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Portugal está mais qualificado, mas também tem mais políticos e chefes
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Portugal está mais qualificado, mas também tem mais políticos e chefes
De 2011 a 2014, a economia ganhou 31 mil políticos e chefes e 81 mil cientistas e outros intelectuais. Perdeu 57 mil não qualificados
De acordo com cálculos do Dinheiro Vivo, o emprego total caiu 5,1% no período do ajustamento (a economia ficou com menos 241 mil empregos), arrastado pelos profissionais menos qualificados, claro. Mas aumentou quase 11% no segmento dos "representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos", mais 31 mil pessoas, em média. Mais de 7% do emprego está agora nas mãos dos políticos e chefes, um total de 236 mil indivíduos. Era 6% em 2011.
Mas a estrutura das qualificações está, de facto, a mudar, com os níveis mais elevados a ganharem predominância.
A destruição de valor dos sectores menos competitivos em termos externos, mais voltados para o mercado interno (veja-se o caso da construção e de muitas indústrias de base), foi uma das imposições do programa da troika, tendo como objetivo forçar uma desvalorização interna da economia. O emprego desempenhou claramente o seu papel, a compressão salarial fez o resto.
O aumento absoluto mais expressivo registou-se na categoria dos "especialistas das atividades intelectuais e científicas" que, com mais 81 mil profissionais, reforçaram a sua presença no emprego para quase 17% do total. Representavam 14% do total em 2011.
Muito importantes também são os ganhos no grupo dos "técnicos e profissões de nível intermédio", com mais 18% nos três anos da troika. São agora mais 81 mil. Total: 485 mil pessoas ou 11% do emprego.
Estas três categorias profissionais - políticos e chefes; intelectuais e cientistas; técnicos intermédios - ocupam hoje 35% do emprego em Portugal. Há três anos valiam 29%.
Outros qualificados a cair
Já o mesmo não se pode dizer das profissões de nível hierárquico "inferior", ainda que muitas sejam consideradas qualificadas.
As duas maiores reduções de emprego aconteceram, justamente, entre os "agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, da pesca e da floresta" e os "qualificados da indústria, construção e artífices", com menos 21% e 25%, respetivamente.
O grau de destruição é elevado, menos 287 mil empregos só nestes dois grupos. Só nas indústrias a redução absoluta cifrou-se em 188 mil postos de trabalho durante a troika.
A desindustrialização do país e a menorização das atividades agrícolas (mas também a introdução de novas tecnologias) ajudam a explicar o sucedido.
Os trabalhadores não qualificados, que ainda valem 11% do emprego, sofreram um revés de 10%. Total atual: 506 mil pessoas.
O INE mostra também que as profissões militares e de apoio ao sector perderam peso no emprego, reflexo das políticas de redução de despesa pública. De 2011 a 2014, a quebra foi de 21%. O INE apura agora um total de 24 mil profissionais nesta área.
Um milhão de licenciados
As qualificações escolares também acompanham a alteração nos perfis profissionais. Refletem ainda uma saída significativa de pessoas mais idosas do mercado de trabalho para a reforma.
Em 2014, pela primeira vez na história portuguesa, o número de licenciados empregados passou a fasquia de um milhão de pessoas (1,1 milhões), ou mais 21% face a 2011.
O nível secundário e pós-secundário reforçou 16%, totalizando 1,1 milhões.
A população empregada com o ensino básico recuou 20%, somando agora 2,3 milhões de pessoas.
Por Luís Reis Ribeiro
06/02/2015 | 23:21 | Dinheiro Vivo
Assunção Cristas e Pedro Passos Coelho
Jorge Carmona/Global Imagens
Que profissões ganharam mais espaço na economia durante o período do ajustamento da troika, em Portugal? Entre 2011 e 2014, os maiores aumentos de emprego aconteceram nos lugares altamente qualificados e no grupo dos políticos e altos dirigentes do sector privado e público, mostram dados do INE.
De acordo com cálculos do Dinheiro Vivo, o emprego total caiu 5,1% no período do ajustamento (a economia ficou com menos 241 mil empregos), arrastado pelos profissionais menos qualificados, claro. Mas aumentou quase 11% no segmento dos "representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos", mais 31 mil pessoas, em média. Mais de 7% do emprego está agora nas mãos dos políticos e chefes, um total de 236 mil indivíduos. Era 6% em 2011.
Mas a estrutura das qualificações está, de facto, a mudar, com os níveis mais elevados a ganharem predominância.
A destruição de valor dos sectores menos competitivos em termos externos, mais voltados para o mercado interno (veja-se o caso da construção e de muitas indústrias de base), foi uma das imposições do programa da troika, tendo como objetivo forçar uma desvalorização interna da economia. O emprego desempenhou claramente o seu papel, a compressão salarial fez o resto.
O aumento absoluto mais expressivo registou-se na categoria dos "especialistas das atividades intelectuais e científicas" que, com mais 81 mil profissionais, reforçaram a sua presença no emprego para quase 17% do total. Representavam 14% do total em 2011.
Muito importantes também são os ganhos no grupo dos "técnicos e profissões de nível intermédio", com mais 18% nos três anos da troika. São agora mais 81 mil. Total: 485 mil pessoas ou 11% do emprego.
Estas três categorias profissionais - políticos e chefes; intelectuais e cientistas; técnicos intermédios - ocupam hoje 35% do emprego em Portugal. Há três anos valiam 29%.
Outros qualificados a cair
Já o mesmo não se pode dizer das profissões de nível hierárquico "inferior", ainda que muitas sejam consideradas qualificadas.
As duas maiores reduções de emprego aconteceram, justamente, entre os "agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, da pesca e da floresta" e os "qualificados da indústria, construção e artífices", com menos 21% e 25%, respetivamente.
O grau de destruição é elevado, menos 287 mil empregos só nestes dois grupos. Só nas indústrias a redução absoluta cifrou-se em 188 mil postos de trabalho durante a troika.
A desindustrialização do país e a menorização das atividades agrícolas (mas também a introdução de novas tecnologias) ajudam a explicar o sucedido.
Os trabalhadores não qualificados, que ainda valem 11% do emprego, sofreram um revés de 10%. Total atual: 506 mil pessoas.
O INE mostra também que as profissões militares e de apoio ao sector perderam peso no emprego, reflexo das políticas de redução de despesa pública. De 2011 a 2014, a quebra foi de 21%. O INE apura agora um total de 24 mil profissionais nesta área.
Um milhão de licenciados
As qualificações escolares também acompanham a alteração nos perfis profissionais. Refletem ainda uma saída significativa de pessoas mais idosas do mercado de trabalho para a reforma.
Em 2014, pela primeira vez na história portuguesa, o número de licenciados empregados passou a fasquia de um milhão de pessoas (1,1 milhões), ou mais 21% face a 2011.
O nível secundário e pós-secundário reforçou 16%, totalizando 1,1 milhões.
A população empregada com o ensino básico recuou 20%, somando agora 2,3 milhões de pessoas.
Por Luís Reis Ribeiro
06/02/2015 | 23:21 | Dinheiro Vivo
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