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Fábrica que transforma resíduos de navios em combustível naval abre em Sines
Olhar Sines no Futuro :: Categoria :: Portugal :: Alentejo :: Litoral Alentejano
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Fábrica que transforma resíduos de navios em combustível naval abre em Sines
Uma fábrica para produzir combustível naval, a partir dos óleos residuais recolhidos nos navios de carga, abre até ao final deste mês em Sines, num investimento de 17 milhões de euros de uma empresa francesa.
A unidade, instalada no Porto de Sines, no distrito de Setúbal, "é a primeira" a nível mundial com esta tecnologia "única", garantiu hoje à agência Lusa o presidente e fundador da Ecoslops, Michel Pingeot.
Por lei, para evitar que os resíduos sejam despejados no mar, os navios têm de os entregar nos portos, mas o seu destino tem sido, no geral, a incineração, processo que a nova tecnologia permite dispensar, com ganhos para o ambiente, explicou o empresário francês.
As instalações em Sines, no litoral alentejano, representam um investimento de cerca de 17 milhões de euros, com uma comparticipação de 6,2 milhões de euros por fundos comunitários.
De acordo com Michel Pingeot, foram criados 45 postos de trabalho diretos, recrutados localmente, estando previsto que o quadro de pessoal seja aumentado consoante as necessidades da empresa.
O responsável manifestou-se "muito satisfeito" por ter avançado com o investimento em Sines, escolha que se deveu ao "potencial de crescimento" do porto comercial.
Para o presidente da Ecoslops, a experiência foi "a confirmação da capacidade de concretização dos portugueses", os quais considera que "têm paixão".
A empresa francesa procura agora novos investidores para implementar uma solução que permita reduzir o desperdício resultante da produção do combustível naval.
Conforme Michel Pingeot esclareceu à Lusa, o processo origina 17% de resíduo, mas, com um investimento de 1,7 milhões de euros na unidade alentejana, é possível reduzir esse desperdício a 5%, aumentando proporcionalmente a produção de combustível naval.
A Ecoslops pretende também construir novas fábricas em Abidjan, na Costa do Marfim (África), e em Singapura (Ásia), sendo Antuérpia, na Bélgica, igualmente uma possibilidade.
Inicialmente, estava previsto que a unidade de Sines iniciasse a laboração em outubro de 2013, no entanto, segundo o empresário, "problemas técnicos" motivaram o atraso na abertura.
A Ecoslops Portugal tem o exclusivo da recolha dos óleos residuais gerados pelos navios de carga no Porto de Sines, por via de uma subconcessão contratada com a Companhia Logística de Terminais Marítimos (CLT), do grupo Galp Energia, concessionária do terminal de granéis líquidos.
Os óleos residuais, denominados ´slops`, são produzidos quer devido ao armazenamento e utilização de combustível para o funcionamento dos navios, quer, no caso dos cargueiros de granéis líquidos, dos resíduos de produtos (crude e refinados, entre outros) que ficam nos tanques.
Na fábrica de Sines, após a separação dos `slops` em água, sedimentos e hidrocarbonetos, estes últimos são submetidos a um processo que os transforma em combustível naval, cujo principal comprador poderá ser a companhia de navegação MSC Portugal.
A unidade terá uma capacidade de produção aproximada de 30 mil toneladas de combustível naval por ano, com receitas anuais na ordem dos 10 milhões de euros.
Lusa
03 Fev, 2015, 16:09
RTP
TAGS: Logística, Singapura Ásia Antuérpia,
A unidade, instalada no Porto de Sines, no distrito de Setúbal, "é a primeira" a nível mundial com esta tecnologia "única", garantiu hoje à agência Lusa o presidente e fundador da Ecoslops, Michel Pingeot.
Por lei, para evitar que os resíduos sejam despejados no mar, os navios têm de os entregar nos portos, mas o seu destino tem sido, no geral, a incineração, processo que a nova tecnologia permite dispensar, com ganhos para o ambiente, explicou o empresário francês.
As instalações em Sines, no litoral alentejano, representam um investimento de cerca de 17 milhões de euros, com uma comparticipação de 6,2 milhões de euros por fundos comunitários.
De acordo com Michel Pingeot, foram criados 45 postos de trabalho diretos, recrutados localmente, estando previsto que o quadro de pessoal seja aumentado consoante as necessidades da empresa.
O responsável manifestou-se "muito satisfeito" por ter avançado com o investimento em Sines, escolha que se deveu ao "potencial de crescimento" do porto comercial.
Para o presidente da Ecoslops, a experiência foi "a confirmação da capacidade de concretização dos portugueses", os quais considera que "têm paixão".
A empresa francesa procura agora novos investidores para implementar uma solução que permita reduzir o desperdício resultante da produção do combustível naval.
Conforme Michel Pingeot esclareceu à Lusa, o processo origina 17% de resíduo, mas, com um investimento de 1,7 milhões de euros na unidade alentejana, é possível reduzir esse desperdício a 5%, aumentando proporcionalmente a produção de combustível naval.
A Ecoslops pretende também construir novas fábricas em Abidjan, na Costa do Marfim (África), e em Singapura (Ásia), sendo Antuérpia, na Bélgica, igualmente uma possibilidade.
Inicialmente, estava previsto que a unidade de Sines iniciasse a laboração em outubro de 2013, no entanto, segundo o empresário, "problemas técnicos" motivaram o atraso na abertura.
A Ecoslops Portugal tem o exclusivo da recolha dos óleos residuais gerados pelos navios de carga no Porto de Sines, por via de uma subconcessão contratada com a Companhia Logística de Terminais Marítimos (CLT), do grupo Galp Energia, concessionária do terminal de granéis líquidos.
Os óleos residuais, denominados ´slops`, são produzidos quer devido ao armazenamento e utilização de combustível para o funcionamento dos navios, quer, no caso dos cargueiros de granéis líquidos, dos resíduos de produtos (crude e refinados, entre outros) que ficam nos tanques.
Na fábrica de Sines, após a separação dos `slops` em água, sedimentos e hidrocarbonetos, estes últimos são submetidos a um processo que os transforma em combustível naval, cujo principal comprador poderá ser a companhia de navegação MSC Portugal.
A unidade terá uma capacidade de produção aproximada de 30 mil toneladas de combustível naval por ano, com receitas anuais na ordem dos 10 milhões de euros.
Lusa
03 Fev, 2015, 16:09
RTP
TAGS: Logística, Singapura Ásia Antuérpia,
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