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Falta de ideias
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Falta de ideias
António Costa voltou a falar da regionalização 17 anos depois do referendo de António Guterres que o povo rejeitou. É assim legítimo questionar:
O que se perde e o que se ganha com a regionalização?
1. O Estado ficaria menos gordo graças à regionalização. Mas esta gordura a menos no Estado central é descompensada, provavelmente com juros, a julgar pelo balanço das regiões autónomas, pela gordura a mais nas regiões.
2. A regionalização permite reduzir a corrupção dos políticos, já que com a esta há mais controlo cidadão da gestão. No entanto esta vantagem é duvidosa. Basta recordar o caso Fátima Felgueiras. Uma boa alternativa à regionalização seria reforçar as competências das comissões de coordenação regionais já existentes, mas sem transformá-las em órgãos eleitos.
3. A regionalização permite uma distribuição mais justa ou equitativa dos recursos. Esta talvez seja a sua vantagem mais convincente. Mas pensemos um pouco: Portugal já é tão pequeno, com um PIB inferior à Baviera, ou à Catalunha.
Se fosse pela dimensão, Portugal teria de dividir-se em duas regiões, tendo por exemplo Coimbra como linha divisória.
Ora, se for seguido o exemplo da última regionalização, nunca teremos menos de cinco regiões, só em Portugal continental. Mas, tal como as nossas PME não passam de micro-empresas a nívell europeu, também as regiões portuguesas seriam micro-regiões a nível europeu.
Ora as únicas micro-regiões prósperas na Europa são principados ou paraísos fiscais.
Podemos concluir que a regionalização tem vantagens em teoria que são desvantagens na realidade. Resta-nos tentar perceber que motivações podem ter levado António Costa a tirar este tema da gaveta. Talvez por falta de ideias relevantes para o país (ainda não apresentou nem uma), ou para fazer a ponte com Rui Rio (que talvez venha a ser o próximo líder do PSD),ou por falta de coragem, ao contrário do Syriza, para bater o pé aos senhores da Europa que nos impõem as atuais políticas de austeridade.
Roberto Merrill
00.04 h
Económico
O que se perde e o que se ganha com a regionalização?
1. O Estado ficaria menos gordo graças à regionalização. Mas esta gordura a menos no Estado central é descompensada, provavelmente com juros, a julgar pelo balanço das regiões autónomas, pela gordura a mais nas regiões.
2. A regionalização permite reduzir a corrupção dos políticos, já que com a esta há mais controlo cidadão da gestão. No entanto esta vantagem é duvidosa. Basta recordar o caso Fátima Felgueiras. Uma boa alternativa à regionalização seria reforçar as competências das comissões de coordenação regionais já existentes, mas sem transformá-las em órgãos eleitos.
3. A regionalização permite uma distribuição mais justa ou equitativa dos recursos. Esta talvez seja a sua vantagem mais convincente. Mas pensemos um pouco: Portugal já é tão pequeno, com um PIB inferior à Baviera, ou à Catalunha.
Se fosse pela dimensão, Portugal teria de dividir-se em duas regiões, tendo por exemplo Coimbra como linha divisória.
Ora, se for seguido o exemplo da última regionalização, nunca teremos menos de cinco regiões, só em Portugal continental. Mas, tal como as nossas PME não passam de micro-empresas a nívell europeu, também as regiões portuguesas seriam micro-regiões a nível europeu.
Ora as únicas micro-regiões prósperas na Europa são principados ou paraísos fiscais.
Podemos concluir que a regionalização tem vantagens em teoria que são desvantagens na realidade. Resta-nos tentar perceber que motivações podem ter levado António Costa a tirar este tema da gaveta. Talvez por falta de ideias relevantes para o país (ainda não apresentou nem uma), ou para fazer a ponte com Rui Rio (que talvez venha a ser o próximo líder do PSD),ou por falta de coragem, ao contrário do Syriza, para bater o pé aos senhores da Europa que nos impõem as atuais políticas de austeridade.
Roberto Merrill
00.04 h
Económico
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