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E porque não primárias para todos?
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E porque não primárias para todos?
A arte da política pode muitas vezes ser a arte do compromisso, mas tambémé seguramente a capacidade de criar rupturas com o passado, se assim tiver de ser
António José Seguro (AJS) não vai ser mais um ex-líder partidário, igual a tantos outros, dedicado ao comentário político nos nossos serões televisivos. Os temas que trouxe nos últimos tempos para o debate público são temas incontornáveis para o nosso futuro colectivo, se quisermos ter um futuro colectivo, e por isso vamos ter de falar muito mais nele do que seria de esperar.
Antes disso, porém, é preciso dizer que AJS foi infelizmente um líder traído pelo calculismo e pelo equilibrismo entre dois mundos inconciliáveis, por um lado não renegando um equívoco passado socrático por questões partidárias, por outro vendo-se a espaços obrigado a marcar rupturas internas, em prol dos compromissos assumidos pelo seu próprio partido, em prol da governabilidade e da sustentabilidade do próprio país.
A arte da política pode muita vez ser a arte do compromisso, mas também é seguramente a capacidade de criar rupturas com o passado se assim tiver de ser, assumindo convicções mesmo se as mesmas forem contra a corrente, dizer o que se pensa mesmo quando os pares pensam de uma forma diferente, e nesse aspecto AJS falhou clamorosamente, não foi nem carne nem peixe, quis estar bem com Deus e com o Diabo, e daí a perder o partido e o país foi um ápice.
Estes últimos tempos de AJS foram contudo diferentes, de repente deixou de ter de fazer equilíbrios impossíveis pois o passado que não teve coragem de renegar pôs-se literalmente contra ele, os correligionários dos tempos de Sócrates marcaram eles próprios a cisão que AJS não teve coragem de fazer, e face a isto AJS libertou-se e lá vai disto, o que lhe ia na alma veio tudo cá para fora de uma só vez.
E ficámos assim a saber (como se não soubéssemos) da promiscuidade entre a política e os negócios, que o número de deputados deve ser substancialmente reduzido e que os parlamentares devem ter exclusividade de funções, que os políticos quando incumprem com as promessas devem simplesmente demitir-se e que os próprios candidatos partidários devem ser escolhidos por um universo eleitoral para além dos aparelhos dos partidos, princípio já seguido por muitas democracias por esse mundo fora.
Sendo uma pena que AJS só se tivesse lembrado de tão generosas ideias nesta altura, muitos destes pensamentos são deveras interessantes. Terão obviamente de passar pelo crivo de um amplo debate, os prós e os contras terão de ser muito bem avaliados, a carga populista terá necessariamente de ser descontada, mas é bom que estes princípios não caiam no esquecimento só porque AJS foi afastado de líder do PS.
O principal destes contributos que AJS nos deixou foi a possibilidade de estender a simpatizantes a escolha dos candidatos partidários, as chamadas Primárias, desde logo ironicamente testadas nele próprio, com virtualidades óbvias no que diz respeito à melhoria da qualidade dos eleitos.
Com efeito, no PS, a partir de agora, dominar o chamado aparelho partidário não vai bastar para se chegar a líder, é preciso contar com os cidadãos interessados na razão de um homem um voto, a mera promessa de uns jobs pela máquina partidária não vai ser suficiente, quem quiser entrar na posição de candidato vai ter de contar com uma massa anónima que votará mais em função das propostas do que em função de interesses pessoais, e isto devemo-lo a AJS e a mais ninguém.
E é bom que os outros partidos ponham os olhos nisto, estas Primárias no PS marcam um ponto de viragem para todos os partidos políticos, que a partir de agora ou seguem o que foi feito no PS e se abrem em definitivo à sociedade civil, passando a ser bem mais exigentes com quem mandam a votos, ou então seguirão a definhar em credibilidade e em votos, cavando a prazo a sua própria sepultura.
Eng. agrónomo, gestor de empresas
Por António Reis Pereira
publicado em 8 Out 2014 - 05:00
A nota final o PS esta a risco perdi o trabalho do António Seguro no longo do país de reconheci do território nacional, dos pontos geoestratégicos e estratégicos para o crescimento economicamente e a reduzir de impostos, com o crescimento económico deixa a fazes no país e como aumento de interesse para a investi em investimento directo estrangeiro e continuar a política a apostar os pontos anti-estratégicos e anti-geoestratégicos
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