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Palavra de ordem: Coragem
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Palavra de ordem: Coragem
São várias as teorias dos manuais de gestão, das várias palestras dos diferentes e proeminentes gurus da Gestão e da Liderança. Mais vale quem decide, do que quem fica muito pondera e nada decide, qual eterno pensador, à semelhança da estátua de Rodin.
Os tempos turbulentos e difíceis, como se vêm, por estes dias, nos oraculares mercados, não estão para paralisias. Este sentimento de languidez que invade muitos decisores, quer sejam gestores com empresas e organizações para gerir, quer sejam decisores políticos com políticas para executar ou vontades por realizar, corrói o presente e fragiliza o futuro. Esta coisa de ficarmos a observar expectantes, muitas vezes não se sabendo bem do quê, com teorias abstractas e exóticas sempre na ponta da língua e dificuldade de se levantar da cadeira e decidir, implementar é uma coisa muito nossa e pouco eficaz. Se calhar existe nome para esta inércia: falta de produtividade. Enquanto empatamos, engonhamos e assobiamos para o ar, a caravana passa e, com demasiada frequência, as decisões chegam a uma realidade que não esperou e os seus efeitos, porque o mundo entretanto mudou, não é o esperado.
Não. Não é nem caminho, nem o que se espera de uma empresa, instituição ou país.
Temos muitas decisões a tomar. Todos os dias. São actos de gestão do dia-a-dia e actos de compromisso. É preciso que quem queira realmente contribuir para algo de novo se levante, avance e diga ao que vem e como o quer fazer.
Vem tudo isto a propósito do ano que começamos a enfrentar. Não sei se teremos Executivo actuante até Outubro. Pelo que ouvimos talvez sim e portanto o país siga adiante. A Europa vai evoluindo ao seu ritmo, uma vez lento, outra vez veloz, como se viu na rapidez da marcação da reunião dos dirigentes europeus para rever os Acordos de Schengen, um elemento importante do mercado único, pela livre circulação de pessoas, cuja restrição terá sempre efeitos económicos, para além dos relevantes efeitos sociais e políticos.
Regressando à letargia, é urgente que quem queira assumir responsabilidades se assuma. Isto de ser vedeta e esperar, olhando o mundo a partir da janela, na TV ou bem refugiado dá laivos de sebastianismo. O mundo já não está para esperas. Quem espera desespera, como vulgarmente se diz. O País não pode estar refém das, perdoem-me a expressão, "vacas sagradas" ou prima-donas do regime. 2014 foi o ano de início da limpeza do sistema. E o sistema precisa de rejuvenescimento, de ar puro. Com urgência.
É por isso que o tempo está para quem tenha coragem e vontade de serviço. Não há espaço para inseguranças, receios e para homens e mulheres sem acção. Chega de ficar à espera.
Quando podemos apostar num determinado mercado, num produto inovador, num novo e mais eficiente processo de produção que torne a nossa organização mais célere e eficaz, cada dia que passa sem implementar, será um custo para o futuro. É preciso avaliar correctamente, sem estados de alma e com isenção, o estado actual e projectar o médio e longo prazo. Visão, portanto, para sermos mais práticos e incisivos. E visão pressupõe ousadia e perseverança.
O mesmo se passa com quem queremos a dirigir os nossos destinos. Não é tempo de calculismos, nem de jogos florais de partidos. Os grandes estadistas, os de antigamente, foram homens que romperam e ousaram lutar pelo que acreditavam. Este rame-rame, sem rasgo, nem ponta de chama, leva a que se projectem os problemas comezinhos. Chega de vivermos no diz que disse e do que enche a espuma mediática dos nossos jornais e dos feeds do Facebook.
Como se viu nos mercados cambiais, com o recente comportamento do franco suíço, não se pode contar que o status quo dure indefinidamente. Basta que alguém no plano internacional, no caso suíço o Banco Central-SNB (Swiss National Bank) tome uma decisão que somos apanhados num turbilhão que, se não formos temerários e fleumáticos, nos arrastará e nos levará para longe de porto seguro.
A decisão do SNB pode ser um presságio, segundo vários analistas incluindo do famigerado Goldman Sachs, para o início da compra de dívida pública, ou seja Quantitative Easing (QE), no jargão dos mercados, por parte do BCE. No momento de escrita ainda não há nenhum anúncio oficial apenas dois factos: a interpretação do Tribunal Europeu, sobre a possibilidade de execução deste tipo de intervenções pelo BCE, e a acção, na opinião dos analistas preventiva do SNB. Face a elevada incerteza, falta o anúncio com a divulgação de todos os detalhes da operacionalização da QE, ainda é difícil antever se isto será suficiente para exorcizar a deflação que já dá os primeiros sinais em vários países do Euro, bem como os seus efeitos para Portugal, para lá da expectável desvalorização do euro.
Em mar alto e revolto, o mestre da embarcação, com a sua experiência e a sua capacidade de liderança, faz toda a diferença para a sobrevivência da sua tripulação.
2015 é ano de decisões. Vamos escolher quem nos governa e iniciar o processo de escolha de quem será o próximo Presidente da República, o Chefe de Estado. Que se cheguem à frente os homens e as mulheres de coragem. Sem medos, sem agendas escondidas, contas de algibeira ou tacticismos oportunistas. Precisamos de gente normal, que arrisca e que é capaz de decidir.
Palavras vãs dirão muitos. Pois, mas farto de estrelas cadentes estou eu. Prefiro quem está e verdadeiramente quer estar, independentemente do estado do tempo. Fica mais um voto para 2015, como Janeiro ainda é mês para desejar bom ano, acrescento este que é determinante para o futuro da nossa comunidade.
7:00 Segunda feira, 19 de janeiro de 2015
Expresso
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