Setúbal insiste nas vantagens estratégicas sobre Lisboa

Para aumentar o movimento de contentores nos portos nacionais não serão necessários investimentos, pelo menos em Lisboa. Setúbal tem capacidade instalada “para dar e vender”, insiste a Comunidade Portuária local. E propõe-se demonstrá-lo, se necessário, em Dezembro, com a conferência “Porto de Setúbal – A resposta imediata – uma estratégia coerente”.
 
O ponto alto da sessão será, tanto quanto é possível antecipar, a apresentação das conclusões do estudo “Análise comparativa de serviços de contentores do Porto de Setúbal com o Porto de Lisboa”, da autoria de José Augusto Felício, um nome que dispensa apresentações.
 
Ao que seguirá um debate com a participação de José Eduardo Martins (ex-secretário de Estado do Ambiente), Pedro Reis (ex-presidente do AICEP) e Tiago Pitta e Cunha (assessor do Presidente da República para os assuntos do Mar).
 
No comunicado de lançamento da conferência, a Comunidade Portuária de Setúbal relembra os argumentos que vem esgrimindo, cada vez com mais insistência, desde que o Governo anunciou um novo terminal de contentores de Lisboa. Ou seja, que Setúbal dispõe de um dos maiores terminais de contentores do país, a trabalhar a apenas 25% da sua capacidade de 250 mil TEU/ano, e com possibilidades de expansão, sem investimentos de grande monta, até aos 1-2 milhões de TEU/ano.
 
Mas não só. A Comunidade Portuária sadina sublinha também, reiteradamente, as boas acessibilidades terrestres, tanto rodoviárias como ferroviárias. E ainda os investimentos de 12 milhões de euros em curso para melhoria das acessibilidades marítimas.
 
A conferência da Comunidade Portuária de Setúbal realizar-se-á a 4 de Dezembro, no Forum Luísa Todi. O ministro da Economia, António Pires de Lima, é uma presença confirmada.

04/11/2014