar maiores do que atualmente permitido, através de dragagem ..."

É inaceitável, como essas pessoas resolver os problemas, sem sequer o cuidado de estudar com algum rigor, pois a contaminação do rio Tejo, felizmente, é na maioria das situações, um fantasma, o "Cais de Alhandra" não existe, o que existe é o "Terminal Portuário de Alhandra", registrado na OMI sob o n PTLIS-0061 e não é de propriedade da Cimpor, finalmente, a quantidade de lixo é tal que nenhum comentário sobre esses estudos falam em favor da sua credibilidade.

E agora, talvez com base em estudos ou similares, o mesmo governo finalmente afirmou, por dois de seus principais ministros (já não é através do Secretário de Estado) que é de extrema importância para melhorar (?) As condições de navegabilidade no Tejo.

Eu sinto vontade de fazer como o nosso presidente, que deixou há muito tempo para gastar o tempo com este tipo de matéria e espera, como uma criança que espera o seu novo brinquedo, a chegada de embarcações super que virá do novo Canal do Panamá e atravessar o Atlântico em corrida desenfreada para fazer sua primeira escala europeia, em nosso Alentejo, onde tudo acontece, também, desafiando a vontade das pessoas de lá, e no futuro próximo, o Alqueva vai abraçar as águas do Oceano em São Torpes Beach.

De qualquer forma, o governo pobre, que depois de todo esse tempo nem mesmo o problema da Cala das Barcas conseguiu resolver nem a única empresa que realiza o transporte fluvial no Tejo, liquidar (iniciado o processo de liquidação da em 2001) ...

 

Se você não estiver familiarizado com esses termos, veja:

http://www.portodelisboa.pt/portal/page/portal/PORTAL_PORTO_LISBOA/HIDROGRAFIA/REGULAMENTO_CANAIS/ANEXOS/Cala%20das%20Barcas.htm

http://www.silopor.pt/blog-2/index.html

• Junho 17, 2014