PS Setúbal questiona Governo sobre construção de estradas

Os deputados do Partido Socialista (PS) eleitos pelo círculo de Setúbal questionaram a tutela sobre a demora na construção de vias rodoviárias “fundamentais” na região, através de um requerimento entregue nos serviços da Assembleia da República, no qual consideram que este distrito “tem sido dos mais prejudicados pelo atual Governo”. A deputada coordenadora regional do PS, Eurídice Pereira refere que os socialistas pretendem resposta a cinco questões relacionadas com a “construção de vias rodoviárias, fundamentais para as populações”, e que “tardam em ser construídas”.

O PS pretende saber quando é que “vão ser retomadas as obras, que ainda se encontram por concluir”, relativas “aos lanços do IP8 e A26”, bem como quer saber “qual o prazo para conclusão das mesmas”. Os representantes do PS confrontaram também o Governo sobre quando pensam “iniciar os trabalhos de reabilitação do troço do IC1 Alcácer do Sal Grândola”.
 
Os socialistas ambicionam ainda saber se “está prevista a abertura de novo concurso para a reformulação da ligação ao Lousal IC1”. Os deputados do PS acrescentam que “na verdade, constata-se facilmente que, também do ponto de vista rodoviário, o distrito foi abandonado pelo actual Governo”.
 
A distrital socialista considera que “continuam a assistir a constantes retrocessos, hesitações” e “adiamentos de construção de infra-estruturas rodoviárias”, que se “encontram planeadas, algumas já iniciadas”, mas que “nunca mais são concluídas”.
 
Os representantes do PS lembram que “assistiram a alguns casos, como aconteceu com a construção dos troços do IP8 e A26” e a “requalificação do IP2, Sines Beja”, em que “as obras foram canceladas por determinação da Estradas de Portugal, S. A. após ter celebrado um acordo com a subconcessionária em claro prejuízo das populações e autarquias”. O PS recorda que “no caso do IC1, entre Alcácer e Grândola, o Governo chegou mesmo a dar instruções para a suspensão das obras, com as mesmas já suspensas, ilibando a concessionária” e “prejudicando, de forma clara, as populações, mantendo as vias degradadas, em condições inaceitáveis”, colocando “em risco a segurança de todos os utilizadores”.
 
Para Eurídice Pereira contata-se, assim, que há “da parte deste Governo uma maior preocupação com as concessionárias do que com as populações”, com o “crescimento económico” e com “o desenvolvimento do país”. A também deputada da comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas entende que “em vez de resolver os problemas de circulação rodoviária, o Governo preferiu os anúncios constantes de que as obras iriam recomeçar”, ou “iniciar-se”, mas “continuam a assistir a uma total inércia no cumprimento das obrigações com as populações”.
 
Os deputados socialistas recordam ainda que já haviam sido, anteriormente, colocadas questões “sobre esses problemas”, mas que as mesmas “não mereceram até ao momento resposta do Governo”.  

Diário da Região - 19-02-2015 15:14