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O Oriente é melhor?
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O Oriente é melhor?
No actual contexto a posição geográfica de Portugal é um activo muito importante mas que tem de ser valorizado.
Recentemente o Bruegel divulgou os resultados de dois estudos sobre migração do trabalho qualificado no século XXI.
Para a Europa não há boas notícias. Os dados evidenciam que os países europeus são os que mais perdem no fluxo migratório de trabalhadores qualificados. Os países que mais ganharam foram os Emirados Árabes Unidos, a seguir aparecem a Arábia Saudita, a Índia, Singapura, a Nigéria, a África do Sul e dois países europeus: a Alemanha e a Suíça.
Em termos de competências detidas pelos migrantes, as mais procuradas pelos empregadores situam-se nas áreas da matemática, ciência, tecnologia e engenharia. Os sectores de actividade empregadores são principalmente serviços profissionais, media e entretenimento, energia, educação e tecnologias de informação. Estes estudos também identificam os ‘hotspots' que estão a atrair migrantes com competências tecnológicas. Nas dez cidades mais procuradas cinco estão na Índia, três nos EUA e duas na Austrália. As cidades europeias (Berlim, Paris, Madrid) aparecem na cauda evidenciando uma menor atractividade para o talento tecnológico pela Europa.
Apesar dos estudos estarem enviesados, pois apenas consideram os profissionais que têm um perfil no Linkedin (300 milhões), os resultados são significativos tendo em consideração a natureza do problema. Estes resultados são também congruentes com o ranking que a Forbes divulgou muito recentemente sobre as cidades mais influentes do mundo, face a oito critérios (IDE, concentração de sedes de empresas, domínio de áreas de negócio, conectividade do transporte aéreo, produção de serviços, serviços financeiros, tecnologia e media e diversidade racial): Londres, Nova Iorque, Paris, Singapura, Tóquio, Hong-Kong, Pequim, Sydney, Los Angeles, São Francisco e Toronto). Duas cidades europeias, quatro norte-americanas e cinco da Ásia-Pacífico. A América Latina aparece com a Cidade do México na posição 41 e a África tem Joanesburgo em 31º e Lagos em 47º lugar.
Parece claro que existe uma tendência para uma cada vez maior influência das cidades/regiões da Ásia-Pacífico com alguns resistentes na América do Norte. E a Europa em declínio, apesar da importância de Londres e Paris. A crise europeia é evidente e não se perspectiva uma alteração significativa.
No actual contexto a posição geográfica de Portugal é um activo muito importante mas que tem de ser valorizado. A alternativa é a (continuação da) emigração dos portugueses mais qualificados para a Ásia e América do Norte.
Vítor da Conceição Gonçalves
00.05 h
Económico
Recentemente o Bruegel divulgou os resultados de dois estudos sobre migração do trabalho qualificado no século XXI.
Para a Europa não há boas notícias. Os dados evidenciam que os países europeus são os que mais perdem no fluxo migratório de trabalhadores qualificados. Os países que mais ganharam foram os Emirados Árabes Unidos, a seguir aparecem a Arábia Saudita, a Índia, Singapura, a Nigéria, a África do Sul e dois países europeus: a Alemanha e a Suíça.
Em termos de competências detidas pelos migrantes, as mais procuradas pelos empregadores situam-se nas áreas da matemática, ciência, tecnologia e engenharia. Os sectores de actividade empregadores são principalmente serviços profissionais, media e entretenimento, energia, educação e tecnologias de informação. Estes estudos também identificam os ‘hotspots' que estão a atrair migrantes com competências tecnológicas. Nas dez cidades mais procuradas cinco estão na Índia, três nos EUA e duas na Austrália. As cidades europeias (Berlim, Paris, Madrid) aparecem na cauda evidenciando uma menor atractividade para o talento tecnológico pela Europa.
Apesar dos estudos estarem enviesados, pois apenas consideram os profissionais que têm um perfil no Linkedin (300 milhões), os resultados são significativos tendo em consideração a natureza do problema. Estes resultados são também congruentes com o ranking que a Forbes divulgou muito recentemente sobre as cidades mais influentes do mundo, face a oito critérios (IDE, concentração de sedes de empresas, domínio de áreas de negócio, conectividade do transporte aéreo, produção de serviços, serviços financeiros, tecnologia e media e diversidade racial): Londres, Nova Iorque, Paris, Singapura, Tóquio, Hong-Kong, Pequim, Sydney, Los Angeles, São Francisco e Toronto). Duas cidades europeias, quatro norte-americanas e cinco da Ásia-Pacífico. A América Latina aparece com a Cidade do México na posição 41 e a África tem Joanesburgo em 31º e Lagos em 47º lugar.
Parece claro que existe uma tendência para uma cada vez maior influência das cidades/regiões da Ásia-Pacífico com alguns resistentes na América do Norte. E a Europa em declínio, apesar da importância de Londres e Paris. A crise europeia é evidente e não se perspectiva uma alteração significativa.
No actual contexto a posição geográfica de Portugal é um activo muito importante mas que tem de ser valorizado. A alternativa é a (continuação da) emigração dos portugueses mais qualificados para a Ásia e América do Norte.
Vítor da Conceição Gonçalves
00.05 h
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