Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Tópicos semelhantes
Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

2023  2011  tvi24  cais  2016  2017  2014  2013  2019  2012  2018  2010  2015  cmtv  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
A ameaça da pena EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
A ameaça da pena EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
A ameaça da pena EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
A ameaça da pena EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
A ameaça da pena EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
A ameaça da pena EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
A ameaça da pena EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
A ameaça da pena EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
A ameaça da pena EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


A ameaça da pena Empty
novembro 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
368 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 368 visitantes :: 1 motor de busca

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

A ameaça da pena

Ir para baixo

A ameaça da pena Empty A ameaça da pena

Mensagem por Admin Ter Dez 30, 2014 6:15 pm

A ameaça da pena Imagem%20Imagem%20bbbbbbb_OK

O grande repensar das penas que está por fazer, entre nós e em todo o mundo 

A mediatização neste ano de diversos processos judiciais relativos a crimes económicos e de outras potenciais infracções de cariz financeiro com grande dimensão, possivelmente de contornos criminais, deixou ainda mais a descoberto as limitações que temos para lidar com determinado tipo de criminalidade.

Não falo de limitações ao nível da investigação, que creio estar em linha com o padrão europeu na matéria, seguramente com espaços de melhoria diversos. Nem sequer de práticas de prevenção. Mas, pensando em particular no crime económico e financeiro, a principal indicação que o nosso modelo penal dá ao julgador é ainda a da condenação a uma pena de prisão como resposta a este tipo de crimes.

Ora em muitos casos está-se perante condenados inseridos socialmente (e até bem de mais, pode presumir-se!), em que o perigo de continuação de uma actividade criminosa é muitas vezes desprezável (em especial se forem impostas interdições de actividade profissional e outras) e que não constituem um risco futuro para a sociedade. Faz sentido então serem condenados a um período, mais ou menos longo, de prisão? É certo que a aplicação da pena de prisão ainda pode ter um efeito preventivo sobre outros potenciais criminosos, mas mesmo essa ameaça teórica não parece ter grande efeito na prevenção deste tipo de criminalidade.

Sobra a ideia de um mero castigo prisional retributivo, talvez compensador emocionalmente do ponto de vista da restauração de uma ideia de justiça que todos vemos lesada com a apropriação ilegítima de dinheiro por parte de alguém, mas verdadeiramente pouco útil, à medida que nos afastarmos desse momento fátuo de vingança perante o erro. Por outro lado, sobra também a convicção de que, para o próprio, a prisão é vista apenas como um calvário pessoal transitório, que não atinge sequer as compensações e os proventos que tiveram origem na actividade criminosa, que até se podem manter de uma forma mais ou menos dissimulada, para gozo futuro, pessoal e de outros. 

Daí que seja necessário pensar, para a criminalidade em que tal faça sentido, em atingir mais o dinheiro que a pessoa. 

Tornar pouco rentável a prática do crime e atingir efectivamente o património, de forma expedita, de modo que este, quando perdido a favor do Estado, seja também parte da pena e não possa funcionar como uma vantagem para o tempo futuro. E aplicar novas penas que sejam adequadas, do ponto de vista da censura social e do seu efeito perante outros, a uma criminalidade sem sangue, mas danosa, por exemplo da credibilidade das instituições e do património dos contribuintes ou de credores privados. O grande repensar das penas que está por fazer, entre nós e em todo o mundo, não poderá seguramente deixar de ter isto em conta.

Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa 
Escreve à terça-feira  

Por Miguel Romão
publicado em 30 Dez 2014 - 08:00
Jornal i
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos