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E assim se recuperou o país
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E assim se recuperou o país
Insistir, como faz o PS, que esta política não endireitou um país falido, é faltar ao respeito a cada português que à conta do seu sacrifício ajudou esta mesma recuperação
Três anos atrás, tirando os inconscientes a procurar fazer de conta que nada nos tinha acontecido e a felicidade continuava a invadir o país de braço dado com a dívida, o comum das pessoas sentia a angústia dos piores momentos.
Tanto que palavras como “esperança”, “melhoria”, “saída”, “crescimento”, eram palavras que ninguém acreditava poder, tão depressa, voltar a ouvir. Hoje talvez voltem a ter sentido.
Esta semana ficámos a conhecer as previsões do Banco de Portugal para a economia portuguesa. No essencial deitam por terra a visão catastrofista do Partido Socialista, que fizeram vibrar jornalistas e comentadores.
A várias vozes (coro grego), multiplicavam-se as opiniões pintando de negro o futuro. Vieira da Silva, usando da sua experiência de ministro da Economia do governo de Sócrates, antevia uma catástrofe da economia nacional. Esquecia-se do seu próprio contributo.
João Galamba, cada vez que conhecia uma estimativa do governo, fosse do crescimento, fosse da taxa de desemprego, classificava-a como irrealista e atacava a sua credibilidade. Esquecia-se daquilo a que as estimativas socialistas tinham conduzido.
Pedro Nuno Santos, um dos mentores da dívida impagável, o “panzer” da política nacional, preferia o caminho do enfrentamento da Alemanha e o slogan do “não pagamos”. Esquecia-se que quem tinha pedido um novo empréstimo para pagar quanto devíamos tinha sido um governo da sua cor.
Este trio maravilha está hoje condenado ao incomodativo silêncio. Poucos lhe dão atenção e raros créditos angariam. Foi a boca que os perdeu. A boca e o radicalismo.
Percebe-se a incomodidade dos defensores dos governos e da política de Sócrates, que, no essencial, vaticinaram o fracasso deste governo, a impossibilidade da recuperação, o nada.
No seu entender havia outro caminho: desistir, pedir perdão da dívida e recomeçar do zero repetindo as receitas da história que lhes convinha (investimento público e consumo interno).
Ora diz o Banco de Portugal que o país crescerá nos próximos três anos a um ritmo médio de quase 2%, acrescendo ao tímido, mas esperançoso, crescimento de 0,9% de 2014. Os cofres, que sempre estiveram cheios de dívida, estão agora cheios de disponibilidade destinada ao pagamento das mesmas. A juros mais convenientes, a juros que farão o país poupar dinheiro e reduzir o peso da dívida. Ou seja, a poupança adicional poderá atingir 700 milhões de euros, na antecipação dos pagamentos ao FMI. São portanto menos 700 milhões a pagar pelos portugueses nos próximos anos.
O crescimento da economia trará novos empregos e corrigirá a trajectória do aumento do desemprego constante desde 2008 a 2013.
Desde 2001 que não era criado tanto emprego líquido num ano como em 2014. Foram 70 mil os postos de trabalho criados comparativamente com o ano de 2013.
O défice de 2014 corrige para os 3,7% e o deste ano cairá para os 2,7%. A função pública inicia uma recuperação de salários de 20% ao ano. Os pensionistas viram abolidos grande parte dos cortes que sofreram durante o período de ajustamento.
Paulatinamente, os portugueses podem começar a recuperar o crédito em relação ao governo. Não do governo a um Estado falido que lhes causou o sofrimento, mas a um Estado responsável, que aprendeu a só prometer o que pode cumprir.
Porque a questão é mesmo esta. Os portugueses podem ter-se zangado com este governo mas são obrigados a reconhecer que qualquer outro forçosamente percorreria o mesmo caminho. Com algumas nuances, com algumas diferenças? Certamente, mas não muitas, porque o caminho era estreito e sempre longo.
E a opção será entre escolher o modo dos companheiros da alegria, que, sentindo a corda na garganta, dão um passo em frente e ficam pendurados, e a solução aconselhável, porque a única realista, do corte da corda. Sufocar ou livrar-se. Morrer ou sobreviver.
Este país sobreviveu ao mais violento choque que há memória. Insistir, como faz o PS, que esta política não endireitou um país falido, é faltar ao respeito a cada português que à conta do seu sacrifício ajudou esta mesma recuperação.
Pedro Passos Coelho tinha razão nos caminhos que escolheu. A cada dia que passa os mais cépticos serão obrigados a admitir que se calhar estavam enganados. Este caminho de facto resultou. Foi este o verdadeiro caminho que recuperou o país.
Deputado do PSD
Escreve à sexta-feira
Por Nuno Encarnação
publicado em 27 Mar 2015 - 08:00
Jornal i
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