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Os ‘duxs’ e as supostas ‘tradições’
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Os ‘duxs’ e as supostas ‘tradições’
Nuns locais (como Coimbra, por exemplo) poderá tratar-se de tradições. Noutros (como Lisboa, onde eu andei na Faculdade nos anos 70-80) não. Mas quer-se agora fazer acreditar que sim, que tudo é tradição por todo o lado.
Já se percebeu que pessoas de educação mais elevada (classes médias superiores e altas) não são afectadas por este revivalismo das tradições. Nem sequer nos cruzamos com estudantes vestidos dessa maneira, que consideramos possidónia.
Mas temos de perceber que miúdos de famílias mais modestas, que conhecem pela primeira vez o acesso às Universidades, encarem estas tradições de forma diferente. São gente naturalmente frágil e deslumbrada, que fazem tudo para se integrarem melhor no novo meio. E são capazes de arriscar a própria vida, para se sentirem bem nesse novo meio – integrados.
Não vou referir o caso concreto do Meco. Mas em geral o dux é um veterano, ou seja um estudante antigo, ou seja, um calão que só chumba e vai ficando na Universidade, sem nunca estudar. Resumindo, um Sádico que se diverte a exercer autoridade sobre os tais miúdos frágeis e deslumbrados.
Longe de mim querer arranjar bodes expiatórios à força e mandá-los para a cadeia. Mas no Meco morreram de facto uns tantos miúdos desses frágeis e deslumbrados. É certo que estavam lá por uma vontade própria (domada pela vontade de entrarem no novo meio). Provavelmente, muitos magistrados e outras pessoas acham que noutros anos seriam eles os Sádicos, a arrastar novos voluntários para a humilhação – neste caso acabada em morte. E talvez isso tudo seja verdade. Mas só o facto de lá estarem voluntariamente não é razão para não se julgar o dux. Como disse o pai de um deles, na violência domestica, também a vítima é normalmente adulta, e está de livre vontade diante do seu agressor – e nem por isso a Sociedade deixa de a defender.
Os jornais andaram a dizer que o dux não pediu auxílio em tempo útil, com medo de ser atacado. E também que andou a mentir, pois as provas laboratoriais demonstrariam nunca a sua roupa ter estado molhada por água salgada. Ao menos, os juízes, se por uma vez quisessem dar-se ao trabalho de cumprirem as suas obrigações, deviam fazer que se apurasse se estas acusações são verdade. Porque, a serem verdade, então o caso seria grave, e o dux merecia mais do que ser mandado em paz para a sua vida.
Pedro d´Anunciação | 06/03/2015 10:41:00
SOL
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