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Reestruturar?
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Reestruturar?
Na sequência da aprovação de mais um Orçamento do Estado, não vemos qualquer novidade ou qualquer tipo de solução imediata para o crescimento económico pela intervenção pública.
Na verdade, a execução dos orçamentos futuros parece comprometida porque qualquer receita arrecadada tem como destino, inicial e final, o pagamento da dívida pública passada.
E este discurso da dívida passada tem envenenado os decisores de tal forma que parece evidenciar que qualquer ministro das finanças está desprovido de de qualquer instrumento financeiro e, no limite, de qualquer imaginação.
Em primeiro lugar, a dívida passada não deve ser um embaraço. Deve, isso sim, ser apartada do centro do palco das decisões políticas e entregue a quem a gere nos mercados primários e secundário, pelo exercício contínuo das dificuldades próprias da reciclagem da dívida e longe dos cenários mediáticos.
Em segundo, já fora do campo técnico, os políticos deviam perder este discurso da dívida embaraçosa e concentrar-se num esforço de obter consensos ao nível das instituições europeias, obter um quadro de reputação superior e maior clareza na atribuição de financiamento comuns. E este esforço de consensos só passa por decisores que saibam o que querem e como querem, num quadro de prioridades demarcadas e centradas na criação de emprego e de crescimento económico.
Em suma, se temos um governo que quer reestuturar a dívida, é porque a acha embaraçosa. E se acha que a dívida é embaraçosa é porque não está disposto a encontrar mecanismos alternativos no mercado. Ou melhor, o discurso da dívida embaraçosa e reestruturável nega o funcionamento do mercado. E, na verdade, o que precisamos é de consensos políticos alargados para os mercados voltarem a funcionar e encontrar um espaço para retoma do crescimento económico.
Guilherme W. d’Oliveira Martins
00.04 h
Económico
Na verdade, a execução dos orçamentos futuros parece comprometida porque qualquer receita arrecadada tem como destino, inicial e final, o pagamento da dívida pública passada.
E este discurso da dívida passada tem envenenado os decisores de tal forma que parece evidenciar que qualquer ministro das finanças está desprovido de de qualquer instrumento financeiro e, no limite, de qualquer imaginação.
Em primeiro lugar, a dívida passada não deve ser um embaraço. Deve, isso sim, ser apartada do centro do palco das decisões políticas e entregue a quem a gere nos mercados primários e secundário, pelo exercício contínuo das dificuldades próprias da reciclagem da dívida e longe dos cenários mediáticos.
Em segundo, já fora do campo técnico, os políticos deviam perder este discurso da dívida embaraçosa e concentrar-se num esforço de obter consensos ao nível das instituições europeias, obter um quadro de reputação superior e maior clareza na atribuição de financiamento comuns. E este esforço de consensos só passa por decisores que saibam o que querem e como querem, num quadro de prioridades demarcadas e centradas na criação de emprego e de crescimento económico.
Em suma, se temos um governo que quer reestuturar a dívida, é porque a acha embaraçosa. E se acha que a dívida é embaraçosa é porque não está disposto a encontrar mecanismos alternativos no mercado. Ou melhor, o discurso da dívida embaraçosa e reestruturável nega o funcionamento do mercado. E, na verdade, o que precisamos é de consensos políticos alargados para os mercados voltarem a funcionar e encontrar um espaço para retoma do crescimento económico.
Guilherme W. d’Oliveira Martins
00.04 h
Económico
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