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Como crescer? 1 - A criação de zonas francas
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Como crescer? 1 - A criação de zonas francas
O crescimento económico enfrenta, em Portugal, dois obstáculos maiores, ignorados, para nossa desgraça, pelas principais forças políticas.
Primeiro, uma situação geográfica altamente desfavorável, que torna o país distante dos principais mercados arrastando condições penalizadoras tanto para as vendas como para as compras.
Segundo, a ausência de grandes empresas, em número adequado e organizadas em grupos económicos, constituídos em centros de decisão eficazes e orientados pelo interesse nacional.
A ignorância destes dois obstáculos fundamentais e a consequente ausência de políticas adequadas para os contrariar está na base da prolongada divergência do crescimento económico português face aos nossos parceiros europeus.
Aproveitando a oportunidade do debate sobre os programas eleitorais, que já está na praça pública, inicio hoje uma série de artigos dedicados às políticas económicas adequadas, no actual contexto nacional e comunitário, para ultrapassar os dois obstáculos referidos.
A situação geográfica do país encarece tanto as vendas como as compras. Para colocar as nossas empresas em pé de igualdade com os concorrentes não bastam políticas económicas e condições iguais aos concorrentes. É necessário criar condições diferenciadoras, destinadas a compensar os custos das situação geográfica. Por este motivo, a exagerada harmonização das políticas económicas na UE, em certos domínios, não nos é conveniente.
O insucesso da convergência portuguesa deve-se, em grande parte, ao facto de não termos sabido usar este argumento para criar as necessárias excepções à harmonização das políticas.
No actual contexto, a criação de várias zonas francas em diferentes pontos do país é o instrumento mais adequado para vencer aquela dificuldade.
Por favor, não me contrariem cortando já o debate com o elencar das dificuldades.
Elas existem certamente. Mas podem ser contornadas.
Existe uma política e um enquadramento comunitários para as zonas francas. Vários parceiros já souberam usar sábia e eficazmente estas margens.
Recentemente, novas oportunidades reforçaram grandemente essas possibilidades. Há dois acontecimentos que vão forçar a União Europeia a refazer-se e rever as suas políticas. O elemento comum é a necessidade de considerar as particularidades de cada país, orientado a união para políticas diversificadas adaptadas às necessidades nacionais.
A harmonização excessiva levou a impasses que poderão desagregar a UE em vez de a unir. A crise grega no euro e os estados de alma do Reino Unido na UE são bons exemplos e excelentes oportunidades para a defesa dos interesses portugueses.
Estes acontecimentos criaram o ambiente propício a que Portugal encete uma aproximação diferente à UE, avançando com propostas ousadas, para vencer o impasse do seu crescimento, com a criação de generosas zonas fracas.
Economista e professor do ISEG
31 Maio 2015, 21:13 por Avelino de Jesus
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