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Crescimento e deflação?
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Crescimento e deflação?
Se exceptuarmos a Grande Depressão, existe pouca ou nenhuma comprovação empírica de algum paralelo entre deflação e recessão.
Não sendo propriamente numa escala tal que se justifique lançar foguetes, a economia portuguesa cresceu no segundo trimestre deste ano. De acordo com o INE cresceu 0,3% em cadeia; ou 0,9% em termos homólogos. Mas é outro número conjugado com este que merece atenção: desde o verão passado que a taxa de inflação, leia-se a variação de preços no consumidor, tem estado nula ou negativa.
A ortodoxia neoclássica, que inclui tanto monetaristas como keynesianos, encara a deflação, definida como inflação negativa, enquanto uma causa de recessões, armadilhas de liquidez e outras tragédias macroeconómicas. Assim sendo, é sempre interessante constatar que apesar de estar, teoricamente, em deflação há cerca de um ano, a economia portuguesa tem crescido. Na verdade, se exceptuarmos a Grande Depressão, existe pouca ou nenhuma comprovação empírica de algum paralelo entre deflação e recessão. Mesmo incluindo esse período entre 1929 e 1934, a ligação é quase insignificante. Se nem paralelismo é possível provar, muito menos causalidade. Curiosamente, há até observações que alguns períodos deflacionários ocorreram logo no início de ciclos de crescimento. Apesar disso, a política monetária moderna continua predicada na tese de que a deflação deve ser combatida.Parte do problema dos economistas neoclássicos nesta associação errada advém de uma definição equívoca de deflação.
Deflação é a contração da massa monetária, do mesmo modo que inflação é o seu crescimento. Uma eventual diminuição, ou subida, dos preços é um sintoma e não a coisa em si. Isto para não dizer nada de como é constituído o índice de preços no consumidor, que pode não espelhar correctamente o impacto da variação da massa monetária (deixa de fora “bolhas” por exemplo).
Miguel Botelho Moniz
00.04 h
Económico
Não sendo propriamente numa escala tal que se justifique lançar foguetes, a economia portuguesa cresceu no segundo trimestre deste ano. De acordo com o INE cresceu 0,3% em cadeia; ou 0,9% em termos homólogos. Mas é outro número conjugado com este que merece atenção: desde o verão passado que a taxa de inflação, leia-se a variação de preços no consumidor, tem estado nula ou negativa.
A ortodoxia neoclássica, que inclui tanto monetaristas como keynesianos, encara a deflação, definida como inflação negativa, enquanto uma causa de recessões, armadilhas de liquidez e outras tragédias macroeconómicas. Assim sendo, é sempre interessante constatar que apesar de estar, teoricamente, em deflação há cerca de um ano, a economia portuguesa tem crescido. Na verdade, se exceptuarmos a Grande Depressão, existe pouca ou nenhuma comprovação empírica de algum paralelo entre deflação e recessão. Mesmo incluindo esse período entre 1929 e 1934, a ligação é quase insignificante. Se nem paralelismo é possível provar, muito menos causalidade. Curiosamente, há até observações que alguns períodos deflacionários ocorreram logo no início de ciclos de crescimento. Apesar disso, a política monetária moderna continua predicada na tese de que a deflação deve ser combatida.Parte do problema dos economistas neoclássicos nesta associação errada advém de uma definição equívoca de deflação.
Deflação é a contração da massa monetária, do mesmo modo que inflação é o seu crescimento. Uma eventual diminuição, ou subida, dos preços é um sintoma e não a coisa em si. Isto para não dizer nada de como é constituído o índice de preços no consumidor, que pode não espelhar correctamente o impacto da variação da massa monetária (deixa de fora “bolhas” por exemplo).
Miguel Botelho Moniz
00.04 h
Económico
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