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O imperativo da competitividade
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O imperativo da competitividade
Na passada segunda-feira a Comissão Europeia divulgou o relatório "Market Reforms at Work in Italy, Spain, Portugal and Greece", onde se faz uma análise de algumas reformas feitas nestes países para dinamizar a actividade económica e a competitividade.
O estudo é interessante e apresenta resultados que permitem concluir que o "intenso esforço de reforma começa por evidenciar alguns sinais de eficácia" nestes países, apesar dos ritmos de ajustamento diferentes.
Para Portugal, as conclusões dão argumentos tanto ao Governo como à oposição. Há "sinais encorajadores" que já são visíveis, apesar da "enorme destruição de postos de trabalho com os custos económicos e sociais associados, a reestruturação em curso está a criar a base para uma forte recuperação, se a produtividade continuar a aumentar". Isto é, as reformas estruturais têm de continuar a ser feitas para tornar a economia mais competitiva. O que foi feito até agora não é suficiente.
A síntese de conjuntura do Índice ISEG para o mês de Setembro, refere que em Portugal nos últimos anos o nível de actividade económica mais baixo terá sido atingido no último trimestre de 2012, após o que se iniciou uma lenta recuperação. No entanto, com a excepção do crescimento registado no último trimestre de 2013, baseado na procura interna e na procura externa líquida, o crescimento posterior foi fraco e pouco estruturante, pois voltou a ser fundamentado na procura interna e a ter contribuição negativa da procura externa líquida. Tendo em conta evolução previsível da economia europeia, o contributo da procura externa não deverá melhorar no curto prazo. O que torna cada vez mais premente o imperativo da competitividade, pois uma economia mais competitiva tende a crescer mais rapidamente ao longo do tempo.
Como é sabido a competitividade de um país é determinada por uma multiplicidade de factores. No caso de Portugal, se se melhorar o contexto institucional e a sofisticação das práticas de gestão das organizações, seguramente que a produtividade irá aumentar. E se a produtividade aumentar, a rendibilidade dos investimentos na economia também irá aumentar o que irá influenciar decisivamente as taxas de crescimento.
Mas o imperativo da competitividade também existe porque é necessário aumentar o padrão de vida e a qualidade de vida da população residente em Portugal. Ainda que a qualidade de vida das pessoas dependa de factores (objectivos e subjectivos) que vão para além do crescimento económico, a evidência empírica tem vindo a demonstrar que existe uma correlação positiva entre ambos. Melhor saúde, educação, lazer, segurança e ambiente natural tendem a estar associados a economias mais competitivas.
Vítor da Conceição Gonçalves
00.05 h
Económico
O estudo é interessante e apresenta resultados que permitem concluir que o "intenso esforço de reforma começa por evidenciar alguns sinais de eficácia" nestes países, apesar dos ritmos de ajustamento diferentes.
Para Portugal, as conclusões dão argumentos tanto ao Governo como à oposição. Há "sinais encorajadores" que já são visíveis, apesar da "enorme destruição de postos de trabalho com os custos económicos e sociais associados, a reestruturação em curso está a criar a base para uma forte recuperação, se a produtividade continuar a aumentar". Isto é, as reformas estruturais têm de continuar a ser feitas para tornar a economia mais competitiva. O que foi feito até agora não é suficiente.
A síntese de conjuntura do Índice ISEG para o mês de Setembro, refere que em Portugal nos últimos anos o nível de actividade económica mais baixo terá sido atingido no último trimestre de 2012, após o que se iniciou uma lenta recuperação. No entanto, com a excepção do crescimento registado no último trimestre de 2013, baseado na procura interna e na procura externa líquida, o crescimento posterior foi fraco e pouco estruturante, pois voltou a ser fundamentado na procura interna e a ter contribuição negativa da procura externa líquida. Tendo em conta evolução previsível da economia europeia, o contributo da procura externa não deverá melhorar no curto prazo. O que torna cada vez mais premente o imperativo da competitividade, pois uma economia mais competitiva tende a crescer mais rapidamente ao longo do tempo.
Como é sabido a competitividade de um país é determinada por uma multiplicidade de factores. No caso de Portugal, se se melhorar o contexto institucional e a sofisticação das práticas de gestão das organizações, seguramente que a produtividade irá aumentar. E se a produtividade aumentar, a rendibilidade dos investimentos na economia também irá aumentar o que irá influenciar decisivamente as taxas de crescimento.
Mas o imperativo da competitividade também existe porque é necessário aumentar o padrão de vida e a qualidade de vida da população residente em Portugal. Ainda que a qualidade de vida das pessoas dependa de factores (objectivos e subjectivos) que vão para além do crescimento económico, a evidência empírica tem vindo a demonstrar que existe uma correlação positiva entre ambos. Melhor saúde, educação, lazer, segurança e ambiente natural tendem a estar associados a economias mais competitivas.
Vítor da Conceição Gonçalves
00.05 h
Económico
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