Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 78 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 78 visitantes Nenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Como crescer em contexto de austeridade?
Página 1 de 1
Como crescer em contexto de austeridade?
Após várias semanas de uma enorme agitação mediática em torno da convocação do referendo grego de 5 de julho, Tsipras viu-se obrigado a subscrever um pacote de medidas de austeridade ainda mais drásticas e dolorosas para o povo grego que as medidas estabelecidas no plano de resgate anteriormente vetado no referendo promovido pelo próprio Tsipras. A política grega dos últimos meses provocou sem dúvida um agravamento significativo das condições económicas, sociais e negociais do país. Porém, a convulsão mediática grega relançou o debate a nível europeu sobre a necessidade inadiável de uma Europa mais próspera, mais social e mais justa, que deve investir urgentemente no crescimento e no emprego.
De facto, as políticas de austeridade impostas pelos credores não têm tido o efeito esperado. A crise tem aumentado as assimetrias económicas e sociais dentro da União, e a maioria dos Estados-Membros, e em particular os países mais fracos da zona euro, como a Grécia e Portugal, não tem condições de promover o investimento e, consequentemente, o crescimento económico tão desejado e exigido pelos credores.
No jornal oficial do dia 23 de julho foi publicado um excelente parecer do Comité Económico e Social Europeu (CESE – 2015/C 242/08, relator Paulo Barros Vale) sobre a temática da coesão económica, social e territorial, em que se desenvolve a importância da promoção do desenvolvimento e da boa governação em todas as regiões e cidades da UE.
Os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (EEI) garantem, até 2020, o investimento na inovação e nas PME, na qualidade do emprego, na mobilidade laboral e na inclusão social, bem como nas principais redes RTE-T e digitais, na educação e formação, e na reforma da administração pública para todas as regiões e cidades da União.
Neste contexto, a política de coesão deve ser revista de uma forma mais aberta e solidária e deverão ser encontradas formas alternativas de financiamento destes investimentos. O CESE salienta nas suas propostas, entre outros temas, a necessidade de financiar diretamente as empresas (em especial as PME) em setores vitais ao desenvolvimento local e atividades da economia social, em complemento às medidas definidas no plano Juncker. O plano Juncker, recentemente adotado, cria um novo Fundo Europeu para o Investimento Estratégico, financiado por fundos comunitários existentes e pelo Banco Europeu de Investimento (BEI). O objetivo desta abordagem é de conseguir o máximo aproveitamento dos fundos de investimento, privados e públicos, selecionando projetos que possam ser rapidamente implementados, e mitigando as carências das regiões mais atrasadas em termos económicos e sociais.
No entanto, para dar adequada eficácia a estas políticas e instrumentos, os Estados‑Membros terão que desenvolver políticas firmes de promoção de investimento e de eliminação de barreiras legais e comerciais, e fixar metas e objetivos concretos e detalhados, de modo a garantir o apoio às PME, à Investigação e Inovação, e à mão de obra competitiva. Neste sentido, é imperioso que os membros da UE eliminem a burocracia desnecessária e publiquem regularmente e de forma transparente e objectiva os resultados obtidos com as iniciativas realizadas.
É pois imperativo potenciar e avançar com a execução destas medidas e investimentos.
Evanthia Balla
Professora universitária
Por Oje
Data:Julho 28, 2015
De facto, as políticas de austeridade impostas pelos credores não têm tido o efeito esperado. A crise tem aumentado as assimetrias económicas e sociais dentro da União, e a maioria dos Estados-Membros, e em particular os países mais fracos da zona euro, como a Grécia e Portugal, não tem condições de promover o investimento e, consequentemente, o crescimento económico tão desejado e exigido pelos credores.
No jornal oficial do dia 23 de julho foi publicado um excelente parecer do Comité Económico e Social Europeu (CESE – 2015/C 242/08, relator Paulo Barros Vale) sobre a temática da coesão económica, social e territorial, em que se desenvolve a importância da promoção do desenvolvimento e da boa governação em todas as regiões e cidades da UE.
A política de coesão é a principal política de investimento à escala da UE na economia real, e um reconhecido instrumento de promoção do crescimento e do emprego na UE, dotado com um orçamento superior a 350 mil milhões de euros até 2020.
Os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (EEI) garantem, até 2020, o investimento na inovação e nas PME, na qualidade do emprego, na mobilidade laboral e na inclusão social, bem como nas principais redes RTE-T e digitais, na educação e formação, e na reforma da administração pública para todas as regiões e cidades da União.
Neste contexto, a política de coesão deve ser revista de uma forma mais aberta e solidária e deverão ser encontradas formas alternativas de financiamento destes investimentos. O CESE salienta nas suas propostas, entre outros temas, a necessidade de financiar diretamente as empresas (em especial as PME) em setores vitais ao desenvolvimento local e atividades da economia social, em complemento às medidas definidas no plano Juncker. O plano Juncker, recentemente adotado, cria um novo Fundo Europeu para o Investimento Estratégico, financiado por fundos comunitários existentes e pelo Banco Europeu de Investimento (BEI). O objetivo desta abordagem é de conseguir o máximo aproveitamento dos fundos de investimento, privados e públicos, selecionando projetos que possam ser rapidamente implementados, e mitigando as carências das regiões mais atrasadas em termos económicos e sociais.
No entanto, para dar adequada eficácia a estas políticas e instrumentos, os Estados‑Membros terão que desenvolver políticas firmes de promoção de investimento e de eliminação de barreiras legais e comerciais, e fixar metas e objetivos concretos e detalhados, de modo a garantir o apoio às PME, à Investigação e Inovação, e à mão de obra competitiva. Neste sentido, é imperioso que os membros da UE eliminem a burocracia desnecessária e publiquem regularmente e de forma transparente e objectiva os resultados obtidos com as iniciativas realizadas.
É pois imperativo potenciar e avançar com a execução destas medidas e investimentos.
Evanthia Balla
Professora universitária
Por Oje
Data:Julho 28, 2015
Tópicos semelhantes
» Como crescer apesar da austeridade
» Como crescer? 1 - A criação de zonas francas
» Lisboa: Costa lança austeridade sobre austeridade
» Como crescer? 1 - A criação de zonas francas
» Lisboa: Costa lança austeridade sobre austeridade
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin