Delegação da CE conheceu realidade dos projetos RTE-T nacionais de perto

Uma delegação da Comissão Europeia esteve esta terça-feira em Portugal onde se desdobrou em encontros e iniciativas, ficando a conhecer de perto o plano português de investimentos em infra-estrutura e tecnologia no âmbito da Rede Transeuropeia de Transportes RTE-T.

A delegação tinha entre os seus membros Carlos Secchi, o máximo responsável pelo Corredor Atlântico, para além do responsável europeu pelas Auto-Estradas do Mar ou Laranjeira Anselmo, da DG-Move.

O dia começou no auditório da REFER, onde António Ramalho (presidente da Infra-Estruturas de Portugal, que junta REFER e EP) apresentou os projetos ferroviários e rodoviários pensados para o próximo quadro de apoio europeu. João Carvalho, presidente do IMT, apresentou por seu lado à comitiva europeia os projetos marítimo-portuários. 

Também Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes e Infra-estruturas, fez uma breve intervenção, na qual salientou a importância de prolongar os prazos de apoio comunitário até porque, recorda, este tipo de projetos são de uma geração. Destacou também a importância de criar uma maior estandardização europeia a nível ferroviário, recordando que hoje existe Céu Único, liberdade na movimentação de navios ou camiões em território europeu mas que os comboios, em muitas fronteiras, têm que fazer alterações de maquinista, tracção, bitola, etc.



A comitiva europeia seguiu depois para a margem sul, num locomotiva Allan Vip requisitada propositadamente para a visita. Na viagem Santa Apolónia-Barreiro, Marina Ferreira, presidente da Administração do Porto de Lisboa (APL) apresentou os planos para o porto da capital (na foto), com especial incidência no futuro terminal de contentores que, ao que tudo indica, deverá mesmo erguer-se no Barreiro.

No Barreiro a comitiva conheceu o local exacto onde se pensa construir o novo terminal. E, em curta conversa com os jornalistas, Laranjeira Anselmo destacou que a localização Barreiro lhe parece uma "boa solução": "O programa europeu tem 38 mil milhões [de euros] de fundos para serem aplicados no desenvolvimento da rede de transportes na Europa. A posição do Governo português parece ser clara e a posição da comissão é que o Porto de Lisboa é um dos eixos fundamentais do corredor atlântico e tem limitações de crescimento e expansão. O Barreiro poderia ser uma solução muito interessante", afirmou.


Autor/fonte: Joni Francisco

11.03.2015
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