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Smart Cities: A Tecnologia Ao Serviço De Sociedades Mais Sustentáveis E Humanas…
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Smart Cities: A Tecnologia Ao Serviço De Sociedades Mais Sustentáveis E Humanas…
Chegámos a um nível de desenvolvimento, devido às mais recentes inovações tecnológicas integradas num mundo cada vez mais globalizado, em que assistimos ao brotar de uma série de conceitos, que teimam sempre a induzir-nos para algo “ainda mais eficiente, competitivo e otimizado”. Ora as “Smart Cities” não são exceção… e, se há uns anos atrás, tratava-se de facto de um mero conceito, hoje podemos afirmar que estamos a caminhar a passos largos para essa realidade que, naturalmente, nos suscita por um lado muitas incertezas mas por outro a vontade de as deslindar e descobrir o seu lado benéfico.
Uma cidade dita “inteligente” é aquela que aproveita os dados abundantes com as tecnologias digitais para tornar a cidade num ambiente mais sustentável e produtivo garantindo, em última instância, uma melhor qualidade de vida e bem-estar aos seus cidadãos… tendo como áreas prioritárias o ambiente, a mobilidade, a gestão dos recursos naturais e energéticos, o emprego, a segurança, a educação… até aqui tudo parece claro.
No entanto, até que ponto estarão as nossas cidades e nós próprios, cidadãos, preparados para estes desafios que se adivinham? Será que esta “sustentabilidade” que acenam se resume somente à inteligência tecnológica? Será que conseguem oferecer a privacidade, a segurança a nível individual e coletiva, dando respostas adequadas às questões éticas inerentes a utilização do “Big Data”? Irá conseguir-se aliar uma sociedade de caráter inovador e criativo com o seu lado social e implementação de boas práticas?
Uma “Smart City” consegue promover um ambiente de confiança onde há partilha de conhecimento e colaboração entre todos os “stake holders”, o cidadão, as organizações municipais, as instituições académicas, as organizações comerciais, as organizações sem fins lucrativos e as organizações governamentais.
Os dados mantidos com sistemas tradicionais de gestão são insuficientes para a gestão efetiva dos recursos modernos de uma “Smart City”. As novas gerações de sensores, utilizados hoje nas cidades atuais, transmitem, entre outros, dados sobre temperaturas, smog, estabilidade de edifícios e construções, obstruções nas artérias da cidade, etc com intervalos de tempo cada vez mais reduzidos. Analisar estes dados usando métodos novos com as tecnologias de informação e comunicação mais recentes, juntando a isto informação publicado pelos cidadãos e organizações em “social media” permite que os serviços ao cidadão realizem-se em tempo útil com menos custos para a cidade.
Há que referir que as “Smart cities” não se concebem de um momento para o outro e não há uma “receita” ímpar para a sua criação, as “Smart cities” devem nascer sim de estratégias que têm de ser adaptadas tendo em conta as especificidades de cada cidade, dos cidadãos e as suas prioridades. A meu ver, devemos encarar este fenómeno como algo positivo e desafiador e tentar tirar o máximo partido desta realidade que nos ruma e promete um dia-a-dia mais facilitado, onde “inteligência” é a palavra de ordem.
Hoje uma cidade agrega diferentes organismos, infraestruturas, entidades públicas e privadas, todos interligados de forma a garantir um ambiente de realização e satisfação para os seus os habitantes. Na precursão deste objetivo, o Business Analytics permite que diferentes tecnologias e entidades atuem sobre uma arquitetura comum e integrada de informação, capaz de ser analisada em múltiplas perspetivas de forma a criar conhecimento que, integrado nos processos que suportam uma “Smart City”, irá permitir estabelecer estratégias mais sustentáveis e tomar decisões mais assertivas.
As questões são inúmeras perante algo que pelo menos sabemos vir trazer mudanças estruturais à vida das pessoas e às organizações, sendo certo a meu ver que a prioridade deve ser dada à integração e a uma simbiose entre o caráter social e o desenvolvimento económico. O importante, antes de mais, é delinear estratégias e criar modelos que garantam o caminhar para uma sociedade mais justa e melhor, não descurando áreas como a saúde, a segurança, a educação, a energia, a mobilidade entre muitas outras.
Realistas e atentos, não devemos por isso deixar que todas estas incógnitas e riscos nos impeçam de nos centrar nas mais-valias, potencialidades e valor acrescentado que as “Smart Cities” – cidades verdadeiramente otimizadas para o benefício e a participação proativa dos seus cidadãos – nos podem proporcionar num futuro não tão longínquo como se possa pensar…
Jos van der Velden
Coordenador do programa académico para o SAS em Portugal
19 Março, 2015 00:10
OJE.pt
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