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Prioridade: desagravamento fiscal
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Prioridade: desagravamento fiscal
Depois das eleições, no PS terão de se procurar consensos para o crescimento
Somando impostos, taxas, derramas e toda a espécie de coisas que lhes caem em cima, os portugueses têm um rendimento que é esmagado diariamente.
Não vale a pena negar a evidência de que há para quem trabalha ou gere negócios uma sobrecarga enorme, que chega ao ponto de desmotivar a procura de uma melhor remuneração ou de mais lucro, a menos que se entre pela habilidade fiscal (legítima, até certo ponto) ou pela fuga pura e simples.
Além de sofrerem um violento assalto fiscal, os portugueses acumulam a circunstância abstrusa de a contraprestação aos impostos que pagam ser baixíssima.
Como é evidente hoje para qualquer ser medianamente informado, tal não resulta de o Estado ser ladrão ou de os funcionários que dele dependem serem muitos e ineficazes. Pelo contrário. Entre nós o Estado não é especialmente grande e gastador.
Objectivamente, o que sai caro são os compromissos absurdos e elevadíssimos assumidos há anos com base em premissas e estudos errados, que levaram à existência de toda uma panóplia de redes de tudo e mais alguma coisa, que na realidade não fazem falta para praticamente nada.
Em resultado disso, os portugueses pagam milhares de milhões de euros todos os anos por causa de opções tomadas de forma superficial, enquanto na realidade continuam a faltar-lhes coisas tão básicas como a saúde, uma verdadeira rede ferroviária ou uma reforma efectiva das funções do Estado.
A poucos dias das eleições internas do PS, e no momento em que a coligação PSD e CDS está na prática a elaborar o seu último Orçamento (tirando, claro, os inevitáveis rectificativos), seria altamente desejável que, em vez de conversa fiada de natureza política, como a que as partes têm produzido, cada um viesse a público com soluções que libertassem a sociedade.
Esgotadas todas as fórmulas de austeridade, está agora demonstrado que só o aquecimento da economia é solução. Apenas o crescimento pode, de facto, permitir-nos sair do marasmo, como a Europa está por fim a perceber.
Perante as suas circunstâncias, Portugal tem de ser um dos países a apostar decisivamente na solução da retoma. E é aqui que deveria centrar-se a necessidade de se construir um objectivo nacional, à volta dessa questão essencial que passa pelo crescimento e pelo desagravamento fiscal.
Depois de esclarecida a situação no PS, terá forçosamente de se alargar a discussão à volta do assunto e de se tentar encontrar pontos de convergência entre os partidos do arco da governabilidade, mesmo que para tal seja necessário antecipar o calendário eleitoral. A partir de fins de Setembro, o Presidente da República terá fatalmente de voltar a certos temas que tinha na agenda há pouco mais de um ano.
Nota Final:
Amanhã deixo as funções de director do i, que desempenhei durante dois anos e meio. A minha primeira palavra de reconhecimento vai naturalmente para os nossos leitores da edição impressa e do online, que sempre se mostraram exigentes e participativos, o que prova que há em Portugal e na lusofonia uma opinião pública viva e interventiva.
A todos os que integram ou integraram neste período a equipa do jornal, independentemente da função e do ofício desempenhado, quero expressar o meu agradecimento pelo profissionalismo e pelo empenho que puseram num trabalho quotidiano altamente exigente.
Uma palavra é também devida a todos os colunistas permanentes ou pontuais que enriqueceram com as suas palavras e ideias as nossas edições.
Esta direcção, composta também por Ana Sá Lopes e Luís Rosa, teve como princípio a procura do rigor, do pluralismo e da investigação jornalística, aliados a um grafismo arrojado e inteligente, que caracteriza o jornal desde o início. Mas houve simultaneamente a procura de outro valor essencial: a pluralidade interna, no sentido em que só é verdadeiramente valioso um órgão de comunicação em que convirjam diversas abordagens e leituras do mundo. É igualmente isso que torna o i um jornal obrigatório para quem quer ser informado.
A todos os que vão continuar a fazer o jornal, e especialmente ao seu novo director, Luís Rosa, e ao director-adjunto Luís Osório, dirijo votos de sucesso, sendo certo que poderão contar com o meu apoio, uma vez que continuarei ligado ao grupo, embora noutras funções.
Por Eduardo Oliveira Silva
publicado em 3 Set 2014 - 05:00
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