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Parabéns, Lisboa! Seja bem-vindo o Web Summit
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Parabéns, Lisboa! Seja bem-vindo o Web Summit
Lisboa está de parabéns! O Web Summit, uma das principais conferências de internet, vem para Lisboa em 2016. Porque estou tão entusiasmado? Porque, além de todas as receitas de turismo, é mais um passo no caminho que Lisboa tem tido para ser um "hub" de tecnologia e empreendedorismo.
Acabo de chegar de São Francisco e de Silicon Valley onde se vive um dinamismo gerado por todo o tipo de start-ups e empreendedores. Este tipo de dinamismo é para mim uma das principais soluções que Portugal tem para ganhar novamente uma posição relevante no panorama internacional.
Portugal precisa de começar a arriscar e inovar. Até agora existiam bastantes limitações para as start-ups, principalmente de três tipos:
- falta de dimensão de mercado;
- ecossistema de apoio ao empreendedorismo deficiente;
- cultura avessa ao risco.
A falta de dimensão de mercado começa a deixar de ser um problema para muitas empresas dado que as novas tecnologias permitem operar remotamente através de internet. Começa a ser normal encontrar vários cidadãos estrangeiros que estão a trabalhar desde Lisboa para todo o mundo. Porquê? Pelo clima, pelos preços acessíveis, pela beleza e vida da cidade e pelo acesso a profissionais qualificados com salários razoáveis (um dos grandes problemas de São Francisco que sofre uma guerra de talentos).
O ecossistema também está a mudar. Fundos como a Caixa Capital, Portugal Ventures e Faber Ventures, combinados com aceleradoras e incubadoras como a Beta-i ou a Startup Lisboa, disponibilizam capital e conhecimento, crítico ao desenvolvimento do sector. A redução da taxa de IRC também ajuda. As universidades, apesar de ainda bastante tradicionais, na sua maioria começam a abrir os olhos para o empreendedorismo em vez de tentarem empurrar os alunos para a estabilidade das grande empresas e dos trabalhos das 9 às 18 horas.
Além de todos os argumentos mais racionais, a verdade é que é extremamente atractivo para uma pessoa abrir uma empresa onde pode viver numa boa casa, numa cidade fantástica que está a 25 minutos de praias excelentes e onde pode fazer surf todo o ano. Mais ainda para a geração "millennial".
O Web Summit é uma excelente oportunidade não só pelas receitas que traz à cidade, mas também para catalisar este desenvolvimento. Quarenta mil pessoas, muitas delas líderes de opinião mundial, vão visitar Lisboa e muitas delas vão-se apaixonar pela cidade como é normal acontecer. Algumas delas vão querer mudar-se para cá, abrir novos negócios inovadores, outras visitar com frequência e vamos ter um conjunto de embaixadores da cidade por todo o mundo. Este é um tipo de emigração que é muito desejável.
Para os locais, o muito que se vai falar do tema vai entusiasmar mais pessoas a juntarem-se às novas tecnologias e abrirem os seus negócios.
Vejo com esperança esta nova vaga que espero que substitua uma cultura enraizada de classicismo e nepotismo que levou o país a situação dos últimos anos.
Ainda falta muito para desenvolver em Lisboa, mas é louvável o esforço e visão que tem havido na cidade. Exemplos como a preparação para o pós-Expo 98, que permitiu o crescimento sustentado do turismo depois da feira (ao contrário do que aconteceu com Sevilha, por exemplo), estão novamente patentes nesta nova fase de Lisboa que combina a história e tradição com tecnologia e inovação.
Nós que gostamos em Portugal de culpar o governo, as associações, e todos em geral, vamos agora "culpá-los" pelo excelente trabalho. Parabéns a todos os que trabalharam para trazer o evento a Lisboa e também às pessoas que escreveram para a organização a pedir que viessem. Agora vamos esforçar-nos para mostrar que foi uma excelente decisão do Web Summit. Sem dúvida Lisboa é "cool"!
Partner litsebusiness.com e professor de e-commerce e marketing digital na Nova SBE
28 Setembro 2015, 21:25 por David Bernardo | davidbernardo@yahoo.com
Negócios
Acabo de chegar de São Francisco e de Silicon Valley onde se vive um dinamismo gerado por todo o tipo de start-ups e empreendedores. Este tipo de dinamismo é para mim uma das principais soluções que Portugal tem para ganhar novamente uma posição relevante no panorama internacional.
Portugal precisa de começar a arriscar e inovar. Até agora existiam bastantes limitações para as start-ups, principalmente de três tipos:
- falta de dimensão de mercado;
- ecossistema de apoio ao empreendedorismo deficiente;
- cultura avessa ao risco.
A falta de dimensão de mercado começa a deixar de ser um problema para muitas empresas dado que as novas tecnologias permitem operar remotamente através de internet. Começa a ser normal encontrar vários cidadãos estrangeiros que estão a trabalhar desde Lisboa para todo o mundo. Porquê? Pelo clima, pelos preços acessíveis, pela beleza e vida da cidade e pelo acesso a profissionais qualificados com salários razoáveis (um dos grandes problemas de São Francisco que sofre uma guerra de talentos).
O ecossistema também está a mudar. Fundos como a Caixa Capital, Portugal Ventures e Faber Ventures, combinados com aceleradoras e incubadoras como a Beta-i ou a Startup Lisboa, disponibilizam capital e conhecimento, crítico ao desenvolvimento do sector. A redução da taxa de IRC também ajuda. As universidades, apesar de ainda bastante tradicionais, na sua maioria começam a abrir os olhos para o empreendedorismo em vez de tentarem empurrar os alunos para a estabilidade das grande empresas e dos trabalhos das 9 às 18 horas.
Além de todos os argumentos mais racionais, a verdade é que é extremamente atractivo para uma pessoa abrir uma empresa onde pode viver numa boa casa, numa cidade fantástica que está a 25 minutos de praias excelentes e onde pode fazer surf todo o ano. Mais ainda para a geração "millennial".
O Web Summit é uma excelente oportunidade não só pelas receitas que traz à cidade, mas também para catalisar este desenvolvimento. Quarenta mil pessoas, muitas delas líderes de opinião mundial, vão visitar Lisboa e muitas delas vão-se apaixonar pela cidade como é normal acontecer. Algumas delas vão querer mudar-se para cá, abrir novos negócios inovadores, outras visitar com frequência e vamos ter um conjunto de embaixadores da cidade por todo o mundo. Este é um tipo de emigração que é muito desejável.
Para os locais, o muito que se vai falar do tema vai entusiasmar mais pessoas a juntarem-se às novas tecnologias e abrirem os seus negócios.
Vejo com esperança esta nova vaga que espero que substitua uma cultura enraizada de classicismo e nepotismo que levou o país a situação dos últimos anos.
Ainda falta muito para desenvolver em Lisboa, mas é louvável o esforço e visão que tem havido na cidade. Exemplos como a preparação para o pós-Expo 98, que permitiu o crescimento sustentado do turismo depois da feira (ao contrário do que aconteceu com Sevilha, por exemplo), estão novamente patentes nesta nova fase de Lisboa que combina a história e tradição com tecnologia e inovação.
Nós que gostamos em Portugal de culpar o governo, as associações, e todos em geral, vamos agora "culpá-los" pelo excelente trabalho. Parabéns a todos os que trabalharam para trazer o evento a Lisboa e também às pessoas que escreveram para a organização a pedir que viessem. Agora vamos esforçar-nos para mostrar que foi uma excelente decisão do Web Summit. Sem dúvida Lisboa é "cool"!
Partner litsebusiness.com e professor de e-commerce e marketing digital na Nova SBE
28 Setembro 2015, 21:25 por David Bernardo | davidbernardo@yahoo.com
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