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Urbanização e industrialização no Brasil:
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Urbanização e industrialização no Brasil:
Apesar das cidades terem se originado na Antigüidade, foi a partir do desenvolvimento industrial que a urbanização acentuou-se consideravelmente.
A Revolução Industrial (1750) teve por palco a área urbana e a fábrica é um fenômeno necessariamente urbano:
Ela exige, em sua proximidade, a presença de um grande número de trabalhadores. O seu grande volume de produção requer serviços de infra-estrutura (transportes, armazenamento, energia etc.), que constituem o cerne da moderna economia urbana. Quando a fábrica não surge já na cidade, é a cidade que se forma em volta dela. (SINGER, 1977, p. 24-25).
Desde o final do século XVIII, urbanização e industrialização foram processos complementares, associados um ao outro. As primeiras máquinas exigiam grande quantidade de trabalhadores vivendo próximos das fábricas e, para a comercialização dos produtos industrializados, eram necessários os estabelecimentos comerciais, que são típicos do meio urbano. Também a infra-estrutura criada para atender aos interesses de algumas fábricas, como abertura de estradas, ruas, fornecimento de energia, água encanada, meios de comunicação, atraiu novas indústrias para as cidades, aumentando a concentração de pessoas no espaço urbano.
Na medida em que crescia a industrialização, as sociedades iam também se urbanizando. A industrialização oferecia empregos urbanos à população rural que deixava os campos em busca de novas oportunidades de vida, em razão de mudanças estruturais, como a mecanização da agropecuária, que diminuiu a necessidade de mão-de-obra no campo, ao mesmo tempo em que crescia a necessidade de trabalhadores nas fábricas e nos serviços urbanos.
Deste modo, em muitas partes do mundo, principalmente nos países que estavam se industrializando, a população urbana passou a crescer mais do que a população rural, caracterizando o processo de urbanização. Para que haja urbanização, faz-se necessário que a população urbana aumente em relação à população total de um país.
A transição de um Brasil agrário para um país urbano foi uma conseqüência direta do processo de industrialização que tomou grande impulso na década de 1930, durante o governo de Getúlio Vargas, que implementou o modelo de industrialização como forma de substituição das importações.
Furtado (1964) afirma que, com a retração do mercado mundial oriunda da crise de 1929, os investimentos nacionais, outrora voltados principalmente para a expansão do café, passaram a orientar-se para a produção manufatureira, com vistas a satisfazer uma demanda antes atendida pelas importações.
A partir dos anos 1940, a industrialização brasileira foi beneficiada pela intervenção do Estado na economia, com a instalação de grandes empresas estatais, particularmente no ramo da indústria pesada: siderurgia, indústria química, mecânica pesada, metalurgia, mineração, geração de energia (petróleo, hidrelétricas) e outras. Eram setores que exigiam grandes capitais, cujo retorno só se daria a longo prazo e que a burguesia nacional não estava interessada em investir.
A partir da década de 1940, o processo de urbanização toma impulso no Brasil, concomitantemente ao aumento das atividades industriais nas cidades, que atrai a mão-de-obra desocupada ou subocupada na zona rural. O censo do IBGE, de 1940, o primeiro a dividir a população do Brasil em rural e urbana, apontava que 68,90% dos brasileiros viviam nos campos naquele momento.
Conforme Ribeiro (1995), nos anos 1950 a industrialização toma novo impulso no governo de Juscelino Kubitschek de Oliveira, o qual abandonou a política de intervencionismo estatal e atraiu um grande número de empresas para o Brasil, principalmente no ramo da indústria automobilística, naval, química e mecânica, por intermédio de subsídios, como doação de terrenos, isenção de impostos e empréstimos estrangeiros.
O processo de industrialização dos períodos supramencionados concentrou-se na Região Sudeste, sobretudo no Estado de São Paulo, conforme se verá no tópico seguinte.
Nos anos 1950, o processo de urbanização intensifica-se na Região Sudeste, a mais industrializada do país, atingindo as demais regiões na década de 1970.
A partir dos anos 1960, a mecanização do campo – associada a problemas estruturais como o monopólio da terra e a monocultura – expulsou um grande número de trabalhadores rurais para as áreas urbanas. A população urbana ultrapassa a rural nos anos 1970, passando de 44,67% do total em 1960 para 55,92% dez anos depois.
Em 1980, todas as regiões brasileiras já apresentavam uma população urbana superior à rural. Nos anos seguintes, o processo de urbanização diminui a sua intensidade, ao mesmo tempo em que as áreas rurais registram crescimento negativo, com a diminuição de sua população em números absolutos. O ano de 1996 marca o predomínio da população urbana em todos os Estados brasileiros, sendo o Maranhão o último a fazer a transição.
De acordo com o censo de 2000, 81,23% da população brasileira vivem em cidades, índice considerado alto, superior ao de países como Itália (67%), França (76%) e Estados Unidos (77%). Como já assinalado, vale lembrar que os índices de urbanização muitas vezes variam em razão dos critérios adotados pelos países para diferenciar o rural do urbano.
www.ub.edu/geocrit/sn/sn-194-79.htm
A Revolução Industrial (1750) teve por palco a área urbana e a fábrica é um fenômeno necessariamente urbano:
Ela exige, em sua proximidade, a presença de um grande número de trabalhadores. O seu grande volume de produção requer serviços de infra-estrutura (transportes, armazenamento, energia etc.), que constituem o cerne da moderna economia urbana. Quando a fábrica não surge já na cidade, é a cidade que se forma em volta dela. (SINGER, 1977, p. 24-25).
Desde o final do século XVIII, urbanização e industrialização foram processos complementares, associados um ao outro. As primeiras máquinas exigiam grande quantidade de trabalhadores vivendo próximos das fábricas e, para a comercialização dos produtos industrializados, eram necessários os estabelecimentos comerciais, que são típicos do meio urbano. Também a infra-estrutura criada para atender aos interesses de algumas fábricas, como abertura de estradas, ruas, fornecimento de energia, água encanada, meios de comunicação, atraiu novas indústrias para as cidades, aumentando a concentração de pessoas no espaço urbano.
Na medida em que crescia a industrialização, as sociedades iam também se urbanizando. A industrialização oferecia empregos urbanos à população rural que deixava os campos em busca de novas oportunidades de vida, em razão de mudanças estruturais, como a mecanização da agropecuária, que diminuiu a necessidade de mão-de-obra no campo, ao mesmo tempo em que crescia a necessidade de trabalhadores nas fábricas e nos serviços urbanos.
Deste modo, em muitas partes do mundo, principalmente nos países que estavam se industrializando, a população urbana passou a crescer mais do que a população rural, caracterizando o processo de urbanização. Para que haja urbanização, faz-se necessário que a população urbana aumente em relação à população total de um país.
A transição de um Brasil agrário para um país urbano foi uma conseqüência direta do processo de industrialização que tomou grande impulso na década de 1930, durante o governo de Getúlio Vargas, que implementou o modelo de industrialização como forma de substituição das importações.
Furtado (1964) afirma que, com a retração do mercado mundial oriunda da crise de 1929, os investimentos nacionais, outrora voltados principalmente para a expansão do café, passaram a orientar-se para a produção manufatureira, com vistas a satisfazer uma demanda antes atendida pelas importações.
A partir dos anos 1940, a industrialização brasileira foi beneficiada pela intervenção do Estado na economia, com a instalação de grandes empresas estatais, particularmente no ramo da indústria pesada: siderurgia, indústria química, mecânica pesada, metalurgia, mineração, geração de energia (petróleo, hidrelétricas) e outras. Eram setores que exigiam grandes capitais, cujo retorno só se daria a longo prazo e que a burguesia nacional não estava interessada em investir.
A partir da década de 1940, o processo de urbanização toma impulso no Brasil, concomitantemente ao aumento das atividades industriais nas cidades, que atrai a mão-de-obra desocupada ou subocupada na zona rural. O censo do IBGE, de 1940, o primeiro a dividir a população do Brasil em rural e urbana, apontava que 68,90% dos brasileiros viviam nos campos naquele momento.
Conforme Ribeiro (1995), nos anos 1950 a industrialização toma novo impulso no governo de Juscelino Kubitschek de Oliveira, o qual abandonou a política de intervencionismo estatal e atraiu um grande número de empresas para o Brasil, principalmente no ramo da indústria automobilística, naval, química e mecânica, por intermédio de subsídios, como doação de terrenos, isenção de impostos e empréstimos estrangeiros.
O processo de industrialização dos períodos supramencionados concentrou-se na Região Sudeste, sobretudo no Estado de São Paulo, conforme se verá no tópico seguinte.
Nos anos 1950, o processo de urbanização intensifica-se na Região Sudeste, a mais industrializada do país, atingindo as demais regiões na década de 1970.
A partir dos anos 1960, a mecanização do campo – associada a problemas estruturais como o monopólio da terra e a monocultura – expulsou um grande número de trabalhadores rurais para as áreas urbanas. A população urbana ultrapassa a rural nos anos 1970, passando de 44,67% do total em 1960 para 55,92% dez anos depois.
Em 1980, todas as regiões brasileiras já apresentavam uma população urbana superior à rural. Nos anos seguintes, o processo de urbanização diminui a sua intensidade, ao mesmo tempo em que as áreas rurais registram crescimento negativo, com a diminuição de sua população em números absolutos. O ano de 1996 marca o predomínio da população urbana em todos os Estados brasileiros, sendo o Maranhão o último a fazer a transição.
De acordo com o censo de 2000, 81,23% da população brasileira vivem em cidades, índice considerado alto, superior ao de países como Itália (67%), França (76%) e Estados Unidos (77%). Como já assinalado, vale lembrar que os índices de urbanização muitas vezes variam em razão dos critérios adotados pelos países para diferenciar o rural do urbano.
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