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A UE Vai Dar-Nos Um Grande Choque Eléctrico
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A UE Vai Dar-Nos Um Grande Choque Eléctrico
Na sombra dos debates políticos extremados e das negociações quase obsessivas sobre os compromissos e condições a impor à Grécia, que tiveram lugar no decorrer do mês passado, a Comissão Europeia apresentou o mais ambicioso projeto europeu para o setor da energia desde a criação da Comunidade do Carvão e do Aço em 1951.
Com este projeto, a UE pretende integrar os vinte oito mercados da energia europeus numa única União da Energia.
Com esta “união energética”, a UE visa garantir a livre circulação de energia através das fronteiras europeias, promover o desenvolvimento e liderança tecnológica neste mercado, nome adamente no segmento das energias renováveis e da eletromobilidade, e reduzir o grau de dependência energética de fornecedores externos à UE.
A UE é o maior importador de energia do mundo: 53% da energia consumida é importada, representando um custo anual de cerca de quatrocentos mil milhões de euros. Porém, muitos dos seus fornecedores de energia encontram-se numa situação político-económica e de segurança altamente instável e perigosa, como é o caso da Rússia, Ucrânia e do Norte de África, ameaçando seriamente a segurança energética da própria União. Um mercado interno de energia com bons níveis de interconexão e sem “ilhas de energia” isoladas permitirá à União garantir um fornecimento energético mais estável em todo o espaço europeu, e mitigar os riscos associados aos acontecimentos políticos nos mercados externos.
Por outro lado, as empresas europeias de energias renováveis geram atualmente um volume de negócios anual na ordem de 129 mil milhões de euros, e empregam mais de um milhão de pessoas. Porém, doze Estados-Membros, entre os quais Portugal, não atingem o objetivo mínimo de interligação da UE. Neste contexto, uma rede transeuropeia de energia adequadamente interligada deverá proporcionar aos consumidores europeus uma poupança de cerca de 40 mil milhões de euros por ano, um maior poder de escolha por parte dos consumidores e, consequentemente, preços de energia mais baixos.
É importante igualmente sublinhar que os encargos financeiros de modernização do sistema energético e do desenvolvimento de novas soluções tecnológicas na área da energia são enormes, e só a efetiva colaboração a nível europeu poderá permitir canalizar os recursos públicos e privados requeridos.
No topo da agenda da próxima Cimeira Europeia, que terá lugar em Paris a 19 e 20 de março, estará a União da Energia. Os chefes de Estado e de Governo europeus irão debater esta iniciativa da Comissão Europeia, com foco particular nas interconexões elétricas e também deverão enquadrar o roteiro para um novo acordo internacional sobre o clima.
Apesar da grande polémica dos últimos anos acerca do perigo de “desintegração” da União Europeia, potenciada primordialmente pela crise financeira europeia, este projeto vem evidenciar que os parceiros europeus continuam a trabalhar em conjunto, apostando na união de esforços como resposta aos atuais desafios internos e externos.
Devemos deixar assim o negativismo de parte por uns instantes, aplaudindo esta nova etapa e desejando que se conclua rapidamente com êxito. Com este projeto, a União Europeia poderá vir a criar condições para que todos os seus cidadãos tenham acesso a energia segura, sustentável e a preços acessíveis e concorrenciais. Se tal acontecer, daremos um grande passo em frente para a consolidação de uma união mais coesa e sustentável. Power on!
Evanthia Balla
Professora universitária
19 Março, 2015 00:15
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