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Estamos todos de parabéns!
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Estamos todos de parabéns!
A insatisfação é como o perfeccionismo. Pode ser uma qualidade ou um defeito. Tudo depende do que fazemos com ela
O Serviço Nacional de Saúde faz 35 anos esta semana e, apesar de todos lhe reconhecermos as virtudes, parece que não satisfaz plenamente ninguém. Todos os dias se faz referência a questões de sustentabilidade, qualidade e acesso (nem sempre por esta ordem), e criticam-se opções tomadas sem analisar com rigor os seus fundamentos e as suas consequências. E, frequentemente, esquecemo-nos de celebrar o que já foi conseguido. Mas é para isso que servem os aniversários!
Os dados da OCDE demonstram não só que Portugal se comporta melhor em vários indicadores de saúde do que a média dos outros países (nomeadamente nas taxas de mortalidade infantil e no aumento da esperança média de vida), mas também que gastamos, por habitante, menos recursos em saúde do que a média dos países da OCDE.
Contudo, sabemos que nos últimos anos o orçamento afecto à saúde foi reduzido substancialmente. Esta redução tem tido impactos visíveis ao nível da acessibilidade ao medicamento, na distribuição dos recursos humanos, e na capacidade do Ministério da Saúde em investir em áreas como a prevenção primária e os cuidados continuados. Sendo que todas estas áreas são fulcrais para continuar a garantir um lugar cimeiro a Portugal nos indicadores de saúde globais.
Semear hoje para colher depois.
Mas, e se tivermos poucas sementes? E se tivermos de “comer” as sementes para termos sequer um dia de amanhã? A estratégia passa claramente por utilizar os recursos necessários para tratar os problemas de hoje, mas colocando um mínimo de sementes de parte, investindo no futuro. A grande questão passa por escolher onde aplicar as sementes de hoje, e as de amanhã. E parece ser aí que nem todos concordamos com as mesmas opções.
Dados como os que foram conhecidos ontem sobre os baixos níveis de literacia em saúde em Portugal, são preocupantes. Sobretudo quando sabemos que o primeiro passo para uma vida mais saudável e produtiva é perceber como prevenir a doença... e tratá-la adequada e atempadamente quando surge.
Como em todos os domínios, escolhas terão de ser feitas. Temos de definir o que justifica a introdução de um medicamento no mercado ou o pagamento de uma determinada intervenção em saúde, tanto quanto temos de definir quantas crianças justificam uma escola. Sabendo que, em última análise, o que se defende é uma sociedade, para se apoiar com qualidade e sustentabilidade o indivíduo.
A nossa insatisfação com o SNS garante-nos a capacidade de implementar as alterações aos modelos de saúde, que terão de acompanhar necessariamente as alterações ao paradigma da doença. Não deve portanto ser ponto de discórdia, mas deve sim ser acarinhada. Afinal, é também aquilo que, individualmente, nos faz crescer e procurar ser melhores.
O SNS precisa de reformas, mas esta semana, mais do que tudo, precisa de ser celebrado. Por aquilo que representou, aquilo que é, e aquilo que precisamos e queremos que seja no futuro.
Farmacêutica. Escreve à quinta-feira
Por Ema Paulino
publicado em 18 Set 2014 - 05:00
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