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Exportação De Serviços: O Futuro De Portugal?
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Exportação De Serviços: O Futuro De Portugal?
Ouvimos muitas vezes dizer que o paradigma da economia portuguesa tem de mudar, com um foco maior nos bens transacionáveis. Esta afirmação parte do princípio, correto, que a riqueza do país só aumentará se conseguirmos vender mais ao exterior e, por outro lado, substituir as importações por produção nacional, diminuindo assim a nossa dependência externa, ou dito de outra forma, a transferência de riqueza para o estrangeiro.
Esta discussão enferma habitualmente de um mal, que consiste em concentrar a atenção nos setores produtivos tradicionais, como a agricultura e a indústria. Felizmente, ao longo dos últimos anos, temos assistido a uma evolução significativa do investimento em investigação e inovação com resultados na qualidade dos produtos, o que conjugado com uma promoção profissional e coordenada entre os setores privado e público, tem contribuído para melhorar a perceção do “Fabricado em Portugal”.
No que diz respeito aos serviços, e com a exceção do turismo – também ele um setor tradicional – pouco tem sido feito em termos de promoção e posicionamento de Portugal como um potencial fornecedor de bens de elevada qualidade e alto valor acrescentado baseado na qualidade do seu capital humano. Isto, quando Portugal tem hoje um conjunto de condições que o colocam numa posição vantajosa para ser um líder na produção e exportação de serviços baseados no capital humano:
Os nossos recursos humanos juntam à tradicional capacidade de adaptação a novas realidades e a diferentes culturas, bem como à grande conhecida aptidão linguística, uma qualificação superior de alto padrão de qualidade, como é sucessivamente reconhecido nos estudos internacionais em que participam universidades e escolas portuguesas;
A nossa posição geográfica, tantas vezes considerada um handicap para a exportação de bens é uma mais-valia para a exportação de serviços, com um fuso horário alinhado com os nossos parceiros europeus, enquanto nos permite também servir África e a as Américas, conjugado com infraestruturas tecnológicas e de comunicação robustas e desenvolvidas que tornam Portugal num país seguro para investir;
Beneficiamos da estabilidade de um país membro da União Europeia e do Euro, com um risco social e politico reduzido, como foi possível constatar ao longo dos últimos anos;
E, finalmente, juntamos a tudo isto, um custo competitivo (não sendo o mais baixo na Europa), fator fundamental para se poder vencer nos mercados globais.
Com todos estes elementos conjugados temos assistido nos últimos anos, a um número crescente de iniciativas no setor privado, abarcando atividades económicas tão diversas como as tecnologias de informação, os serviços administrativos de empresas industriais ou comerciais, ou a área financeira, como é o caso do BNP Paribas Securities Services. Existe, no entanto, um ponto comum à maior parte destas iniciativas: tratam-se de empresas multinacionais que já estavam presentes em Portugal, e que por isso já conheciam as vantagens e o potencial do país.
A expansão deste setor, com efeito positivo sobre a economia em termos de emprego, produto, exportações e cobrança de impostos continuará certamente por aí. Mas se queremos potenciar este crescimento aproveitando o investimento feito na qualificação dos jovens, assim como o conhecimento acumulado por pessoas com 40 ou 50 anos com dificuldade em encontrar trabalho, é necessário que os poderes públicos se empenham na estabilização e clareza do quadro fiscal e laboral e que unam esforços aos privados porque só assim o investimento pode florescer.
Alexandre Canadas
Diretor comercial do BNP Paribas Securities Services
21 Maio, 2015 00:06
OJE.pt
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