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Privatizar é anti-globalização
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Privatizar é anti-globalização
Aproximava-se o novo milénio e o sociólogo Manuel Castells anunciou por intermédio de uma análise detalhada que o mundo globalizado se encontrava cada vez mais estruturado em torno da sociedade em rede interconectada e interdependente.
Neste mundo as cidades liderantes são aquelas que conseguem aglutinar uma maior densidade de fluxos informacionais e de potenciar a circulação de bens e de pessoas. Para tal, as plataformas, as vias e os meios de comunicação e de transporte internacional são fundamentais no incremento da centralidade das cidades.
A capacidade dos Estados investirem estrategicamente na mobilidade espacial, controlando as suas condições e prioridades, pode fazer toda diferença para o fortalecimento da posição na economia global. Esta torna-se ainda mais premente no caso de países como Portugal, dada a sua situação geográfica peculiar e desequilibrada (periférica na Europa mas potencialmente central na vertente transatlântica e no espaço lusófono).
Neste contexto a TAP detém um papel insubstituível capaz de, por um lado, assegurar as rotas que sirvam adequadamente as nossas comunidades emigrantes e a conexão com o espaço lusófono e, por outro, concorrer com outras companhias em mercados competitivos e emergentes. Esta conciliação de objectivos é estratégica e não se coaduna com o mero interesse privado completamente dependente das instabilidades dos mercados. Não tenhamos dúvidas, a maior centralidade de Portugal no mundo global depende da manutenção da TAP nas mãos do Estado.
Posto isto, é verdadeiramente absurda esta opção apressada e reincidente em privatizar a TAP. Trata-se de uma medida verdadeiramente anti-globalização vinda de um governo que tem uma estranha concepção liberal da economia.
Este processo nasceu inquinado e virou uma autêntica trapalhada negocial tão opaca e contraditória que já ninguém com um mínimo de senso consegue compreender. Não é admissível assistir à destruição de mais uma empresa pública devido a uma decisão irresponsável de um governo em fim de legislatura, onde as várias partes envolvidas parecem ter esquecido o desígnio primordial da TAP: a defesa do direito à mobilidade de todos os portugueses como factor imprescindível de interconexão e de competitividade num mundo cada vez mais global.
RENATO MIGUEL DO CARMO
00:04 h
Económico
Neste mundo as cidades liderantes são aquelas que conseguem aglutinar uma maior densidade de fluxos informacionais e de potenciar a circulação de bens e de pessoas. Para tal, as plataformas, as vias e os meios de comunicação e de transporte internacional são fundamentais no incremento da centralidade das cidades.
A capacidade dos Estados investirem estrategicamente na mobilidade espacial, controlando as suas condições e prioridades, pode fazer toda diferença para o fortalecimento da posição na economia global. Esta torna-se ainda mais premente no caso de países como Portugal, dada a sua situação geográfica peculiar e desequilibrada (periférica na Europa mas potencialmente central na vertente transatlântica e no espaço lusófono).
Neste contexto a TAP detém um papel insubstituível capaz de, por um lado, assegurar as rotas que sirvam adequadamente as nossas comunidades emigrantes e a conexão com o espaço lusófono e, por outro, concorrer com outras companhias em mercados competitivos e emergentes. Esta conciliação de objectivos é estratégica e não se coaduna com o mero interesse privado completamente dependente das instabilidades dos mercados. Não tenhamos dúvidas, a maior centralidade de Portugal no mundo global depende da manutenção da TAP nas mãos do Estado.
Posto isto, é verdadeiramente absurda esta opção apressada e reincidente em privatizar a TAP. Trata-se de uma medida verdadeiramente anti-globalização vinda de um governo que tem uma estranha concepção liberal da economia.
Este processo nasceu inquinado e virou uma autêntica trapalhada negocial tão opaca e contraditória que já ninguém com um mínimo de senso consegue compreender. Não é admissível assistir à destruição de mais uma empresa pública devido a uma decisão irresponsável de um governo em fim de legislatura, onde as várias partes envolvidas parecem ter esquecido o desígnio primordial da TAP: a defesa do direito à mobilidade de todos os portugueses como factor imprescindível de interconexão e de competitividade num mundo cada vez mais global.
RENATO MIGUEL DO CARMO
00:04 h
Económico
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