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O Estado Da Juventude
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O Estado Da Juventude
Disponibilizado o mais recente estudo sobre as “Situações e atitudes dos jovens portugueses” elaborado na Universidade de Lisboa com a colaboração do Observatório Permanente da Juventude (OPJ) e do Barómetro da Qualidade da Democracia (bqd), constata-se a necessidade de uma reflexão generalizada e transversal no que a este grupo social diz respeito.
Se é certo que os desafios que se apresentam à sociedade portuguesa num quadro de debilidade económica são diversos, abarcando relevantes questões sociais, económicas, mas também políticas, no que toca ao jovens é possível desde já afirmar que são mais qualificados do que qualquer outra geração em Portugal, com variadas oportunidades de mobilidade no contexto da União Europeia, e com um leque de experiências de lazer mais diversificado em comparação com anteriores gerações. Ainda assim, é seguro afirmar que este grupo social tem sido desproporcionalmente afetado pela herdada crise económica.
O flagelo do desemprego para a população em geral marcou o agravamento da crise desde 2011, atingindo um pico de 17.8% em Portugal em Janeiro de 2013 (Eurostat). Desde então tem-se verificado uma descida na taxa de desemprego, que se mantém apesar disso em níveis a ter em conta. Segundo as estimativas mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego foi de 13,7% em Março 2015, menos 0,1 pontos percentuais do que em Fevereiro e menos 1,2 pontos percentuais face ao período homólogo. Mesmo assim, apesar desta significativa melhoria, e segundo dados mais recentes da OCDE, reportando a Fevereiro de 2015, Portugal é um dos países da zona euro onde a taxa de desemprego jovem permanece “excecionalmente elevada” atingindo 35% dos portugueses entre 15 e 24 anos, a par da Grécia (51,2%), Itália (42,6%) e Espanha (50,7%). Ainda neste raciocínio, a dificuldade acrescida das inserções profissionais e a instabilidade laboral demonstram ser fenómenos que têm pautado as transições dos jovens portugueses para a idade adulta. As taxas de desemprego atingiram cerca de 1/3 da população jovem entre os 15-24 anos, situação que, para muitos jovens, correrá o risco de deixar de ser temporária e intermitente para se tornar numa condição estrutural, quando se observa que mais de 50% dos jovens adultos desempregados entre 25-34 anos já se encontra nessa situação há mais de um ano.
Já no que toca à envolvência e acompanhamento na vida politica em Portugal, retira-se do estudo que os jovens são aqueles que menos procuram notícias sobre o referido assunto, pertencem em menor percentagem a partidos em comparação com a média nacional, e participam pouco em associações cívicas, com exceção de grupos desportivos e associações juvenis e estudantis. Também no que diz respeito a atividades de participação social e política, não existe nenhum tipo de participação social ou política em que os mais jovens (15-24 anos) estejam acima da média nacional, verificando-se que no que diz respeito à identificação partidária, só 19% dos jovens (15-24 anos) a assumem.
Em suma, é constatável, de forma geral, um declínio constante na qualidade da democracia em Portugal, pelo menos no que concerne à relação dos cidadãos com a política e, em especial, no relacionamento dos jovens com a referida. Urge reverter o estado de coisas, a juventude, nas palavras de Adelino Amaro da Costa, “não é instalada” e representará sempre o futuro do país.
Fábio Seguro Joaquim
Deputado da Assembleia Municipal de Leiria – CDS/PP
22 Maio, 2015 15:42
OJE.pt
Se é certo que os desafios que se apresentam à sociedade portuguesa num quadro de debilidade económica são diversos, abarcando relevantes questões sociais, económicas, mas também políticas, no que toca ao jovens é possível desde já afirmar que são mais qualificados do que qualquer outra geração em Portugal, com variadas oportunidades de mobilidade no contexto da União Europeia, e com um leque de experiências de lazer mais diversificado em comparação com anteriores gerações. Ainda assim, é seguro afirmar que este grupo social tem sido desproporcionalmente afetado pela herdada crise económica.
O flagelo do desemprego para a população em geral marcou o agravamento da crise desde 2011, atingindo um pico de 17.8% em Portugal em Janeiro de 2013 (Eurostat). Desde então tem-se verificado uma descida na taxa de desemprego, que se mantém apesar disso em níveis a ter em conta. Segundo as estimativas mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego foi de 13,7% em Março 2015, menos 0,1 pontos percentuais do que em Fevereiro e menos 1,2 pontos percentuais face ao período homólogo. Mesmo assim, apesar desta significativa melhoria, e segundo dados mais recentes da OCDE, reportando a Fevereiro de 2015, Portugal é um dos países da zona euro onde a taxa de desemprego jovem permanece “excecionalmente elevada” atingindo 35% dos portugueses entre 15 e 24 anos, a par da Grécia (51,2%), Itália (42,6%) e Espanha (50,7%). Ainda neste raciocínio, a dificuldade acrescida das inserções profissionais e a instabilidade laboral demonstram ser fenómenos que têm pautado as transições dos jovens portugueses para a idade adulta. As taxas de desemprego atingiram cerca de 1/3 da população jovem entre os 15-24 anos, situação que, para muitos jovens, correrá o risco de deixar de ser temporária e intermitente para se tornar numa condição estrutural, quando se observa que mais de 50% dos jovens adultos desempregados entre 25-34 anos já se encontra nessa situação há mais de um ano.
Já no que toca à envolvência e acompanhamento na vida politica em Portugal, retira-se do estudo que os jovens são aqueles que menos procuram notícias sobre o referido assunto, pertencem em menor percentagem a partidos em comparação com a média nacional, e participam pouco em associações cívicas, com exceção de grupos desportivos e associações juvenis e estudantis. Também no que diz respeito a atividades de participação social e política, não existe nenhum tipo de participação social ou política em que os mais jovens (15-24 anos) estejam acima da média nacional, verificando-se que no que diz respeito à identificação partidária, só 19% dos jovens (15-24 anos) a assumem.
Em suma, é constatável, de forma geral, um declínio constante na qualidade da democracia em Portugal, pelo menos no que concerne à relação dos cidadãos com a política e, em especial, no relacionamento dos jovens com a referida. Urge reverter o estado de coisas, a juventude, nas palavras de Adelino Amaro da Costa, “não é instalada” e representará sempre o futuro do país.
Fábio Seguro Joaquim
Deputado da Assembleia Municipal de Leiria – CDS/PP
22 Maio, 2015 15:42
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