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Qual é o problema com o centro ?
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Qual é o problema com o centro ?
Não se vê que um entendimento não possa ser encontrado entre os principais partidos políticos em Portugal se os interesses da população forem colocados acima de interesses partidários
É desnecessário, por demais conhecido, acentuar os problemas que o país enfrenta, os quais atingem o nível de vida da população e que podem comprometer o futuro das gerações seguintes.
Portugal cresceu na primeira década a um ritmo dos mais baixos a nível mundial e segundo as previsões de instituições internacionais crescerá a uma taxa média anual de 0,2% até 2020.
Factores exógenos poderão explicar uma parte desta situação mas ela deve-se fundamentalmente a estrangulamentos da economia e da sociedade portuguesa a que não conseguimos dar resposta.
A baixa competitividade da nossa economia e o baixíssimo crescimento económico que estão na origem do elevado nível de desemprego e da pobreza de largas camadas da população; os problemas que defrontamos nos sistemas de Segurança Social e de Saúde que poderão levar à sua insustentabilidade futura; os estrangulamentos do sistema político onde cada vez mais os partidos são dominados por aparelhos profissionais que determinam a escolha dos deputados por fidelidade às lideranças e não pelos eleitores, causando o afastamento progressivo da população, em especial dos jovens, da vida política, como é bem expresso pelos níveis crescentes de abstenção, são apenas alguns dos problemas que urge debater e procurar dar respostas.
É evidente que numa democracia, a resposta para estes problemas passa pela propostas individuais dos vários partidos políticos, e pelas escolhas da população através do voto.
No nosso caso, porém, a magnitude e a gravidade da situação é tal que os problemas referidos ( e são apenas alguns) só podem encontrar uma resposta sustentável no tempo com o apoio generalizado de grande parte da população e portanto através do entendimento dos principais partidos do arco da governação (que reúnem 65% a 70% do voto popular).
Entendimento, entenda-se, sobre questões essenciais e criticas , após discussão e procura de uma plataforma comum, que defenda o interesse geral da população, e não pela prática de um "partido único" no centro do espectro político.
E é neste contexto que não se podem aceitar as posições de responsáveis políticos quando afirmam que não farão acordos com outros partidos ou com o Governo: por um lado, a questão aqui não é a de fazer acordos sobre todas as matérias , ou de perda de identidade dos partidos políticos face aos seus eleitorados e por outro lado, o que se pretende é que os partidos defendam as suas propostas mas que procurem alcançar uma plataforma comum de entendimento sobre os aspectos críticos e essenciais em nome dos interesses fundamentais da população.
Esta procura de soluções não é , aliás, inédita. Outros países europeus já a tentaram e concretizaram: o actual (e anterior) governo alemão composto pelos dois grandes partidos rivais que chegaram até a um entendimento de um governo "ao centro", é apenas um exemplo.
Não se vê portanto que um entendimento não possa ser encontrado entre os principais partidos políticos em Portugal se os interesses da população forem colocados acima de interesses partidários ou pessoais, a não ser que a grandeza dos problemas não encontre intervenientes à altura de os solucionar.
Luís Filipe Pereira
00.05 h
Económico
É desnecessário, por demais conhecido, acentuar os problemas que o país enfrenta, os quais atingem o nível de vida da população e que podem comprometer o futuro das gerações seguintes.
Portugal cresceu na primeira década a um ritmo dos mais baixos a nível mundial e segundo as previsões de instituições internacionais crescerá a uma taxa média anual de 0,2% até 2020.
Factores exógenos poderão explicar uma parte desta situação mas ela deve-se fundamentalmente a estrangulamentos da economia e da sociedade portuguesa a que não conseguimos dar resposta.
A baixa competitividade da nossa economia e o baixíssimo crescimento económico que estão na origem do elevado nível de desemprego e da pobreza de largas camadas da população; os problemas que defrontamos nos sistemas de Segurança Social e de Saúde que poderão levar à sua insustentabilidade futura; os estrangulamentos do sistema político onde cada vez mais os partidos são dominados por aparelhos profissionais que determinam a escolha dos deputados por fidelidade às lideranças e não pelos eleitores, causando o afastamento progressivo da população, em especial dos jovens, da vida política, como é bem expresso pelos níveis crescentes de abstenção, são apenas alguns dos problemas que urge debater e procurar dar respostas.
É evidente que numa democracia, a resposta para estes problemas passa pela propostas individuais dos vários partidos políticos, e pelas escolhas da população através do voto.
No nosso caso, porém, a magnitude e a gravidade da situação é tal que os problemas referidos ( e são apenas alguns) só podem encontrar uma resposta sustentável no tempo com o apoio generalizado de grande parte da população e portanto através do entendimento dos principais partidos do arco da governação (que reúnem 65% a 70% do voto popular).
Entendimento, entenda-se, sobre questões essenciais e criticas , após discussão e procura de uma plataforma comum, que defenda o interesse geral da população, e não pela prática de um "partido único" no centro do espectro político.
E é neste contexto que não se podem aceitar as posições de responsáveis políticos quando afirmam que não farão acordos com outros partidos ou com o Governo: por um lado, a questão aqui não é a de fazer acordos sobre todas as matérias , ou de perda de identidade dos partidos políticos face aos seus eleitorados e por outro lado, o que se pretende é que os partidos defendam as suas propostas mas que procurem alcançar uma plataforma comum de entendimento sobre os aspectos críticos e essenciais em nome dos interesses fundamentais da população.
Esta procura de soluções não é , aliás, inédita. Outros países europeus já a tentaram e concretizaram: o actual (e anterior) governo alemão composto pelos dois grandes partidos rivais que chegaram até a um entendimento de um governo "ao centro", é apenas um exemplo.
Não se vê portanto que um entendimento não possa ser encontrado entre os principais partidos políticos em Portugal se os interesses da população forem colocados acima de interesses partidários ou pessoais, a não ser que a grandeza dos problemas não encontre intervenientes à altura de os solucionar.
Luís Filipe Pereira
00.05 h
Económico
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